Matheus
A gente tinha acabado de descer do avião, literalmente só deu tempo de pegar a mala, e a Laura já tava dando mole pra um cara na minha frente, confesso que fiquei puto, por que enquanto o idiota aqui sentia que seria o primeiro carnaval ficando com apenas uma pessoa, a minha pessoa estava contando os segundos pra beijar outras bocas.
Minha raiva da ceninha, faz com que eu não perca a oportunidade de comentar sobre.
A resposta dela me deixa mais puto ainda, pois se ela lembra que eu disse que estava solteiro, deveria lembrar também que eu dei a chance dela mudar minha situação, mas ela escolheu vir dessa forma e agora eu entendo bem o por que.
Penso em responder, em estender o assunto, mas vejo que não vale a pena, se ela não tá no mesmo envolvimento que eu nada mais correto que curta seu carnaval e quando a gente voltar conversamos, mas eu também não vou ficar que nem um celibatário esperando ela.
Ela pra lá e eu pra cá é o melhor a se fazer até conversarmos, então listo logo quem vai no carro comigo. Seria ingênuo se dissesse que não imaginava que ela ficaria brava, mas tentei ignorar o lindo rubor de ódio que estampava seu rosto, na vez em que a peguei me observando no estacionamento do aeroporto.
Talita e Lucas já tinham vindo pra cá em outros carnavais, então foram me guiando na estrada além do auxílio do GPS, por isso o Creta que estávamos era o carro da frente.
Fazia tempo que eu não falava com Talita, praticamente desde o dia em que ela me disse que gostava de mim. Mas quando na última semana ela veio me pedir ajuda para ficar com Lucas, notei que aquele lance já tinha passado, e por ela sempre ter sido uma boa amiga, não vi motivos pra continuar estranho.
Sabia que ela já tinha comprado a viagem a um tempo, pois ela postou no insta, então avisei que ele também iria, e ela de algum jeito conseguiu trocar o pacote dela e das duas amigas para o nosso que informei.
Mauricio vai na frente comigo e os dois pombinhos atrás, mas acho que não rola nada, pois vamos rindo e conversando todo o caminho, chegando lá mais de 23hrs, encontrando a cidade em um clima de festa, na nossa casa estava a maior loucura, o que me ajudaria a seguir com meu plano de tentar esquecer a existência dela por 4 dias.
Vou dividir meu quarto apenas com Maurício, já que se tiver que chamar alguém é mais fácil de se organizar nos horários.
Meu diabinho da cambalhotas e meu anjinho ri de mim, perguntando a quem eu queria enganar, já que sentia que a única pessoa a quem meu corpo reagia era a Vênus maldita.
O quarto tinha uma cômoda, então eu organizei mais ou menos o que eu ia usar.
- O que rolou que a Laura não veio com a gente no carro?- Maurício pergunta abrindo a mala.
- A gente meio que discutiu, e acho melhor ficarmos cada um em um canto, nesses quatro dias- explico sem detalhes
- Vixe, crise no paraíso- ele fala rindo, mas eu não acho muita graça então solto apenas um suspiro.
Nos apressamos no que fazíamos, pois o pessoal nos chama para comprar as bebidas em um supermercado próximo.
Eu, Talita, Cíntia, uma de suas amigas, e Maurício entramos no mercado lotado rindo de Suellen que ficou na casa tomando banho e dando um jeito nas roupas, pois fez xixi nas calças assim que desceu do carro, pois caleb se negou a parar pra ela fazer no caminho.
Entramos no corredor de bebidas, e logo reconheço as mechas cor de mel, próximo as vodkas. Bia e outra menina de cabelo vermelho estavam com ela, entretidas olhando os produtos.
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Um amor universitário
Roman d'amour"Quando eu tô perto dele, eu perco qualquer resquício de controle que exista em mim, e é por isso que eu tenho que o manter longe" Laura, estudante de medicina, capitã da equipe de vôlei. Matheus, estudante de engenharia civil, capitão da equipe de...