Miranda
Aquele cheiro... o cheiro que exalava dequele garoto é tão parecido, porém ao mesmo tempo parece ser tão confuso em relação à minha filha. A temperatura corporal dele naquele instante que estava atacando os Lordes não é algo que um ser humano comúm é capaz de suportar. Isso sobrecarregaria as funções motoras, a área cerebral e os órgãos por tamanho calor, ainda mais um calor daqueles que ele emanava.
Tamanho calor em muitas dessas situações podem se assemelhar também a uma febre alta, deixando a pessoa menos consciente, com muita tontura, palidez, suor frio e viscoso, cansaço, náusea, respiração rápida e dilatação na pupila. Tal que não era exatamente isso que ele apresentava. Ao menos na aparência ele parecia alguém realmente doente, seu corpo parecia estar muito frágil, mas ao mesmo tempo, preparado. Não importando o momento, estava disposto a lidar com a situação na qual se encontrava de frente, apesar de não haver nenhuma confiança ou determinação em seus olhos.
Foco. É a única palavra que consigo resumi-lo naquele momento.
Porém não era nenhuma novidade de qualquer forma. Não depois do que eu escrevi naquele livro. Estar no castelo observando tudo e à todos por longos dias realmente deu algum resultado além de ser um pouco descôrtes da minha parte ao imitar a aparência de Duque.
Heller foi infectado por algo. Talvez pelo mutamiceto sim, eu senti o cheiro e sua regeneração também se assemelha às suas funções impostas por ele, mas... mas não daquela forma. Algum outro vírus criado pela Umbrella, apesar de ser uma possibilidade bastante grande.
O Progenitor Vírus, cujo o próprio também foi descoberto por Ozwell Spencer, através da extração e pesquisas de uma planta chamada: "Escadaria para o sol", que cresce em território subterrâneo em terras africanas pôde ser utilizado para diferentes vírus e até mesmo Antígenos, no caso, vacinas. Mas não como uma cura, e sim para deixar o vírus sob controle no organismo do indivíduo. Sobre sua variante, no caso como o soro utilizado em Albert Wesker, foi relatado com quantidade apropriada para seu corpo, para manter o vírus estável. No entanto, caso ele seja injetado em dose maior ou menor, pode agir como um veneno em seu organismo, causando uma overdose e tendo efeitos inesperados.
Uma outra substância presente no Progenitor e encontrada durante sua pesquisa funciona como um otimizador de desempenho, mas seu efeito tem pouca duração. Para duração permanente, deve ser administrado continuamente na cobaia. Como beber água todos os dias para se manter hidratado.
Sobre o Mutamiceto Série E, utilizasse para com os "mofados". Superorganismos tomados pelo Mutamiceto. O soro desenvolvido a partir de células do nervo craniano e do nervo periférico de indivíduo/cobaia da série D quando aplicado em cobaias infectadas, provoca a calcificação dos micélios e, dependendo do estágio da infecção, pode ser fatal ao contrário de curar.
Do fungo do Mutamiceto, as séries: A, B, C, D são todas defeituosas, porém as células aprimoradas até a série D é usada para o soro. Em seguida com a série E é considerada perfeita, ao menos se aproximando das expectativas esperadas, com as células E, o Antígeno: E - Necritoxina.
A E-Necrotoxina é uma forma “maximizada” do soro, que quando combinada com amostras de células do indivíduo série E, provoca a calcificação fatal nos infectores (Que se não me engano foi usada para um experimento E - 001). É utilizada para o descarte dos indivíduos e/ou cobaias da série E.
Heller ter apenas um vírus em seu corpo não condiz as característica que lhe são apresentáveis. Para usar um vírus, é preciso de outro para otimizar suas funções para que, o organismo não seja prejudicado por mudanças e pelo pior dos casos, a mutação. Mas se isso for realmente o caso, é como usar vírus e anti-vírus no corpo, é um anulando outro.
— Ei! Sua...! — A mulher chamou minha atenção, mas pareceu estar procurando palavras por ter um breve momento em silêncio olhando em sua direção. — Cadê minha filha...? Cadê a Rose!? — Levantou sua voz colocando as mãos nas grades.
Fui até o seu encontro e retirei o cadeado, nesse momento confuso, Mia recuou por segurança. Sua insegurança.
— Está livre. — Declarei e a própria pareceu desconfiada de que eu poderia fazer algo contra ela. — Saia daqui. Não tenho mais motivos para aprisioná-la.
— Por que? — Perguntou Mia ainda no lugar.
Entrei na cela junto com ela e frente a frente. Disse que para a mesma que eu tinha olhos para outra coisa agora, um outro alguém.
Mia saiu da minha presença indo para a saída desse local. Provavelmente ela morrerá por hipotermia pelo frio lá fora, pouco me importo para os Winters, pois no agora... eu tenho alguém como um receptáculo perfeito.
Será um incômodo enorme lidar com Dimitrescu, isso é claro, se ela descobrir que Heller foi atiçado pelo que escrevi no livro. E falando do próprio, nunca passava pela minha cabeça que algo deste tipo existia. Escrever palavras em uma página e da mesma obter a realidade descrita pela pessoa é um tanto exagerado. Mas se eu puder obter aquele livro e tê-lo em minhas mãos onde ninguém possa me interromper guardando e protegendo próprio, posso conseguir usar seu corpo e consciência para ressuscitar Eva.
Pegar ele para fazer pesquisas e análises sobre seu corpo e organismo sem me preocupar em matá-lo será incrível. Talvez uma nova descoberta ao descobrir suas funções, ou até mesmo a função nunca antes vista por algo que tínhamos certeza que sabíamos que tal vírus fosse capaz de fazer.
Será um tanto intrigante.
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Heller Dimitrescu
AventureSob neves intermináveis que tocam o solo em todos os anos desde que um enorme castelo fora construído em frente ao nosso vilarejo. Nada e nem ninguém sabe o que aquelas paredes feitas de pedra guardam em seu interior. Luzes de velas sempre eram vist...