Capítulo 7 - Espada vs. Machado

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Heller Dimitrescu

Cercado de Licanos ao redor e os dois maiores juntos perto do celeiro. Ambos parecem ter traços semelhante aos Licanos, um deles segura um imenso machado de aço com apenas as calças e botas como peças de roupa. O outro com um enorme casaco segurando um grande martelo, ao que parece, é o lider do bando. 

Não fazem a ação, apenas mantendo o olhar sobre mim enquanto todos esperam a ordem do gigante do martelo para atacarem. Alguns nas copas das árvores armados com arco e flechas mirando em minha direção. 

O estrondoso rugido forte do grandão deu o sinal segundos depois de me analisar de baixo para cima. Os Licanos vindo em minha direção e desembainhando a espada apenas esperando o primeiro que vier. 

É a primeira vez que uso a espada, mas a sensação de queimação familiar entre olfato, audição, aptidão, velocidade, agilidade, todos estavam em um ritmo completamente acelerado me deixando em transe em meio a tanta sangue sendo jorrado para todos os lados. 

Membros dos Licanos jogados no chão com sangue e ossos à amostra se intensifica ainda mais o sorriso ameaçador do gigante que segura seu grande martelo. Ansiando em dar os passos em minha direção. 

Os Licanos nas copas das árvores atiram suas flechas, mas as mudas das roupas de couro não permite que as flechas perfurem minha pele. Saltando e pulando entre as copas das árvores, os mesmo caem criando uma poça de sangue em meio a neve que é jorrado pelos braços decapados e pernas dilaceradas. 

Nenhum Licano a mais presente no local, apenas os dois grandes transmitindo sua aura e sorriso no rosto de orelha a orelha. O gigante do machado de aço caminha entre as pequenas poças de sangue e corpos de Licanos ainda vivos, mas agonizando com a forte dor olhando seus próprios corpos alejados. 

O gigante caminha soltando seu rugido furioso segurando seu machado no cabo. Por onde passa, a neve registra seus passos lentos, profundos e pesados. Segundos depois se tornam rápidos com o balanço de seu machado vindo em minha direção pela horizontal, querendo me partir em dois. 

" ... " 

Desfaço seu fatídico sorriso segurando seu machado afiado com a lateral da espada de maneira desesperada, tanto para ele como para mim. A espada realmente é fina, mas segurou bem o aço, apenas deforma-se a estrutura da espada assim como seu machado. O gigante tenta recuar seu machado para perto de sí, mas interrompo sua ação segurando e apertando o aço com a ponta dos dedos no machado amassando e deformando ainda mais para não ter uso. 

Chega a ser inacreditável ganhar isso sem a manifestação do mofo nos músculos... 

Assustado e sem entender sua posição, olho para o gigante de martelo que também me olhara com um semblante raivoso perto do celeiro. Faço seu colega se agonizar de dor enquanto está sendo mutilado e por fim degalado por mim, momento algum desviei o olhar. 

Desfaço da espada jogando-a no chão enquanto caminho em sua direção com as mãos nuas. O gigante faz a mesma ação se desfazendo do seu machado. O mesmo assim como eu, corremos em direção ao outro. A sede de matar que é muito bem registrada no olhar querendo ver a beleza do sangue do seu adversário.

Colocando o ombro para trás pegando impulso, o gigante vem com um soco direto, querendo resolver isso na força bruta. Faço minha postura correspondendo da mesma forma e revido socando sua própria mão que estava prestes a me acertar de volta, porém muito mais forte. 

Posso ver seus dedos tortos, pulso quebrado e solto depois do impacto. Tentou com a outra mão e resultou no mesmo estado, ou até pior por não ser a mão predominante. Na dobra de seu joelho, chuto sem postura que não exige muito da minha força apenas para deixá-lo no chão, e assim fiz. 

Heller DimitrescuOnde histórias criam vida. Descubra agora