Bela Dimitrescu
Eu poderia até dizer que Heller fez uma grande idiotice quando foi falar com o Capitão, até mesmo ameaçando vários de seus soldados armados da cabeça aos pés apenas pela comida que estava no chão. Não estava brava, mas também não satisfeita com sua atitude, até porquê é uma reação esperada por qualquer um de nós que jaz do castelo.
Quando entrei em meu quarto, seni temperatura corporal do meu corpo elevar de dorma que parecia que eu estava queimando por dentro, mas de forma agradável e, até prazerosa. Mas meu corpo estava tão quente, que quando percebi já estava abrindo a janela, e dos ventos fortes o suficiente para me tirar do lugar e firmar meus pés sob o chão, alí não estava sentindo mais nada que referisse à malefícios.
Sentia frio, mas não sentia a vulnerabilidade pelos fortes ventos gelados. Encarava meus antebraços, pasma ao ver como se minha pele fosse transparente o suficiente para ver todas as veias em sua cor vivida. Parecia brilhar através da pele e carne. Pela primeira vez como uma vampira, eu estava alegre, radiante ao ponto de me sentir completa e nada mais poderia me abalar. Mas isso sentimento logo se fora quando foi substituído rapidamente por pavor e susto ao ver apenas um sobretudo preto fechar as janelas, encontrando-se atrás de mim e à minha frente a lareira do Saguão Principal.
Foram 5 segundos exatos para sair do meu quarto e me encontrar no andar debaixo, à frente do fogo. Heller me abraçava, eu estava em sentada no chão, com as costas aninhada em seu peito e seu queixo pousado sob minha cabeça. Parecia uma gaiola que sustentava o calor.
- Er... Heller? - Virei a cabeça, com meu nariz tocando sua mandíbula, tentando ler sua face.
- Se você não quiser uma reclamação vindo de mim, fique quieta. - Sua voz estava atormentada, mas ao mesmo tempo, cheia de autoridade.
Não discuti. Lentamente virei minha cabeça para frente, agora colocando todo meu peso em cima dele. Eu parecia pesar nada mais do que cinco kilos ao invés de cinqüenta pela facilidade de me segurar sem apoiar seus braços atrás das costas para sustentar ambos os nossos pesos. Heller deu prioridade ao me abraçar, era tão confortável ao ponto de que tinha a plena certeza de que não encontraria conforto algum no castelo além do próprio.
E falando em momento, este parece ser um ótimo momento para conversar. Apesar de que eu sinto olhares em direção à nós neste agora.
- Hmm... Heller? - Chamei sua atenção.
- Sim? - Respondeu prontamente.
- Sobre o beijo... você está bravo? - Meu rosto estava vermelho, mas se ele visse, provavelmente eu daria a desculpa de que está muito calor.
Apesar da temperatura estar agradável.
- Não... não estou bravo. - Sussurrou ele. - Fiquei surpreso, mas não bravo. - Terminou ele, sentindo uma expressão carrancuda. - Mas eu queria, sinceramente, ouvir o motivo por ter feito àquilo.
- ...
Apesar dele considerar o longo silêncio, foi onde precisei pensar. Fiquei tão feliz dele estar me abraçando que de repente me deu vontade de socá-lo.
Eu sei. Sentimentos conflitantes...
- Eu me sinto segura com você. - Mesmo dizendo isso, foi como se eu não pensasse. Apenas disse involuntariamente, como se minha própria voz tivesse consciência própria.
Fiquei hipnotizada ao ter confessado algo que eu gostaria, mas sequer tive a sã consciência de dizer.
Senti que sua fisionomia se franziu. Sacudiu a cabeça lentamente acima de mim. Quer seja indiretamente ou não, seu queixo arrastava meu cabelo para os lados.
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Heller Dimitrescu
AventuraSob neves intermináveis que tocam o solo em todos os anos desde que um enorme castelo fora construído em frente ao nosso vilarejo. Nada e nem ninguém sabe o que aquelas paredes feitas de pedra guardam em seu interior. Luzes de velas sempre eram vist...