Heller
Acordo sentindo-me confortável, deitado em uma cama suave e macia. Recordo-me em fragmentos do momento que tive com Bella antes de perder a consciência, ao menos uns dois minutos no máximo.
Disse ela que faria uma costura em meu braço sobre aquela pele rasgada, mas não vejo mais nada aqui. Sem fios à mostra. É realmente uma pena que ela tenha feito àquilo sem necessidade e o pior de tudo que nem tinha energia para avisá-la.
Me levanto da cama com uma forte de dor de cabeça, nem preciso saber o motivo dessa dor ao virar-me de costas.
— Sabe que isso dói quando saí da minha mente, não é? — Perguntei com um tom cortante na voz para a garota sentada na ponta da cama. Um sorriso forma-se em seu rosto ao olhar fixamente para mim.
— Uau... é uma surpresa você estar falando comigo depois de tanto tempo. — Disse Eveline saltando da ponta da cama e ficando de pé em seguida. — Apesar de ser poucas as ocasiões...
A garota se aproxima de mim em passos lentos e pequenos. Um semblante nada agradável mostra-me nitidamente sua raiva.
— Mesmo depois de tudo que fiz por você sair daquele sofrimento, ainda insisti em seguir seu orgulho contra mim. — Declarou ela. — Seja qual for seu pensamento ou imaginação... não foi nada fácil sair da mira do seu querido papai. — Concluiu Eveline franzindo sua testa e virando suas costas em seguida.
A mesma senta-se em uma das poltronas ao redor de uma pequena mesa baixa e quadrada, feita de madeira bruta no centro à frente da cama.
— Como saiu de lá? — Perguntei derrepente permanecendo de pé em frente à cama olhando em sua direção.
— Me pergunta depois de 6 anos? — Respondeu minha pergunta com outra.
— Na Corporations Blue Umbrella, sou algemado e escoltado por entre os corredores. Derrepente entro em desmaio e acordo em uma floresta cujo havia um vilarejo com poucos habitantes na área. — Disse encarando nos olhos um do outro. — Fiquei por dois anos tentando sobreviver do frio e das criaturas à fora sem saber o que havia acontecido comigo.
— De nada. — Comentou ela de imediato. Sua raiva em seu tom de voz deixou o êxtase reforçar junto com a expressão em sua face.
— Como? — Insisto.
— O T-vírus que corre em suas veias lhe concedeu uma força sobre-humana, agilidade e velocidade que o sublime. — Disse ela, mas sequer alterei algo em meu semblante ao ouvir suas palavras. — Consegui sair da mira do seu pai usando tudo que tinha. — Terminou ela.
— Meu pai não é tão facil de despistar, me diga a história inteira. — Ordenei, afinal eu tenho ao menos o direito de saber.
— Você sabe o que é um Tyrant? — Perguntou ela e apenas respondi balançando a cabeça em negação. — Tyrant eram considerados como soldados, uma arma com capacidade de combate e altamente sofisticada se me permite dizer. E assim como tal soldado, possuía inteligência e obedecia ordens programadas. Todos os Tyrants possuem o "modo" Super Tyrant. Essa função é ativada quando a Bio Arma Organica sofre danos excessivos ou as vestes limitantes são removidas.
Apenas fiquei observando-a, querendo saber até onde ela vai com esta conversa. Por que não tenho conhecimento algum disso.
— O T-vírus promove ao hospedeiro alterações que tornam os Tyrants armas ainda mais agressivas e o aumento de força e resistência vem consigo após eles sentirem isso. Seguindo esse conceito, o Super Tyrant a qualidade é ainda maior, e, como tal, o torna ainda mais perigoso além de possuir uma maior capacidade regenerativa, que, como no caso de Nemesis, pode ser incontrolável.
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Heller Dimitrescu
AdventureSob neves intermináveis que tocam o solo em todos os anos desde que um enorme castelo fora construído em frente ao nosso vilarejo. Nada e nem ninguém sabe o que aquelas paredes feitas de pedra guardam em seu interior. Luzes de velas sempre eram vist...