Capítulo 34 - Batalha III

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Heller Dimitrescu

Pulei do castelo quebrando uma das janelas que haviam no segundo andar, porém mesmo de lá o vento viera forte e gelado. Sofri alguns arranhões pelo estilhaço dos vidros, mas Ethan teve piores. Carregando ele sobre os ombros e tendo a neve para amortecer a queda no solo, percebo que a quantidade da mesma no chão chega a ser um exagero.

Quanto tempo fica nevando neste vilarejo para a neve estar alguns centímetros acima do próprio chão?

— Ugh! — Forçando a garganta, vomitei uma grande quantidade de sangue. Ethan foi para o chão pela fraqueza que tive nas pernas e de não poder mais segurá-lo, e no mesmo instante se levantou para me ajudar.

— Mãe Miranda! — Uma voz que parecia ecoar debaixo de água, mas ao mesmo tempo, não se abafar sobre ela. E do mesmo rio que cercava a parte de trás do castelo, da água emerge um peixe gigante, bizarro.

Mesmo que a água deu uma boa lavada, o vermelho virou destaque. O sangue que escorre de sua boca e por suas barbatanas assim com o que há sobre a neve ao nosso redor. Os corpos partidos dos soldados com as tripas expostas ao frio, o forte cheiro que exala me deixa enojado ao passar pelas minhas narinas.

— Que porra é essa?! — Ethan levantou sua voz, e no mesmo instante colocou sua arma acima do ombro, pronto para atirar.

Sua forma gigante e grotesca dissovel-se a massa, reduzindo seu peso e tamanho igual à de ser humano. Sua forma retorcida e parência já diz que é um ser defeituoso, dito que ele foi infectado pelo mutamiceto, afinal ele é um dos lordes.

Por que todos os lordes estão aqui?

— Heller.

Logo aqui e hoje? Sabiam disso e tramaram algo?

— Heller!

Isso não tá ficando difícil, mas está ficando mais cansativo a cada minuto que se passa, isso está me deixando sem saída. O T-vírus está me deixando sem saída.

— HELLER!

Eu tô ficando sobrecarregado, se isso se prolongar...!

— Argh. — Virando meu pescoço para o lado pela força de impacto de um soco, deixando um lado do meu rosto dolorido.

— Acorda, droga...! — Ethan levantou sua voz, com alguns segundo olhando-o, virei meu rosto para o lado e nem havia percebido que Moreau estava batendo um bate papo com Miranda lá de cima do castelo.

Sua despreocupação logo se desfaz até Miranda avisá-lo que dois lordes foram mortos até agora por minha pessoa. Sua face não torna-se espantado, pelo contrário, parece como se ele tivesse um trabalho a ser executado, que se concluído, o respeito por Miranda seria alto.

— Mãe Miranda. — Clamou seu nome enquanto sua voz falhava. — Por você... faço... eu faço qualquer coisa. — Ao término de sua fala, gorfou algum tipo de... líquido?

Moreau gorfou ainda mais, juntando ao que parecia... enzima talvez? Porém enquanto ele vomitara, a enzima vinha junto com sangue, e depois agonizando de dor pelo ácido que saía de sua boca e pela dor de causa dentro da garganta, o frasco se fez presente por entre seus dentes. Pegou na palma de sua mão e balançou na própria.

— É isso que vocês querem? — Perguntou ele com um tom brincalhão e por entre gargalhadas, em seguida ele engoliu o frasco de novo.

Por que ele fez isso? Reforçou o argumento que seríamos incapazes de pegar dele ou ele é estúpido o suficiente para saber que isso pode corroer sua garganta?

Heller DimitrescuOnde histórias criam vida. Descubra agora