Capítulo 32

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- Irei te contar meu pior pesadelo, então talvez depois disso você não me queira mais por perto. - Digo me levantando do seu colo.

Me sento ao seu lado, e por algum tempo fico calada pois estou criando coragem para contar algumas coisas ao Max.

- Se não quiser falar sobre isso não precisa me contar nada. - Max pega minha mão.

- Na verdade eu quero falar sobre isso. - Olho para ele.

Solto sua mão e me levanto, e calmamente começo tiro minha camiseta enquanto Max arregala os olhos.

- O que está fazendo? - Pergunta assustado.

Max abaixa a cabeça porque parece envergonhado, e apesar deu também estar não me visto novamente.

- Olhe para mim Max. - Peço.

- Bem... tem certeza? - Ele questiona.

- Tenho sim.

Ele levanta a cabeça lentamente, mas se matem de olhos fechados por alguns segundos, e eu me aproximo ainda mais dele.

Depois de um tempo ele abre os olhos, e começa a olhar meu corpo com uma expressão de raiva e pena, e então me puxa para mais perto dele e começa a passar a mão em minhas cicatrizes.

- O que aconteceu? - Max indaga com irritação.

- Tenho essas cicatrizes há muitos anos.

Estou com alguns hematomas por causa da agressão do Charles, mas mesmo assim minhas cicatrizes são bem visíveis.

- Quem fez isso com você? - Max pergunta.

Me sento ao seu para lhe contar meu triste passado, na esperança que eu alivie um pouco o fardo que carrego há muitos anos.

- Minha mãe faleceu quando eu era criança, e como meu pai havia fugido fui mandada para um orfanato porque eu não tinha nenhuma família. Achei que minha vida iria melhorar um pouco porque eu teria alimento e uma cama para dormir todos os dias, e na verdade eu tinha isso, mas também era constantemente agredida e torturada porque eu não ficava quieta quando via minhas amigas sofrerem o mesmo que eu. Enquanto era apenas agressões físicas e psicológicas eu ainda suportava, mas depois de um tempo...

Me calo pois meus olhos se enchem de lágrimas e sinto como se alguém estivesse me sufocando, pois todas às vezes que me lembro disso eu me sinto assim.

- Estou aqui com você. - Max pega minha mão e aperta de leve.

- Após eu completar meus doze anos além de sofrer agressões físicas e psicológicas eu também passei a ser assediada sexualmente, e por causa disso eu fugi várias vezes do orfanato, mas eles sempre me encontravam, e quando isso acontecia começavam as torturas. Eles arrancavam as minhas unhas com alicates, raspavam os meus cabelos, apagavam cigarros quente em meu corpo, e até mesmo usavam lâminas para me cortar.

- Como alguém é tão cruel assim? - Max me olha incrédulo.

Existem muitas pessoas boas nesse mundo, mas também existem pessoas podres e cruéis, e eu fui uma das vítimas desses monstros.

- Eu fugia por caso dos abusos sexuais, mas depois que começaram a me torturar eu parei porque eu não era forte o suficiente para aguentar tanta dor, mas os abusos continuaram, e isso aconteceu até eu ter idade o suficiente para sair do orfanato. - Todo meu corpo treme com as lembranças. - Achei que minha vida iria melhorar após me livrar do inferno que era minha vida no orfanato, mas acabei vivendo nas ruas por um tempo, e todo dia era uma luta e uma fuga diferente.

- Não posso nem imaginar o quanto você sofreu. - Max fala tristemente.

- Fiquei traumatizada com tudo que aconteceu, então achei que se eu arrumasse um namorado talvez eu conseguiria seguir em frente, e foi quando tudo piorou ainda mais.

Um Maníaco Irresistível (Livro 10)Onde histórias criam vida. Descubra agora