Matheus
Vênus maldita, custava ter dó de mim? Ela sabe que eu me arrependi, ainda mais depois que eu vi o Léo e a Alina ontem, quis tatuar trouxa na testa em letras grandes.
Sabia que não ia ser fácil, mas que a vingança dela ia vir em vermelho sangue, naqueles lábios que eu tenho tantas lembranças, depois de eu aceitar derrota a ela? Não mesmo, foi covardia.
Agora eu tô aqui, tentando manter uma conversa normal com um pessoal do time de basquete do Edu, mas parece que meu olhar tem um imã nela, quando eu menos espero eu tô lá olhando pra ela, que parece entretida conversando com a Rafa e Pietro.
Pude ver o sorriso rápido dela, quando eu mandei minha última mensagem, mas ela não respondeu nada.
Penso em mandar mais uma mensagem, mas aí reflito e vejo que vou tá me humilhando demais, tudo tem limite Deusa.
Ou talvez não tenha, quero falar com ela, ficar com ela, sair daqui com ela.
Não tudo tem limite
Ela levanta com o Pietro e eles dançam um forró que o cover tocava.
Aquela mulher flutuava, já tinha visto ela dançar desse jeito uma vez, mas a companhia ofuscava qualquer beleza dela. A desenvoltura dela, ela roda nos braços do Pietro, como se não fosse esforço algum.
- Com licença- falo levantando e indo até eles dois que pra minha sorte já terminavam a música.
- Não tenho mais idade pra isso, pega leva e faz o que tu quiser- Pietro fala já voltando pra mesa e ela rir.
Seu rosto estava levemente corado, sua respiração um pouco ofegante, mas de resto parecia que ela não se cansava com aquilo.
Dança comigo uma?- peço pegando em sua cintura e ela assente sem soltar nenhuma palavra.
Colo ela mais próxima a mim, e seu aroma doce e cítrico me invade de maneira sem igual.
Guio ela da forma que eu aprendi, que sempre me renderam bons elogios. Seus giros de perto se tornam mais lindo e a forma natural como ela faz chega a encantar.
Na parte mais lenta da música sinto ela respirar fundo em meu pescoço, e me pergunto se aquilo foi um cheiro. Pra não ficar na dúvida, dou um nela aspirando seu aroma, ela sorri quando eu subo dando um beijo em sua bochecha.
- O meu foi um cheiro e o teu?- pergunto próximo à seu ouvido.
- Não era pra ser, mas tu toma banho de perfume antes de sair de casa né?- implica
- Vou fingir que eu acredito, e não, não tomo banho de perfume, sou cheiroso naturalmente.
- Só fiquei curiosa porque o perfume tá diferente- eu sorrio, não foi intencional, mas ela percebeu, comprei hoje, a embalagem ainda tá no carro.
- Ta fazendo o dever de casa direitinho- respondo com humor apertando sua cintura, vendo ela revirar os olhos com deboche- falando em casa, vamos pra minha?- falo, refletindo na mesma hora sobre o que eu fiz.
Eu nunca levei ninguém na minha casa, não por falta de oportunidade, já que meus pais vivem viajando, mas simplesmente porque fazia mais sentido assim.
- Pra sua casa? Endoidou Matheus? E seus pais? Além do mais a gente ainda tem que conversar né
- Meus país tão viajando, e os funcionários tem folga nos finais de semana que eles não estão em casa. Sobre o segundo ponto, o que tu acha da gente da uma volta, conversar e ver o que fazemos?- pergunto já quase totalmente parados, esquecendo totalmente que estávamos na parte de dança, mas isso pouco me importava.
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Um amor universitário
Romance"Quando eu tô perto dele, eu perco qualquer resquício de controle que exista em mim, e é por isso que eu tenho que o manter longe" Laura, estudante de medicina, capitã da equipe de vôlei. Matheus, estudante de engenharia civil, capitão da equipe de...