Capítulo 17- Não me provoque

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A sorte é lançada no colo,
mas a decisão vem do Senhor.
Provérbios 16:33

Sofia narrando:

— Sofia... Sofia... Me espera aí.- ouço a voz do Thiago me chamando assim que estou indo em direção ao meu armário do colégio.

— oi tudo bem? - pergunto com o coração acelerado, porque é assim que fico sempre que o Thiago se aproxima.

— então sábado lá na igreja fiquei bem surpreso de te encontrar, eu não sabia que você era evangélica.- ele diz cossando a nuca.

— e nem eu sabia que você era. - digo me lembrando como fiquei surpresa de ver ele lá, porém nem consegui falar com ele, pois o grupo dele foi um dos primeiros a ir embora.

— acho que ouve uma falha na comunicação, nem um de nós contou sobre isso.- ele diz se encostando no armário ao lado e eu fico na sua frente.

— verdade.- digo.

— sabe Sofia, eu não gosto muito dessas coisas de igreja, eu vou mais porque meu pai pega muito no meu pé, para ser sincero com você.- ele diz ríspido, e me identifico com ele.

— eu também para falar a verdade.- eu digo desabafando já que ele foi sinsero comigo.

— então somos dois.- ele diz sorrindo.

— é maior caretisse ser crente, tudo você não pode né, mó saco isso.- digo rindo.

— pois é, é o que eu digo sempre, mas deixa meus pais me escutarem, eles já vem com o maior sermão.- ele diz rindo.

— acho que eu e você temos o mesmo pensamento.- digo, vendo que eu e ele temos pensamentos iguais, e isso me faz sentir mas conectada a ele.

O sinal bate, e nós vamos para nossa sala, conversando, ele me conta sobre sua família, que e cristã desde de sempre, porém  por ele nem estaria na igreja, e sim curtindo.
Acho que eu e o Thiago vamos nus dar muito bem ele não é careta, é descontraído, e esse geito rebelde dele me atrai.
Mas ao mesmo tempo que penso nisso, sinto que talvez eu esteja enganada.
Dispenso esses pensamentos, e foco na aula, hoje é dia de prova e eu odeio fazer prova, porém não quero tirar nota vermelha, e me esforço a dando meu melhor.

...

— e aí maninha, seu plano de escrever cartas anônimas para o Vini tem dado certo?- pergunto a minha irmã, que está em horário de intervalo comigo, no refeitório.

— acho que sim, ele tem respondido, dizendo que está muito curioso para me conhecer, mas não estou muito feliz, acho que ele nem imagina que sou eu quem está apaixonada por ele.- minha irmã diz enquanto bebe seu suco de morango, e abaixa a cabeça.

— Esther fica em paz eu acredito que se você der pistas melhores Jajá vocês vão estar namorando.- digo tentando animar ela.

— será, porque eu disse que sou da mesma igreja que ele, era para essa ser a pista mais ôbivia.- ela diz e eu acabo rindo.

— a fala sério, na nossa igreja tem mais de 30 meninas, o nosso grupo é enorme, você acha que vai ser fácil para ele descobrir aí irmã você é tão ingênua.- digo.

— e qual pista eu dou para que ele me note.- ela diz.

— ah eu não sou boa em desvendar enigmas ou mistério, então não sei o que te falar.- digo e ela revira os olhos.

— nossa você me ajudou muito, só que não.- ela diz deboxada.- e suspira de decepção.

Resolvo dar uma volta pela escola sozinha mesmo, porque a Layla, ela nem está me dando atenção, só fica de papo no celular com seu quase namorando o Yan.
Resolvo ir até a fonte do jardim, mas me arrependo quando vejo o senhor certinho, tocando violão ao lado da fonte, antes que eu possa me virar ele já me notou.

O que vale é o fim!  - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora