Um Maníaco Irresistível (Livro 10)

Capítulo 10

- Mas... Mas... Mas que merda é essa? - indago baixinho.

Dou um passo em direção a foto para vê-la melhor, e ter certeza que não estou vendo coisas.

- Gostou das minhas fotografias?

Malcon entra na minha frente, e parece desesperado por eu ter visto o que pelo jeito não era para eu ver.

- Por que você tem uma foto minha e da minha mãe? - Indago.

- Eu... Bem...

- Quem é você? - Pergunto com irritação.

Ele dá um passo em minha direção e aperta meu ombro de leve, mas eu me afasto do seu toque rapidamente.

- Se souber quem sou eu, talvez não...

- Não quero saber de desculpas. - O corto.

Tem que ter um motivo para esse homem ter uma foto minha com minha mãe na sua parede, e eu quero saber o porque.

Seria ele o Adam? O idiota que acabou com a vida da minha mãe? Mesmo ele sendo meu pai, eu não o reconhecia se o visse em minha frente depois de anos sem nos vermos.

- Eu não sou ninguém importante. - Ele sorri fraco.

- Eu irei decidir se você é importante ou não, então me diga de uma vez quem é você. 

- Me perdoe. - Ele pede.

- Por que está me pedindo perdão? - Pergunto.

- Porque eu sei que quando souber quem sou, não irá...

- Você é o Adam? - O corto.

Ele se cala e parece bem nervoso com minha pergunta, e no mesmo instante tenho certeza absoluta que o homem parado em minha frente é meu pai.

- Eu... eu...

- Apenas confirme o que acabei de perguntar. - O corto novamente.

Tem a possibilidade dele ser algum parente distante do Adam ou até mesmo um amigo seu, mas eu não acredito mais nisso.

- Eu sou seu pai.

Ele enfim confirma o que eu já suspeitava, mas ouvir isso da boca dele não faz eu sentir absolutamente nada.

- Obrigada por me responder. - Agradeço. - E adeus.

Ajeito a alça da bolsa no ombro e começo a caminhar em direção à porta do escritório, mas sou interrompida quando Adam entra em minha frente.

- Podemos conversar? - Ele questiona.

- Não temos nada para conversar. - Respondo calmamente.

- Apenas me deixe...

- Como eu acabei de falar, eu não tenho nada para conversar com o senhor. - O corto.

Qualquer desculpa que Adam querer dar nesse momento não quero ouvir, porque nada do que ele falar irá justificar o que fez no passado.

- Eu...

- Obrigada pela vaga de emprego, mas pode dar ela a outra pessoa. - O corto novamente.

- Mas por quê? - Ele indaga.

- Não quero ter que olhar para sua cara todos os dias. - Respondo calmamente.

- Eu entendo que você esteja brava, mas não deixe essa oportunidade passar por orgulho.

- Você não sabe nada sobre mim, então não finja que se importa. - Falo calmamente.

Eu estava me iludindo achando que as coisas em minha vida iria melhorar agora que eu enfim havia conseguido um emprego, mas como era de se esperar o tombo veio logo em seguida.