Capítulo 61

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Laura

As palavras saíram da minha boca e eu pude ver suas pupilas dilatarem em confusão, então decido completar.

-  Sério, eu não quero mais esse vai não vai. Esse quase alguma coisa. É tudo ou nada- explico.

A cor volta ao seu rosto que abre seu sorriso presunçoso de canto.

- Tá me pedindo em namoro, princesa?- engulo seco a pergunta, mas antes que eu responda atrevida ele continua- porque se for isso eu vou ter que dizer não, já que eu não pensei em 290 formas diferentes de fazer isso atoa- ele fala sorrindo colocando uma mecha insistente pra trás da minha orelha.

- Sou uma mulher solteira até lá então- brinco me aproximando de seus lábios.

- Nem brinca, minha princesa- fala me fazendo sorrir antes de me enlaçar em um beijo calmo.

Estava com saudades do nosso ritmo.

Do nosso encaixe.

Do gosto dele.

A vontade tomou de conta do toque, e em segundos estávamos subindo as escadas até meu quarto.

Com a porta fechada e algumas peças de roupa sendo deixadas no caminho até a cama, eu sentia que finalmente tudo estava próximo da ordem correta.

Por cima dele em um beijo ansioso, movimentava meu quadril sentindo sua ereção escondida apenas pela boxer preta.

Meu corpo seminu, apenas uma renda inferior em contato com seu tecido preto, impediam o encaixe que eu ansiava.

Os toques do Matheus me derretiam, e faziam parecer que conheciam meus pontos críticos melhor que a mim. Quando seus lábios tocaram minha intimidade, tive a certeza disso.

Arfava de prazer sentindo sua língua deslizar para dentro de mim, enquanto seus dedos trabalhavam também no meu prazer.

Meu ápice veio quando a pressão em meu clitoris aumentou e não pude segurar um orgasmo mais elevado.

Queria que ele sentisse tanto quanto eu, por isso me animei quando o ouvi arfar rouco enquanto eu mantinha seu membro em minha boca. Mesmo me avisando da proximidade, fiquei pra sentir seu gosto.

Já inebriados pelas prévias, tê-lo dentro de mim conseguiu melhorar tudo. Me fazendo atingir mais uma vez meu ápice apenas com suas entradas e seu estímulo.

Comigo de quatro e já sem forças para a terceira onda de prazer que se aproximava, ele em sintonia comigo, chegou no máximo chamando meu nome, rouco.

Após jogar o plástico fora, deitados decidimos não contar nada pra ninguém hoje como forma de vingança e resistirmos a tentação de dormimos juntos hoje, até mesmo pra casa ter uma noite silenciosa de sono, por mais que os idiotas não mereçam.

Ficamos de bobeira mais um tempinho, até que escutamos o barulho do carro chegando e Matheus corre pro seu quarto, mas não sem antes me dar um beijo que quase me fez deixá-lo aqui mesmo.

Finjo que tô dormindo e não abro a porta pra as duas que batem insistentemente até que desistem.

Encosto novamente a cabeça no travesseiro e sinto meu corpo relaxar, despreocupado, até eu simplesmente adormecer lembrando de tudo.

Acordo cedinho com passos no corredor dos demais convidados pro aniversário que chegavam hoje pro final de semana.

Ligo o celular e sorrio instantemente.

Play❤️‍🔥: Bom dia MINHA princesa, vamos contar pra eles agora de manhã né? (08:46)
Play❤️‍🔥: Não quero nunca mais ficar sem você (08:47)

Confirmo em respostas e me apresso em me arrumar pra descer.

Coloquei um vestido preto soltinho, e prendi meu cabelo em uma trança, já que o sol gritando na janela indicava altas temperaturas.

Aviso o Matheus que estou descendo, o que eu já deveria imaginar ser um indicativo que ele estaria na minha porta em segundos.

- Bom dia Matheus- falo rindo ainda sem abrir a porta.

- Excelente dia, princesa- fala se aproximando quando eu abro.

Um selinho calmo sela nosso cumprimento, mas um grito berrante nos tira da nossa bolha.

- EU SABIA- Maurício grita.

- Se sabia então pra que esse escândalo porra?- Matheus repreende ele.

- Porque tu fez toda aquela cena lá no quarto, de que tinha ficado com raiva de mim, até eu deixar tu dormir na melhor cama, isso é maldade, mexeu com os meus sentimentos.

- Não se preocupa, pretendo desocupar ela ainda hoje- o moreno fala apertando minha cintura e me dando um beijo no rosto.

- Eca- o loiro reage- procurem um quarto.

- você queria ta fazendo o mesmo com a Bia- digo fechando a porta.

- Não mesmo, a loirinha é uma criatura maldosa, manipuladora, e sem coração, e decidimos que agora vamos ser só amigos.

- Não dou 3 dias pra vocês transarem- rebato

- Não dou até amanhã- Matheus cobriu.

- Jamais, aquela Afrodite Vil não mexe mais comigo- gargalho do apelido- juro que se ela rir muito eu vou contar qual era o dela viu- ele ameaça o ao meu lado e eu rio mais ainda imaginando qual era meu codinome.

- Como era o meu?- pergunto gritando de entusiasmo

- Não tinha nenhum, amor, o Maurício tá inventando- desvia o assunto me abraçando.

- AMOR?- minha dupla de amigas gritando escada.

- A quanto tempo vocês tão aí caralho?- o loiro grita segurando o coração.

- O suficiente, Ares. Mas que história é essa de amor?- Rafa pergunta enquanto Bia da risada do apelido.

- É isto, talvez a gente tenha voltado, ontem- respondo me escondendo atrás dele.

- Talvez nada, voltamos, anuncia aí- ele fala me colocando pra frente.

- Como foi? Conte tudo e não esconda nada- Rafa fala e Bia concorda.

- Esconde umas coisas sim- ele sussurra no meu ouvido e eu rio baixo.

- Depois eu conto, mas eu realmente preciso de um café agora, vamos?

Descemos pra tomar café e a casa já tava lotada, a maioria das pessoas estavam dividindo quarto no primeiro andar, algumas pessoas cumprimentaram a gente, e outras eu via que comentavam sobre, mas sinceramente, aquilo se tornava uma das minha últimas preocupações.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora