Capítulo 47 - Meu Presente

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É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Eclesiastes 4:9

Sofia narrando:

Assim que abri a porta e vi o Vitor ali parado, meu coração quase saiu pela boca de tanto que estava acelerado, eu estou muito apaixonada, e sinto medo disso.

- vitor.- digo seu nome depois de notar que estava como uma bobona o olhando.

- vamos sofi.- ele diz e persebo que ele não foi muito cordial, ele nem quiz entrar pra falar com minha família, isso me deixou frustada, mas concordei e logo estávamos no meu carro, ele estava do meu lado olhando através da janela, eu gostaria de saber o que se passa na cabeça dele.

(...)

Alguns minutos depois chegamos ao hospital, e quando saímos tudo que eu queria era que o Vitor segurasse a minha mão ou me abraçasse, pois a quimio sempre me deixa tensa, cada dia que venho aqui eu me sinto muito mal.

Ele continua andando do meu lado em silêncio, e eu fico revoltada com isso, mas não consigo dizer nada.

Meu médico me conduz até a sala de quimio, me sento, e então começa toda a preparação para a quimio, eu suspiro quando sinto dor e respiro fundo conforme os minutos vai passando, eu quero chorar, gritar com o Vitor, pois só o chamei aqui para me dar apoio e ele está me fazendo me sentir pior, ele está me olhando sem dizer nada, porque pelo menos não segura a minha mão, sinto vontade de chorar e abaixo a cabeça.

Depois de um tempo a sessão acaba, e meu médico me chama para conversar, peço que o Vitor não entre, ele só concorda com a cabeça e eu entro na sala do médico.

- Senhorita Sofia vou direto ao ponto, em breve você vai passar por uma fase difícil do tratamento, como já conversamos no início, o tratamento causa perda de cabelos, e isso logo vai começar acontecer, e você deve se preparar piscologicamente por que sei que essa fase vai ser a mais difícil de aceitar. - quando ele termina de falar, eu me sinto em choque eu tinha noção que isso poderia acontecer, mas é uma realidade que eu não estava querendo enfrentar.

- Eu intendo doutor vou me preparar, isso é algo que eu já tinha noção que iria passar, porém eu não estava pensando nisso, só que agora que o senhor falou que minha ficha caiu.- digo com o coração apertado, o doutor me dá as últimas instruções e eu me despeço dele.

Saio da sala, e o Vitor está me esperando, ele me olha e vem até mim.

- está tudo bem? - ele pergunta e pela primeira vez persebo alguma reação nele, ele parece preucupado comigo e isso me aquece, porém talvez ele só esteja com pena por tudo que passei.

- Sim ele... Ele só precisava me dizer algumas coisas sobre o tratamento, mas estou bem.- minto, pois tudo que eu queria era correr pra ele, abraçar ele chorar e dizer o quanto eu estava assustada com aquilo tudo, aperto minhas mãos.

- tem certeza que está bem Sofi? - ele diz vindo até mim e eu sinto que se ele se aproximar mais eu vou desabar.

- Sim vamos pra casa, estou exausta.- ele concorda e não se aproxima mais, só vamos embora.

Não intendo o porquê dele estar agindo de forma da arisca comigo.
Será que ele se arrependeu de ter se declarado, ou acha que se pricipitou comigo são tantas coisas que passam pela minha cabeça.

(...)

Depois de me deixar em casa o Vitor disse que tinha algumas coisas para fazer e foi embora, eu entrei em casa não quis falar com ninguém, fui direto para meu quarto, e chorei muito pois o meu coração tava doendo com tudo que estou passando eu só queria ter o Vitor pra me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem.
Mas ele parece que ficou distante só porque nus declaramos eu não intendo ele.

O que vale é o fim!  - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora