Um Maníaco Irresistível (Livro 10)

Capítulo 46

Max

- Está maluca mulher? - Adam olha para minha horrorizado.
 
- Sim! - Ela grita estridente. - Estou maluca por ter confiado em você por tantos anos!
 
Adam passa a mão pelo rosto onde mamãe lhe deu um tapa, e já posso ver sua pele ficando avermelhada e isso me da um pouquinho de satisfação.
 
- Do que está falando? - Ele olha para ela sem entender nada.
 
- Seu cretino desgraçado!
 
Mamãe pula sobre ele novamente e começa a lhe agredir mais uma vez, mas dessa vez eu a seguro porque Adam pode querer revidar, e se ele ousar colocar a mão sobre ela irá morrer.
 
Apesar de querer sua morte, eu gosto da minha liberdade, e com toda certeza não vou estragar minha vida colocando as mãos sobre um ser tão desprezível.
 
- O que está acontecendo aqui? - Beatriz aparece de repente. - Ouvi gritos.
 
- Volte para seu quarto Bea. - Mamãe pede.
 
- Não até saber o que está acontecendo. - Ela cruza os braços.
 
Será perda de tempo deixar Bea de fora dessa briga, porque minha irmã de vez em quando decidi ser rebelde, e pelo jeito agora é um desses momentos.
 
- Por que está com o rosto vermelho papai? - Ela se aproxima dele. - Mamãe te bateu?
 
- Ouça sua mãe e volte para o quarto Bea. - Adam fala seriamente.
 
- Eu não vou sair daqui enquanto não me explicarem o que está acontecendo.
 
- Na verdade nem eu sei o que deu na sua mãe. - Adam olha para mamãe com irritação.
 
Mamãe da um passo ameaçador em sua direção, mas Adam não sai do lugar e continua a encarando como se ele fosse alguma pobre vítima.
 
- O nome Lauren te lembra alguma coisa querido? - Mamãe questiona.
 
Parece que todo sangue do seu corpo desaparece, porque Adam fica tão branco e de olhos arregalados, que parece que vai cair morto a qualquer momento, e para falar a verdade isso seria muito bom.
 
- Papai você tem uma amante? - Bea indaga.
 
- Conte a sua filha quem é Lauren e o que você fez com ela. - Dona Tereza aponta para Bea.
 
- Volte para seu quarto Bea. - Adam olha para ela de forma ameaçadora.
 
- Bea não vai a lugar algum. - O encaro da mesma forma.
 
- Bea...
 
- Já disse que não vou sair daqui enquanto não esclarecerem tudo. - Ela corta Adam.
 
Mamãe avança mais um passo e o pega pelo colarinho da camisa e aperta com firmeza, fazendo seu rosto aproximar do seu de forma ameaçadora.
 
- O que aquela pobre garota fez de tão errado para merecer o que fez com ela Adam? O que eu te fiz para ser usar sem remorso algum?
 
- Não faço ideia do que está falando Tereza. - Ele se finge de inocente.
 
Pego meu celular e coloco o vídeo que filmei dele conversando com a Lauren e entrego para Bea, e mais uma vez vejo o sangue do rosto do Adam se esvaindo.
 
Quando ele percebe que sua tática de homem inocente não vai funcionar, ele tenta pegar o meu celular, mas claro que não permito isso é entro em sua frente.
 
Minha irmã terá um choque enorme, e com toda certeza não será fácil descobrir que seu próprio pai é um cretino, mas ela é uma garota forte, sei que vai superar isso em algum momento.
 
- Não veja isso Bea. - Adam pede.
 
Bea o ignora e continua assistindo o vídeo, e apesar do meu coração estar na mão por causa da minha garotinha, ela merece saber a verdade.
 
- Isso é mentira querida. - Adam fala. - Você sabe que eu te amo.
 
Pela primeira vez vejo Adam esboçando alguma reação sincera, e tenho que assumir que isso me chocou um pouco. Posso estar errado, mas ele realmente parece estar desesperado por Bea estar vendo o vídeo, parece que ele tem algum sentimento verdadeiro.
 
- Mas... mas...
 
Bea olha para o pai com se ele fosse um completo estranho, enquanto lágrimas banham seu rosto pela decepção com alguém que deveria ser a pessoa que a protegeria do mundo.
 
Bea desaba no chão e começa a soluçar algo, mas antes que eu tenha a chance de me aproximar dela para consolá-la, Adam é mais rápido que eu e se abaixa ao lado dela.
 
- Querida...
 
- Não toque em mim! - Ela grita quando ele toca seu ombro.
 
- Bea...
 
- Como teve coragem de fazer algo tão sujo com sua própria filha?
 
- Meu amor me ouça...
 
- Eu te odeio! - Ela se exalta. - Nunca mais se aproxima de mim!
 
Beatriz o empurra força, e no instante em que ele cai de bunda no chão ela se levanta e sai correndo em direção às escadarias deixando todos para trás.
 
- Sim, eu abandonei minha filha depois que roubei ela. - Adam joga a cabeça para o traz e gargalha de uma forma desagradável. - Sim, eu te usei para chegar onde queria, e pode ter certeza que nunca amei você e seu fedelho idiota. Está satisfeita agora? Eu sou um monstro e não ligo para seus sentimentos, e a única pessoa que importa para mim nesse mundo é a Bea, pois eu a amo de verdade.
 
Eu não queria me sentir triste, mas eu me sinto, porque Adam realmente foi um bom pai para mim, e ouvir ele dizer coisas cruéis sobre mim e minha mãe, faz eu me sentir um idiota por ter confiado nele e o amado verdadeiramente, enquanto para ele não éramos absolutamente nada.
 
- Você é capaz de sentir amor? - Mamãe olha para ele incrédula.
 
- Não ligo para o que pensa, por isso não irei perder meu tempo tentando fazer você entender que amo minha filha.
 
Adam parece estar sendo sincero sobre seus sentimentos, o que me deixa bem surpreso, mas vindo dele eu não confiaria completamente porque ele é um excelente manipulador.
 
- Saia da minha casa. - Mamãe aponta em direção à porta.
 
- Eu não...
 
- Terá notícias dos meus advogados em breve para assinarmos o divórcio. - Ela o interrompe de continuar a falar.
 
- Pelo menos deixe eu me despedir da minha filha.
 
- Parece que a Bea quer te ver agora? - Ela pergunta. - Nada do que falar vai justificar o que fez, então deixe minha família em paz, você perdeu o direito de querer alguma coisa no momento em que eu soube quem é você.
 
- Bea também é minha filha.
 
- Não é mais! - Ela o encara com fúria.
 
- Você vai pagar por isso.
 
Dessa vez quem pega Adam pelo colarinho e o empurra contra a parede sou eu, pois se ela pensa que vai ameaçar minha mãe na minha frente está muito enganado.
 
- Ao menos sonhe em fazer algo contra minha família e a Lauren para ver do que sou capaz Adam. - O encaro de perto. - Não ouse chegar perto deles, não ouse ao menos pensar neles, porque sou capaz de qualquer coisa para protegê-los, e se eu tiver que matá-lo pela segurança de todos, não duvide que eu farei isso, porque eu farei sem hesitar.
 
Seus olhos estão tão arregalados que parece que vão saltar do seu rosto a qualquer momento, e apesar de saber que ele levou a sério minha ameaça, não sou idiota em ficar tranquilo achando que Adam não fará alguma coisa para prejudicar todos.
 
Com toda certeza ele será preso, pois meu avô achou bastante sujeira encoberta, mas isso não quer dizer que estaremos completamente seguros das suas maldades.
 
- Eu... eu...não tenho me... medo de você. - Adam gagueja.
 
- Mas deveria. - Sorrio de canto. - Você não é o único que pode ser cruel.
 
Solto o colarinho da sua camisa e passo a mão por ele para arrumar sua roupa amassada, e enquanto o toco sinto Adam estremecer um pouco.
 
- Agora seja educado e se retire da nossa casa enquanto estou sendo gentil, e pedindo com jeitinho. - Falo calmamente.
 
- Para onde irei?
 
- Você é um cara esperto não é? - Arqueio a sobrancelha. - Tenho certeza pensará em algo.
 
Meu sangue ferve em meu corpo com vontade de agredi-lo quando lembro dele apertando o braço da Lauren tão forte que deixou marcas em sua pele delicada, mas me controlo por causa da minha mãe.  
 
- Deixo pelo menos eu pegar meus pertences. - Adam pede.
 
- Para onde você vai não irá precisar deles. - Sorrio largo.
 
Ele parece confuso com o que acabei de dizer, e quando percebe que algo está errado Adam começa a andar rapidamente em direção à porta de casa, e para sua infelicidade quando a abre da de cara com meu avô e alguns policiais.
 
- Surpresa! - Vovô exibe um largo sorriso.