Capítulo 16 - Atuação

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Heller

Depois de 40 minutos rondando o castelo, abrindo as portas e entrando em quase todos os cômodos, finalmente achei a Senhora Dimitrescu que não se pega surpresa pela minha presença, já que estava de guarda antes mesmo de eu abrir a porta e vê-la com seu cachimbo.

— Perdoe-me o incômodo, Senhora Dimitre-

— Não vejo problema algum. — Interrompeu minha fala. A julgar por seu semblante e olhar, já estava na espera? — Dirija-me como Lady, essa sua "senhora" já morreu. — Ao término de sua fala, acenti em concordância.

Fechando a porta atrás de mim, analiso o laboratório com jaulas de aço com marcas de garras e alguns dentes cravados. Grandes buracos em algumas suficiente para um Licano passar.

Retornando meu olhar a ela, me aproximei e vejo ao seu lado a mesa com os documentos, relatórios e o recipiente contendo Cadou. Pedi permissão para Lady Dimitrescu poder recolocar as imagens em seu devido lugar, assim para como na fábrica de seu irmão, onde os achei.

Lady Dimitrescu esboçou um sorriso e risos baixos.

— Ora irmãozinho, parece que agora tenho motivos suficientes para matá-lo... — Disse ela com um tom de voz de satisfação.

Não sei o que ela deduziu, mas o que ela viu nas colocações das fotográfias é certa. Lady Dimitrescu vê algo que não posso ver, talvez se eu conhecesse Heisenberg, mas ainda dúvido que teria tal percepção nesse assunto.

— Mais alguma coisa ou detalhe que deseja relatar-me? — Perguntou Lady com um imenso sorriso em seu rosto.

— Nada mais. — Afirmei olhando em seus olhos brilhantes. Sem mais nada a dizer a ela e com a licença de Lady Dimitrescu, saí da sala do laboratório.

Novamente de volta aos corredores, sem rumo até eu me decidir em questão de segundos. A biblioteca parece um lugar realmente muito bom para relaxar e ler um bom livro. Gastei meus 20 minutos andando até lá. Sabia de sua localização nos corredores, pois a mesma biblioteca se encontra no mesmo andar dos dormitórios.

Viro a maçaneta dando-me a passagem e vejo centenas- não... milhares de livros nas estantes. Por mais que sejam muitos, não vejo muita poeira acumulada.

Parece que elas sabem mesmo conservar.

— Vejamos... — Murmurei com um sorriso no rosto olhando para cada estante, cada livro e cada escada em ambos os lados para o andar superior.

Isso é... é muito lindo, eu admito.

Depois de minutos em contemplação, dou meu primeiro passo subindo o andar superior e pegando um dos primeiro livros em vista.

— O Morro dos Ventos Uivantes. — Leio seu título com tom de voz baixa e dúvida surgindo, mas tenho esperança de que é um bom livro. — Escrita por Emily Bronte... — Concluí terminando a capa do livro com o nome da autora.

Ao virar o livro na parte das costas, vejo a sinopse e gênero. Um dos romances bem construídos, mas será que vale a pena ler?

Me perguntei abrindo o livro na primeira página e um pedaço de papel flutuou à fora das paginas. Pego o mesmo ainda no ar, desdobro o papel e vejo uma das opiniões de Lady Dimitrescu sobre o livro: Morro dos Ventos Uivantes.

Bem, vamos ler e ver se realmente é bom o bastante para pegar meu tempo.

"O Morro dos Ventos Uivantes foi de longe o livro que menos tive o prazer de desfrutar." — Relatou Lady Dimitrescu.

Heller DimitrescuOnde histórias criam vida. Descubra agora