Capítulo 49

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Saio do carro após pagar a corrida, e logo em seguida começo a caminhar em direção ao prédio em passos largos.
 
- Boa noite senhor Thomas. - Cumprimento o porteiro do prédio ao me aproximar dele.
 
- Boa noite querida.
 
- Como o senhor está? - Pergunto.
 
- Estou muito bem e você?
 
- Também estou ótima. - Sorrio largo.
 
- Fico feliz em ouvir isso.
 
Nos despedimos e mais do que depressa caminho pelo corredor até o elevador, e após entrar no recinto aperto o botão que dá para o andar do apartamento do Max.
 
Eu não queria deixar Becca sozinha, mas Max me mandou um cartão com umas flores lindas pedindo para eu vir vê-lo as 21:00 horas em ponto, e aqui estou ansiosa esperando para ver o que irá acontecer.
 
Fiquei imaginado que seria a surpresa que ele disse que estava preparando para mim, mas ele havia dito que iria esperar até Becca estar totalmente recuperada porque sabe que não gosto de deixá-la só por muito tempo.
 
Apesar de ficar receosa por Becca ter ficado sozinha, também tenho que dar atenção ao meu homem, e é por isso que estou indo até seu apartamento apesar de estar bem nervosa.
 
- Vamos lá.
 
À porta do elevador se abre, e eu fico encarando o corredor vazio por alguns segundos, tentando criar coragem para por minhas pernas em movimento.
 
- Não seja covarde Lauren. - Digo a mim mesma.
 
Me forço a sair do elevador antes que eu acabe mudando de ideia e fugindo, e após alguns passos paro em frente à porta do apartamento do Max.
 
Levo a mão a campainha, mas no último segundo desisto e decido abrir à porta, e entrar no ambiente sorrateiramente.
 
Max me passou a senha da sua porta há alguns dias, e para minha surpresa ele colocou a data do meu aniversário por medo deu acabar esquecendo.
 
Meu namorado é incrível não é mesmo? Tenho tanta sorte de tê-lo ao meu lado e ser amada por ele, e eu sempre irei retribuir seus sentimentos por mim na mesma intensidade.
 
- Força garota.
 
Minhas mãos estão trêmulas, mas eu coloco a senha na porta e a abro assim que ela destrava, e quando meus olhos vão direto para a sala sinto todo meu corpo ficar tenso.
 
Max olha em minha direção e nossos olhares se encontram, e no instante seguinte Dafini está de bunda no chão porque ele a derrubou quando levantou rapidamente.
 
Meus olhos se enchem de lágrimas quando sinto que meu coração foi pisoteado sem dó, e eu não consigo falar uma palavra sequer porque estou completamente em choque.
 
- Não é nada do que está pensando. - Max fala desesperado.
 
Ele corre em minha direção, e quando se aproxima o suficiente tenta me tocar, mas eu não deixo porque o cheiro daquela vadia está nele, e no mesmo instante meu estômago se revolta.
 
- Conte a ela Max. - Dafini fala ao se levantar. - Diga a ela que estamos juntos.
 
- Cale a boca Dafini! - Max grita com ela.
 
O rosto do Max está todo sujo de batom e suas roupas amassadas, enquanto Dafini também está toda bagunçada, como se tivessem trocado vários beijos selvagens.
 
- Por favor amor, você tem que acreditar em mim. - Max tenta me tocar novamente.
 
Mais uma vez me afasto quando sinto o cheiro da Dafini vindo dele, e dessa vez não consigo mais controlar minhas lágrimas, e elas começam a banhar meu rosto.
 
Estou com tanta raiva e nojo, que não consigo nem ao menos dizer uma palavra sequer, ou fugir desse apartamento sem olhar para traz.
 
Minhas pernas fraquejam e eu caio no chão chorando descontroladamente, e nem ao menos tento me forçar a ser forte, porque realmente me sinto acabada nesse momento.
 
Tento me afastar novamente quanto sinto as mãos do Max sobre meus braços, mas dessa vez ele me segura com firmeza e não me solta.
 
- Olhe para mim Lauren. - Ele pede.
 
Continuo chorando de cabeça baixa, porque agora eu não tenho forças para encarar essa triste realidade.
 
Max solta um dos meus braços, coloca a mão em meu queixo e levanta meu rosto, mas eu fecho meus olhos porque não quero olhar para sua cara nunca mais.
 
- Olhe para mim. - Ele pede baixinho. - Por favor olhe para mim.
 
Me forço abrir os olhos, e quando o vejo Max também está chorando, e ele me olha de uma forma tão desesperada e assustado, que até começo a acreditar no que ele nem disse ainda.
 
- Você é tudo para mim Lauren, eu nunca, nunca iria te trair.
 
- Pare de mentir Max. - Dafini bufa alto. - Conte logo a verdade a ela.
 
- Se não calar essa maldita boca, vai se arrepender Dafini.
 
Max continua olhando para mim quando faz a ameaça a vadia, e ele esta com tanta raiva que parece prestes a explodir a qualquer momento.
 
Sua feição se suaviza um pouco quando ele começa a passar a mão pela minha bochecha lentamente, e novamente o desespero está em seu olhar.
 
- Diga que acredita em mim.
 
Estou um pouco confusa e com raiva, mas ele parece tão sincero e com tanto medo de me perder, que meu coração começa a se acalmar um pouco.
 
- O que aconteceu? - Pergunto com seriedade. - Por quê essa garota está aqui?
 
- Dafini apareceu do nada falando que seu pai havia a expulsado de casa e precisava de um lugar para ficar, mas óbvio que eu não iria deixar ela ficar em meu apartamento porque não era certo. - Max começa a falar. - Eu disse que iria levá-la de volta para a casa do seu pai, mas do nada ela me empurrou no sofá e começou a tentar me beijar, e logo em seguida você entrou no apartamento.
 
- Não seja um covarde mentiroso Max. - Dafini fala ao cruzar os braços.
 
Max tenta se levantar, mas eu seguro sua mão porque ele está com tanta raiva, que seria capaz de esganar essa garota.
 
- Por acaso me mandou flores? - Pergunto baixinho. - E um cartão pedindo para eu vir ao apartamento?
 
- Não. - Ele nega.
 
Agora começo a entender tudo. Dafini deve ter me mandado as flores com o cartão para eu aparecer no apartamento no mesmo instante em que ela atacava Max, e é óbvio que eu iria achar que ele estava me traindo.
 
- Eu te odeio! - Grito de repente. - Nunca mais quero ver você seu traidor desgraçado!
 
Max arregala os olhos e me encara sem entender nada, mas eu continuo com meu teatro porque vejo o largo sorriso nos lábios da vadia. 
 
- Agora pode ficar junto da sua amante. - Falo seriamente. - E nunca mais venha atrás de mim.
 
Puxo meu braço do seu aperto, e me levanto rapidamente e corro em direção à porta do apartamento e a abro, enquanto escuro Max gritar por meu nome.
 
- Agora poderemos ficar juntos. - Escuto Dafini falar.
 
- Não toque em mim sua maluca! – Max grita.
 
Começo a gargalhar alto enquanto fecho à porta do apartamento, e começo a caminhar em direção Dafini em passos lentos e ameaçadores.
 
- Era isso que achou que iria acontecer querida? - Pergunto com desdém. - Eu achando que Max me traiu e o largando?
 
- Ele... ele...
 
- Mesmo que eu tivesse acreditado em sua armação, você nunca iria ficar por com o Max meu bem, acorde para a realidade.
 
Achei que já havia assustado ela o suficiente para deixar meu homem em paz, mas pelo jeito ela não acreditou em mim quando eu a ameacei, por isso vou ter que relembrar a ela que também sou uma vadia, mas no sentindo bom da palavra.
 
Dafini encosta na parede do apartamento quando tão tem mais para onde fugir, e um passo a mais estou cara a cara com ela.
 
Sinto seu corpo trêmulo quando levo a mão ao seu rosto e passo a mão por sua bochecha, e eu posso ver o quanto ela está morrendo de medo.
 
- Querido, abra à porta da sacada fazendo um favor. - Peço ao Max.
 
Ele me olha por alguns segundos sem entender meu pedido, mas faz o que peço, e ao voltar minha atenção a Dafini levo a mão aos cabelos na sua nuca e puxo com força, mas não o suficiente para me causar dor.
 
- Agora vamos dar um passeio.
 
Arrasto ela pelos cabelos até a sacada do prédio mesmo ela lutando contra, e faço com que ela olhe para baixo por um longo tempo.
 
- O... O... O que vo... você vai fazer comigo? - Ela gagueja.
 
- Quer virar carne moída Dafini? - Pergunto sombriamente.
 
- Na... não. - Responde assustada.
 
- Pois a próxima vez que você sonhar em armar mais alguma coisa, ou sonhar em chegar perto do meu namorado, será exatamente isso que irá acontecer.
 
- Você não teria coragem. - Ela fala.
 
Empurro a metade do seu corpo para fora da varanda e ela começa a gritar com medo, mas não tenho um pingo sequer de pena dessa vaca e continuo a assustando.
 
- Não duvide de mim garota, porque você não sabe do que sou capaz. - Gargalho alto.
 
- Por favor não me mate. - Ela pede.
 
Puxo seu corpo para dentro da varanda novamente e solto seus cabelos, e no mesmo instante ela cai no chão chorando baixinho.
 
Me abaixo ao seu lado, coloco a mão em seu queixo e a obrigo a olhar para mim, e agora sim vejo que minha ameaça alcançou o meu objetivo.
 
- Você tem duas opções Dafini. - Digo calmamente. - Levantar sua bunda do chão e ir embora e nunca mais aparecer em minha frente, ou acabar em um trágico acidente. Qual você escolhe? E por favor seja inteligente e faça a escolha certa, pois eu odiaria ver seu lindo rosto machucado, mas eu seria obrigada a ser má se continuar agindo como uma vadiazinha e infernizando a minha vida e a do meu homem.
 
- Eu prome... prometo que nun... nunca mais vai me ver. - Ela gagueja.
 
- Sabia decisão minha queria. - Sorrio de canto.
 
Dafini se levanta tão depressa que eu quase caio de bunda no chão, corre em direção a sala, pega sua bolsa e sai do apartamento sem olhar para traz.
 
Max está me olhando assustado e todo pálido, e ver sua cara de medo me deixa com vontade de rir. Devo ter sido bem convincente em minha ameaça, porque Danifi fugiu como o diabo foge da cruz, e meu namorado parece com medo de mim.
 
- Isso foi divertido não foi amor? - Pergunto sorrindo com malícia.

Um Maníaco Irresistível (Livro 10)Onde histórias criam vida. Descubra agora