Capítulo 21

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LAURA NARRANDO

Separo minha saia e meu top, em cima da cama, junto com meu perfume e minhas maquiagens. Corro pra um banho rápido, já que a Bia vai passar aqui em menos de 1 hora.

Já faz quase um mês que a gente não se ver, engatou final de ano, natal e ano novo, e eu viajei pra passar no interior com o sobrou da minha família na casa dos meus avós.

Não é grande, minha mãe só tinha 2 irmãos, meu padrinho que não teve filho, e meu tio Fernando com minhas duas primas que são bem mais novas que eu e moram em outro estado. Meus avós maternos, já são de idade, então tentamos ficar com eles ao máximo nessas datas. Já do lado do papai, ele era filho único, e meus avós eu nem cheguei a conhecer, pois faleceram antes de eu nascer.

Combinei com as meninas de irmos pra um barzinho perto da casa da rafa, que o pessoal sempre vai pra desopilar.

Saio do banho, ponho a roupa escolhida, minha rasteirinha de sempre no pé, e faço uma make de noite mais básica. Deixo o cabelo solto mesmo, por que ele tá na fórmula mágica dele, que é um dia depois de ser lavado, nem tão seco, nem tão oleoso, apenas na medida certa.

Meu par de argolas prateadas e um pontinho de luz no pescoço, pra dar uma graça ao look. Um leve banho de perfume, e pronto, "linda como sempre" penso ao me olhar no espelho do guarda-roupa.

Jogo coisas básicas na minha bolsa, um trident,  minha carteira, uma camisinha, por que nunca se sabe quando o Cauã Reymond pode aparecer no rolê, minha bateria portátil e meu batom bordô que usei hoje.

Desço e não demora muito até Bia chegar. Abraço ela forte, tava com muitas saudades dela, e com várias fofocas edificantes pra dividir.

Vamos colocando o papo em dia no caminho até lá, família, faculdade, peguetes, são temas. Ela me pergunta pelo Matheus, e eu explico que desde a viagem ele não tinha mais falado nada comigo. Só curtia minhas fotos, mas nada além disso, e que talvez isso seja o melhor pra nós dois.

No começo eu tava preparada pra as investidas dele, tinha certeza que ele ia soltar alguma coisa, mas não. Matheus, literalmente fez o que eu pedi nesse mês, e agiu como se nada tivesse acontecido, o que com certeza me surpreendeu.

Vi ele nos stories da Rafa, várias vezes, já que tá faltando só uma topada pro Eduardo pedir ela em namoro, mas não perguntei, nem comentei nada, eu pedi assim. Não vai ser nenhuma surpresa se ele tiver lá hoje, só espero que eu mantenha minha cabeça no lugar.

Chegamos no barzinho e tá lotado, com fila de espera por mesa, a nossa sorte é que eles já tão lá dentro com a nossa, então damos nossos nomes na entrada, e vamos à procura deles.

Encontramos o Pietro, que saudade que eu tava dele, passando pro banheiro, chamamos o nome dele e ele vem na nossa direção.

Depois de vários abraços e cumprimentos, ele nos mostra onde era a mesa e nós vamos até lá.

Como imaginei, vários conhecidos, dentre eles o trio dinâmico. Matheus conversava concentrado com uma menina que tava sentada ao seu lado no final da mesa e não notou a nossa chegada.

Me aproximo da Rafa que tava de costas e ainda não tinha visto a gente, e dou um pequeno sustinho nela.

- Oi meu amor!- falo abraçando ela, que me abraça de volta sorrindo.

- Vadia, que saudade que eu tava de ti, nunca mais inventa essas loucuras de se meter no meio dos matos assim- ela brinca comigo e eu rio.

Olho novamente pra mesa, e noto um lindo par de olhos castanhos me olhando sem desvios. Sorrio pra ele, pra quebrar aquele clima estranho que se formava, e começo a cumprimentar o pessoal da mesa.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora