Capitulo 23

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LAURA NARRANDO

Acordo com minha cabeça doendo de ressaca, e pensando em tudo que aconteceu ontem. Eu não tava preparada pra reencontrar o Léo, não que eu ainda sinta algo por ele, mas é que você não espera encontrar a pessoa que você planejou um futuro e te largou por mensagem, sem um aviso prévio sequer.

Logo depois que o Matheus foi embora, com a cara nada agradável, eu caí em mim daquela ceninha que a gente tava passando pra mesa, e me desvinculei daquele abraço torto do Leonardo.

Ele me chamou pra conversar no canto e explicou que resolveu voltar antes, pra não iniciar o semestre atrasado, e que tava com saudades de tudo aqui. Perguntou como ia ficar a gente, e eu falei que não existia mas a gente, que tudo tinha acabado naquela mensagem que ele mandou.

A cara dele foi impagável, tentou enrolar um choro falso, mas eu não dei corda.

- Léo, a gente estuda na mesma universidade, conhecemos as mesmas pessoas, vai ser inevitável da gente se encontrar por aí. Mas não vai passar disso, apesar de tudo o que você fez, eu sei que você não é uma pessoa ruim. Então, vamos levar as coisas com leveza como colegas de turma.

Ele falou que não era justo, que ele tava confuso na época, que se arrependia, e tudo mais de drama que ele pudesse jogar. O mal das pessoas ao machucarem  as outras é acabar que desculpa e arrependimento faz voltar no tempo. Mas eu não cedi, o Léo foi uma pessoa que me fez muito feliz, mas não sou otaria de deixar a mesma pessoa me machucar duas vezes.

Depois de muita insistência, ele aceitou que não havia o que ele dissesse pra mudar aquilo que eu sentia.

O resto da noite correu de certa forma até que bem. Com exceção de que quem eu queria ali, não estava. Achava que ele fosse voltar depois de deixar a prima dele, mas não.

Levanto da cama, vou ao banheiro, faço minhas higienes, e olho o celular quando estou indo pra cozinha, e vejo as mensagens do grupo da turma que fizemos ontem, combinando a ida pra casa de praia do Eduardo.

As meninas avisam que vão passar aqui 10 horas, então me apresso em tomar meu café e preparar minhas coisas. Visto um macaquinho soltinho amarelo, faço uma trança pra disfarçar a oleosidade que tá meu cabelo, e passo o básico de make, rímel e gloss.

Não demora muito e eu desço com minha bolsa, não tô levando muita coisa, já que a voltamos amanhã.

Em pouco tempo eles passam pra me pegar.

Entro no banco traseiro, com a Bia atrás, já que os pais da turma, Eduardo e Rafaela, vão na frente. Vamos jogando papo fora até lá.

Me impressiono quando chego, a casa é maravilhosa, literalmente de frente pro mar, e é enorme. Como vem mais gente, fico dividindo quarto com a Bia, já que a Rafa vai ficar com o Eduardo.

Nosso quarto fica no segundo andar, tem uma cama de casal, um banheiro, nada muito luxuoso, mas é lindo mesmo assim. Nossa varanda tem vista pra praia, que deixa tudo mais bonito.

Eduardo combinou comigo e com a Bia, que vai fazer o pedido hoje. Então mais tarde a gente vai ter que convencer a Rafa a se arrumar pra algum lugar: Já tava na hora desse pedido sair, e pelo o que ele falou por cima, vai ser lindo.

Deixo as coisas no quarto e vou ajudar lá em baixo a guardar as coisas de mercantil, nesse tempo escuto alguns carros chegando.

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