Heller Dimitrescu

Capítulo 33 - Batalha II

Bela Dimitrescu

Vê-lo abrir o estômago de Heisenberg e tentar enforcá-lo com suas entranhas, já estava decretado morto após abrir sua barriga, mas sua ação que veio logo depois só reforçou com firmeza e clareza que quer a nossa morte, assim como havia dito. Do seu jeito e por suas mãos.

A morte de Donna Beneviento cujo teve sua face despedaçada e crânio quebrado por completo, deixando os órgãos e tudo que o pertença na área acima do pescoço e a própria garganta. Os únicos sons que são ouvidos após isso foram os choros e gritos vindo de Daniela e o sangue que vinha esguichando do estômago até a garganta aberta.

No agora, Heller está tendo uma troca de socos e chutes, uns anulando outros. Onde Chris chutava, Heller chutava no mesmo instante, do mesmo modo e no mesmo lugar, só que com mais força. Porém os socos não eram iguais, ambos demonstravam artes marciais, ambos queriam passar pela defesa um do outro, mas era contra-atacado no mesmo instante.

Minha mãe em momento algum interrompeu, porém a face dela que estava apresentando estar pasma com a situação, não entendi nada com que ela estava transparecendo, mas ao retornar meus olhos para a luta, Heller estava com os olhos sangrando a ponto de qualquer um perceber que eles derreteriam a qualquer momento, saia sangue pelas narinas e ouvidos. Seu semblante apertando a mandíbula e colocando pressão nos dentes só nos fizeram perceber que Heller está em padecimento.

Seu corpo apresentando as dores e o cansaço, principalmente nas pernas, tanto é que no agora está ajoelhado. Não por ter sido derrotado, mas por sentir uma fraqueza. Daqui mesmo eu sinto um calor corporal vindo de Heller com um grau bastante alto se comparado com um humano comúm. Mesmo incapacitado, Chris não perdeu seu tempo por conta disso.

Prensou Heller contra o chão e acima dele, começou a socar o centro de seu rosto. O sangue colado nos punhos após atacar e recuar a mão para a outra bater eram jogados no chão nesse meio tempo. Mas não durou muito até ter seu próprio "parceiro" apontar a arma acima de sua cabeça.

— O que pensa que está fazendo, Ethan? — Perguntou Chris imóvel no lugar, ansiando em dar mais socos no Heller.

— O que VOCÊ pensa que está fazendo? — Perguntou com uma voz grossa transparecendo estar raivoso. — Ele foi o único que demonstrou matar esses monstros em prol da minha filha e vem você querendo atrapálh- não, QUERENDO MATÁ-LO! — Levantou sua voz dando ênfase nas últimas palavras.

— Monstros sempre serão monstros, Ethan. — Disse o mesmo virando seu pescoço em sua direção. — Não importando sua motivação.

— Recuso. — Respondeu de imediato. — Por parte dele eu recuso. — Decretou e logo em seguida, puxou a trava mais uma vez ordenando que saísse de cima de Heller.

Chris não se sentiu ameaçado, logo, voltou sua atenção para Heller enquanto Ethan gritava com o mesmo. Mas antes de retomar à dar seu primeiro soco, Heller encolheu sua perna em instantes com o joelho perto de seu queixo e em seguida esticou colocando força, tirando e jogando Chris para bem longe, onde o próprio bateu as costas na parede e ficando com falta de ar logo após.

— Mãe Miranda! — Gritou minha mãe e virando meu pescoço para o lado na direção da própria, eu ví em um milésimo de segundo Heller entortar a mandíbula de Miranda pela força do impacto do golpe de um dos seus cotovelos.

Em seguida, Heller foi em direção ao Chris. Quebrando uma de suas pernas na direção contrária à dobra do joelho, e do mesmo, seu próprio osso quebrado exposto pra fora assim como o sangue que derramando por entre a perna do mesmo local. Em seguida, colocando ambos os braços de Chris atrás das costas e fazendo à força para ambos os ombros se deslocarem, assim pegando seu sobretudo preto sem resistência vinda de seu pai.

Os dois frascos sobre a mesa, Heller estava fixando seu olhar em sua direção, a mãe vendo isso não perdeu tempo pensando e pegou ambos os frascos para fazer-lhe a proteção contra o garoto com o rosto desfigurado, mas a sua regeneração não permitiria deixar sua aparência daquela forma horrenda. Ao lado de Heller, o martelo de Heisenberg, o mesmo pegou em uma de suas mãos e deixou o peso da arma acima do seu ombro. Seu olhar afiado, mas cansado. Porém mesmo cansado, em nenhuma vez na luta eu o ví ofegante.

Seja como for, Heller deu seu primeiro passo na luta, ou melhor, um salto vindo de cima e acima de sua cabeça o martelo vindo com força pelos tríceps, e do impacto, despedaçando uma área grande do chão. Mesmo que minha mãe se esquivou de tal ataque, sua velocidade ao manipular aquela arma, para Heller é peso pena, ou seja, uma rapidez sem igual.

Heller largou o martelo que estava cravado no chão, pegou Ethan segurando seu peso acima de um dos seus ombros e pulando pela janela à fora. O vento que viera forte era gelado a ponto de eu e minhas irmãs não conseguirmos fragmentar para sairmos o mais rápido que poderíamos. Porém nossa mãe pegou todas nós e nos levou para o calabouço, em lugar isolado dos demais locais do castelo, onde nenhuma janela, rachadura ou buraco para o frio entrar.

Nossa mãe gemia de dor, ajoelhada para nos colocar no chão.

— Por que Heller foi embora, ele não iria peg... — Cassandra ao levantar a questão sobre o que aconteceu, Nossa mãe ergueu sua mão apresentando O frasco, apenas um. — C-Cadê... — Em espantelamento, Cassandra não conseguiu achar palavras para terminar sua fala, mas Daniela com seus olhos arregalados, fez por ela.

— M-Mãe... Cadê... — Suspirou Daniela apontando seu dedo indicador no mesmo local que iria falar. — C-Cadê o frasco e... Cadê sua mão?