Capítulo 35

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Laura

Declaro oficialmente que o Matheus é o ser humano mais louco desse planeta, ele me trouxe pra jantar na serra, quase 2 horas de viagem.

A casa é simplesmente perfeita, sim, porque ele não me levou pra um jantar em restaurante, quando chegamos o jantar já estava no forno e a mesa posta com vista para piscina, seu Fire pit e o longo horizonte a nossa frente.

- Matheus que coisa mais linda- falo ainda sem acreditar no que passa por meus olhos.

- Eu tive ajuda de alguns funcionários, mas que bom que agradei no final- ele fala e eu consigo identificar um resquício de vergonha.

- Quem disse que é o final?- pergunto de costas pra ele enquanto conheço o primeiro andar da casa, e ouço ele dar uma risadinha.

- Vem, vamos escolher um vinho- ele pega na minha mão em direção ao longo corredor.

Entramos em uma salinha, meio fria, com diversas garrafas de vinho, tenho certeza que nenhum deles são os de 12 reais que eu tomava com as meninas quando mais novas.

Grevey-Chambertin, é o escolhido. Matheus coloca em uma maquininha pra o vinho descansar mais rápido, em dois minutos, o leva o até a mesa.

Admirava ele colocando o vinho em nossas taças, quando o forno apitou, indicando que nosso jantar estava pronto, e tirando minha atenção dele.

O cheiro era magnífico, a travessa de risoto de camarão ao limão siciliano, era um aroma jamais visto por mim.

- Vamos começar então né?- ele fala sentando de frente pra mim e eu assinto sorrindo.

Aquele homem, naquele cenário, com aquela vista, era impecável, se for sonho não me acordem por favor.

- Por que me trouxe pra cá? Não precisava disso tudo- falo enquanto beberico a taça do fantástico vinho.

- Não é questão de precisar, estava no meu alcance, sei que você prefere algo mais reservado, e um passarinho azul me contou que você ama clima serrano, mas que tinha aproveitado poucas vezes.

- Tu anda falando com passarinho, lindo? Cuidado com isso viu- brinco já imaginando que o passarinho tem 1,65 e cabelos loiros, bibia me paga por ter me visto surtando hoje e não ter me dado nenhum spoiler.

O jantar corre maravilhosamente bem, tudo na perfeição. Mas comida não afogou as borboletas que faziam festa a cada olhar intenso que ele me dava seguido de um sorriso.

- Tem fondue de chocolate de sobremesa, princesa, quer agora?- nego com a cabeça me levantando até ele que punha nossos pratos na lava louças.

Me encosto no balcão de mármore branco gelado a sua frente, e dou mais um gole no vinho, observando ele se movimentar de um lado pra outro da cozinha. É nítido que ele não tem muito a prática de atividades domésticas.

Se eu fosse uma Duarte Menezes, também não teria- penso.

- Vem Matheus, depois eu te ajudo com isso, eu ainda não vi nada dos andares de cima- falo com um sorriso de canto e ele me olha com malícia.

Se aproxima de mim, retirando com calma a taça que estava na minha mão, e levanta levemente meu queixo, igualando nossas alturas e depositando um beijo que começa sereno.

Coloco as mãos pela barra de sua blusa, e passo levemente as unhas em suas costas, o que faz com que ele aumente a pressão da mão em minha cintura.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora