Capítulo 30

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Laura

A semana passou voando, pisquei e chegou o sábado. Termino de secar meu cabelo e começo a fazer a maquiagem, não tão leve como de costume pela presença de um delineado vermelho e um no tom de sangue, valorizar as cores da nossa atlética.

Visto um short jeans acinturado com uma blusa preta curta de manga longa e amarração na cintura. Penso em colocar a rasteirinha, mas opto pelo conforto e ponho meu vans.

A caneca da atlética transpassada complementa junto com minha bolsa básica.

Minha playlist de Henrique e Juliano tocava na TV do quarto, e eu terminava de colocar meu mix de colares e argolas me preparando pra descer pra pegar o uber, quando as meninas me ligam.

Rafa: Amiga a gente já tá aqui, estamos perto do bar.
Bia: Já saiu de casa?
O barulho é enorme ao ponto de eu quase não entender o que elas estão falando.

Eu: Tô descendo pra portaria agora, não saiam daí que em 15 minutos eu tô aí.

Elas concordam e eu encerro a ligação, já pedindo meu uber que não deu caro por um lugar ser perto daqui.

Na rua do sítio onde tá rolando, várias pessoas bebendo antes de entrar, já que nessa a bebida lá dentro tem que ser comprada da atlética.

Pago o uber e entro na propriedade que tocava músicas de baixíssima qualidade e já tinha algumas pessoas caídas no gramado, do jeito que uma boa calourada funciona.

Encontro as meninas, o Eduardo e outros conhecidos em uma rodinha perto do bar. Cumprimento todo mundo, e me apresento para algumas pessoas novas que nunca tinha visto, incluindo um loiro gato, amigo de uma das meninas do vôlei.

- Caíque, prazer- ele se apresenta me dando uma travinha quando vai dar os dois beijinhos de cumprimento nosso.

- Eita Caique, quase viu. Prazer Laura- me apresento sorrindo.

Ele puxa assunto comigo, descubro que ele faz direito em outra universidade daqui. Ele é simpático, conversamos um tempinho, entre grupo e entre nós dois, até que ele pede um sinal verde e eu sorrio flertando.

O beijo é gostoso, calmo e contínuo, suas mãos apertavam levemente minha cintura. Era bom, mas não era aquilo, não era ele.

Quase como se pudesse ler meus pensamentos, quando saio do beijo, sinto os pares de olhos castanhos me queimando. Sua expressão não era neutra, era fechada, o que não disfarçou seu incômodo.

Poderia ser ele aqui, se ele não fosse tão infantil. Já que ele é, resta apenas a observar mesmo. Penso, antes de me aproximar e dar um sorriso de cumprimento a ele e as pessoas que o acompanhavam, Alina, Fernanda e uma menina loira a qual eu não tinha conhecido ainda.

- Prazer Gabriela- ela me cumprimenta com um sorriso lindo- sou irmã do Matheus.

Os dois pareciam, mas a diferença maior estava nos olhos e no cabelo, enquanto os olhos do Matheus eram chocolates, os de Gabi eram mel, um pouco mais claros que os meus, que ficam mel quando estou no sol. Gabi era loira, quase platinado, já Matheus exibia seus fios castanhos. A mãe deles não tinha um útero, mas sim uma tela.

- Prazer Laura, sou- faço uma pausa procurando um rótulo adequado pra nós dois- colega do Matheus.

O olhar dele de tensão, se torna irônico, e com um sorriso de canto ele confirma minhas suspeitas.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora