Capítulo 25

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- Vamos nos casar e ter um bebê de verdade. - Max fala do nada.
 
Começo a tossir pois acabei me engasgando com minha saliva depois que Max disse isso, e eu o olho incrédula esperando ele dizer que isso é uma brincadeira.
 
- Você está maluco? - Pergunto.
 
- Não Lauren, eu estou falando muito sério.
 
Dessa vez começo a rir de nervoso, e ainda me pergunto se não estou em um sonho louco.
 
- Muito engraçado o que você disse. - Continuo rindo.
 
- Se eu não me casar com você terei problemas, porque eu sei muito bem que Dimitri já deve ter dito isso para alguém.
 
- Como eu disse antes, espalhe por aí que eu sou uma golpista. - Falo. – Ou que perdi o bebê.
 
- Não vou fazer isso. - Ele parece irritado.
 
- Por que não?
 
- Porque não é certo. - Responde. - Não vou manchar seu nome dessa forma, e não quero mentir sobre a morte de uma criança.
 
Até fico levemente tocada por sua preocupação, mas em hipótese alguma me casarei algum dia, muito menos com o Max.
 
- Invente alguma coisa. - Digo. - Você é inteligente, vai se sair dessa.
 
- Eu te pago para se casar comigo. - Ele me olha de relance.
 
- Seu dinheiro não me interessa a não ser que eu trabalhe por ele, então pare com essa ideia maluca.
 
Max realmente deve estar preocupado que isso poderá manchar sua reputação, pois ele não faria essa proposta como se fosse a coisa mais normal.
 
Está certo que a culpa é minha por ter a boca grande e falado mais do que devia, e se ele precisar da minha ajuda estou disposta a ajudá-lo a qualquer momento, mas não me casando com ele e tendo um filho.
 
Não quero me casar, não quero filhos, não quero o amor de um homem, e apesar de mais cedo uma parte de mim ter fraquejado e pensado em família, agora eu já acordei do meu transe e não quero mais isso.
 
Eu apenas me senti levemente balançada pelo momento, mas agora já voltei a ser a Lauren de sempre, a Lauren que quer viver sozinha até o fim.
 
- Só precisaria se casar, ter um filho comigo, e depois de um período de tempo eu te daria o divórcio. - Max fala. - Você não iria precisar se preocupar com trabalho, pois eu te daria tudo que precisasse.
 
- Eu vou fingir que não escutei isso.
 
Ou Max está com muito medo ou ele está maluco em sugerir isso, mas tenho que assumir que até estou surpresa, porque eu nunca achei que ele seria capaz de fazer algo dessa forma.
 
- Minha carreira é tudo para mim Lauren, e ela poderá acabar por causa dessa falsa gravidez.
 
- Então diga a verdade ao Dimitri. - Digo. - Ele iria compreender.
 
- Claro que ia. - Max sorri cínico. - Vou chegar nele e dizer... "Me desculpe por ter trazido uma mulher para sua casa e dito que ela é a minha namorada e até está grávida, e adivinha? Fiz tudo isso pois eu não quero me relacionar com sua filha, espero que entenda."
 
Max está certo, porque Dimitri iria ficar muito bravo e com toda certeza iria expulsá-lo do seu filme, e o pior de tudo é que ele iria espalhar essa história na mídia, fazendo Max parecer um cretino.
 
Sua única alternativa e usar a minha ideia de que eu quis dar o golpe da barriga, mas o problema é que com toda certeza Dafini iria me expor ao mundo só de raiva, e aí quem faria o papel de cretina seria eu.
 
Max teria que me demitir do trabalho, e seria impossível eu arrumar outro emprego com meu nome da mídia dizendo que sou uma golpista safada, por isso estamos de mãos atadas.
 
- Apenas pense na minha proposta. - Max fala.
 
- Eu não...
 
- Nós dois sairíamos beneficiados com esse casamento, então não me dê sua resposta agora. - Ele me corta.
 
Max se livraria da Dafini definitivamente, e evitaria ter seu nome envolvido em um escândalo, e eu evitaria de ser linchada por suas fãs enfurecidas, e não precisaria mais me preocupar com trabalho ou dinheiro, mas só de pensar na possibilidade de aceitar isso me sinto suja.
 
Sempre trabalhei para poder me sustentar, e isso não vai mudar nunca, mas assumo que Max me fez uma proposta tentadora, e a parte cretina que existe em mim está pensando em aceitar essa maluquice.
 
- Pare o carro. - Peço.
 
- Por quê? - Ele questiona.
 
- Saberá quando parar o carro.
 
Max me olha confuso por alguns segundos, e logo em seguida ela volta sua atenção ao trânsito e faz o que eu peço.
 
- Está passando mal? - Indaga com preocupação.
 
- Eu estou bem. - Digo tirando o cinto de segurança.
 
Abro à porta do carro e salto para fora rapidamente, e minha vontade é de sair correndo pois estou prestes a fazer uma loucura, mas antes que eu tenha a chance de me movimentar Max para em minha frente.
 
- O que está acontecendo Lauren?
 
- Me desculpe por isso. - Peço.
 
- Pelo...
 
Não deixo Max terminar de fazer a pergunta e então o puxo para mais perto de mim e o beijo. Inicialmente Max tenta se afastar, mas eu o mantenho perto de mim e continuo o beijando, e o que me deixa levemente surpresa alguns segundos depois, é que ele também me beija.
 
Max coloca as mãos em minha cintura e me puxa para mais perto de si, fazendo com que nosso beijo de aprofunde  ainda mais.
 
Por que ele não está me empurrando ou fazendo ânsia de vômito? Por quê Max me beija com tanta vontade se ele tem nojo até quando toco sua mão? Mas a pergunta que me deixa mais confusa é, por quê merda ele beija tão bem? E por quê estou gostando disso quando eu deveria não sentir absolutamente nada?
 
Após um dos eventos traumático da minha vida nunca deixei um homem se aproximar de mim, muito menos beijei alguém, e com Max eu agi como uma completa estranha, e o que me deixa surpresa é que não estou em pânico.
 
Eu me sinto acolhida e segura em seus braços, e eu gosto dessa sensação mais do que eu devia. Só posso estar ficando louca, porque Max está fazendo eu me sentir uma pessoa normal, não uma mulher psicótica.
 
- Por que fez isso? - Ele questiona ao se afastar.
 
- Não sei. - Minto.
 
Max passa a mão por minha bochecha levemente, e eu fecho os olhos porque me sinto completamente segura com seu toque, e isso é mais uma coisa que me surpreende.
 
- Por que me beijou Lauren? - Indaga.
 
- Porque eu queria saber se iríamos nos sentir atraídos um pelo outro, já que você quer ter um filho. - Assumo.
 
- Estava pensando em aceitar minha proposta?
 
- Não. - Nego com a cabeça. - Apenas queria matar minha curiosidade.
 
Max se afasta de mim, e no mesmo instante sinto um repentino vazio, mas como eu sou boa em ignorar meus sentimentos eu finjo que nada aconteceu.
 
- Se aceitasse se casar comigo não seríamos um casal real se era isso que te preocupava. - Ele fala. - Iríamos ter um filho não porque dormimos juntos, e sim por inseminação.
 
Ouvir isso é como levar um belo de um tapa em meu rosto, porque eu fiz a idiotice de beijar Max, e só agora ele fala qual seria o meu papel, apenas a mãe do seu filho.
 
- Por que não me disse isso antes? - Pergunto envergonhada.
 
- Achou que iríamos ter um casamento real? - Ele questiona.
 
- Sim, eu achei. - Respondo. - Se eu soubesse disso não teria te beijado.
 
Ao mesmo tempo que estou aliviada, também fico decepcionada, porque uma parte de mim iria querer que fosse real, principalmente depois do beijo.
 
Agora estou morrendo de vergonha, e tudo que eu queria nesse momento era sumir do nada, porém isso é algo impossível de acontecer.
 
- Está decepcionada Lauren? - Max questiona.
 
- Sim... não... não sei. - Suspiro alto. - Bem... quer dizer... eu não estou.
 
Max se aproxima de mim me olhando de uma forma predatória, e eu como não sou boba dou alguns passos para trás, mas como sou sortuda tenho que parar quando meu corpo se choca contra o carro.
 
- O que... o que está... está fazendo? - Gaguejo.
 
Max para quando nossos rostos estão tão perto um do outro que até sinto sua respiração quente contra minha pele, e então ele fala baixinho:
 
- Se quiser podemos fazer desse casamento falso algo real.
 
Dito isso ele começa a beijar meu pescoço, e eu continuo imóvel pois não esperava que ele fosse me fazer essa proposta, e antes mesmo que e tenha a chance de me recuperar do susto, Max toma meus lábios em um beijo lento e possessivo, como se eu realmente fosse sua.

Um Maníaco Irresistível (Livro 10)Onde histórias criam vida. Descubra agora