Sob neves intermináveis que tocam o solo em todos os anos desde que um enorme castelo fora construído em frente ao nosso vilarejo. Nada e nem ninguém sabe o que aquelas paredes feitas de pedra guardam em seu interior. Luzes de velas sempre eram vist...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bela Dimitrescu
Atraente. Criativo a forma de nos oficializar. O modo de caminhar até mim, a respiração quente e palavras doces que me fizeram ficar hipnotizada, apenas aguardando um beijo que poderia vir com a minha aceitação por sua confissão. Mas ao receber as palavras de quem amo que iria me matar, instintivamente eu disse com a voz baixa, mas com as palavras carregando um enorme ênfase.
— Pare. — Sussurrei para Heller, onde ainda me segurava nos braços.
Totalmente imóvel. Sabe-se lá o motivo de ter ficado parado, ele nem sequer piscava com aqueles olhos arregalados. A guarda dos demais à nossa volta foi alta, tanto é que todos eles seguravam Heller em cada um de seus membros. Minha mãe ficou com a cabeça, pronto para degolar o garoto. Minhas irmãs segurando seu peito até sua cintura, Heisenberg e Donna Beneviento nas pernas e Chris com um fuzil semi-automático à cinco metros de nós, cravando sua mira com postura onde um pontinho vermelho estava no centro de sua testa.
Heller ainda me segurava nos braços, apenas respirava mechendo os ombros e enchendo seu peito musculoso de ar. Mas de repente, eu bati a cabeça no chão por não sentir mais uma de suas mãos segurando minhas costas, e após abrir os olhos, o próprio de pé nas escadas que dá acesso ao segundo andar. Lentamente ele se sentou; como se estivesse com dor, com uma expressão neutra e fria, olhando para frente em um único ponto da parede.
Eu ouvia seu coração. Sua frequência cardíaca estava muito, muito baixa. Não borbadeava sangue como antes. Seu coração estava batendo a cada 11 segundos e isso era preocupante, mas ao mesmo tempo, ficara pensando a razão disto estar acontecendo... e eu não tinha respostas.
Qual o motivo dele disser que iria me matar e mesmo tendo uma chance clara, não o fez? A minha resposta não deveria ser nada além de uma única palavra dada por um tom de voz severa, pois comparado ao livro que dá à Heller ordens, é o que ele deveria cumprir. Mas por que então ele parou?
Suas palavras já me denunciaram que Miranda havia escrito algo nas páginas. O querer de me matar já diz que sou alvo, mas eu gostaria de saber se minha família também está incluída. O simples de ato de cravar seus olhos apenas em mim desperta essa curiosidade se sou apenas eu.
— Er... Heller...? — Disse eu tentando chamar sua atenção, olhando para ele. O próprio direcionou seu olhar para mim com ambas de suas mãos cobrindo a boca.
Sua expressão é relativa ao espanto. Seus olhos arregalados e perdendo a cor prateada.
— Segunda vez. — Murmurou ele, escondendo sua boca atrás da palma da mão.
— Segunda vez de quê? — Franzi o cenho, ainda no chão com as mãos apoiando meu peso para não me deitar.
— Segunda vez que quase matei você. — Concluiu ele.
— Todos sabem que não foi culpa sua.
— Isso não justifica nada.
— Miranda é a justificativa. — Retruquei não querendo mais discutir.