Miranda
— Bom, você certamente gosta de se intrometer do que não deve, Socador de Pedra. — O semblante de raiva é transmitido, assim como eles para comigo.
— Se não se importa, pretendo mudar esse nome pra socador de crânio, por que não começamos com o seu? — Perguntou o próprio assumindo sua postura com as armas levantadas e apoiadas em frente ao ombro.
Em meio aos tiros, o intuito deles não é manter uma luta aparentemente, e sim proteger e me manter longe de Rosemary.
Me transformo no enchame de corvos, pego um pequeno grupo para chamar atenção de ambos os atiradores para um lado e vou em direção ao carro forte dando a volta.
O soldado adentro estava armado, mas com outro grupo de corvos atacando-o após destruírem o vidro do carro forte, sua preocupação agora é para com sua vida.
Com isso, pego Rosemary com um dos corvos e levo-a levantando vôo o mais rápido possível. Ambos os soldados apenas com a cabeça erguida olhando acima, segundos depois, atravesso o nevoeiro e traço o rumo em direção ao vilarejo que não demora muito a chegar.
Quando cheguei ao meu laboratório, aqueço Rosemary com alguns lençóis com sua pele fria e cabelos cobertos de neve. A pressa me fez esquecer sua saúde. Minha sorte é que a hipotermia não a atacou, mas está com febre.
— Você... — Um rosnado é ouvido em uma cela no canto do laboratório. Em meio a escuridão, Mia Winters fez sua aparição sombriamente. — O que está fazendo com minha filha! — Gritou a mesma forçando as barras de ferro da sela com as mãos.
Em meios aos chingamentos e maldições que eu recebo, Rosemary chora em meus braços enquanto ainda mantenho-a confortavelmente e quente sobre os lençóis.
— Você vai se arrepender se-...
— Quem vai me impedir? — Interrompo-a com sua fala, olhando em sua direção confiante. — Mesmo que alguém tente, você será usada quando eu bem entender. Você agora deve se preocupar com sua vida, já sabendo que não faria malefício algum com sua filha. — Com Rosemary quase adormecendo, eu coloco-a na cama.
— Só o que estou ouvindo são palavras vazias. — Decretou ela com um tom cortante na voz.
— Se você se comportar, você poderá segurar sua filha de vez em quando. — Saí do laboratório. Da presença daquela mulher para poder pensar em um próximo passo.
Olhei ao redor e vejo o castelo de Dimitrescu. Para trás, a floresta de Donna Beneviento. Ao lado, o vapor saindo atrás das árvores, distante, a fábrica de Heisenberg. Fora o bioma moldado por Moreau.
Como agora já tenho Rosemary em minha posse, agora posso descartá-los. Amanhã de manhã, Donna Beneviento será a primeira. Usarei um pouco dos fluídos corporais e Sanguíneos e farei alguns testes em Rosemary.
Os fluídos de Donna Beneviento é passar o parasita moldado do mutamiceto para Rosemary, caso não fazer efeito algum significa que o corpo no qual estava procurando era de minha expectativa, o hospedeiro que eu tanto procurava capaz de cessar o vírus.
Se for o contrário, eu a matarei. Afinal, não é um corpo fraco no qual procuro.
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Heller Dimitrescu
AventuraSob neves intermináveis que tocam o solo em todos os anos desde que um enorme castelo fora construído em frente ao nosso vilarejo. Nada e nem ninguém sabe o que aquelas paredes feitas de pedra guardam em seu interior. Luzes de velas sempre eram vist...