VINNIE
- Então você confessa que acha meu rosto lindo e que amaria encher ele de beijos? - olha, eu não reclamaria se ela realmente fizesse isso, na verdade até seria bom.
- Como você consegue ser tão convencido? - ela se levanto de novo e retira minha taça da mão como eu fiz com ela semanas atrás - Vamos para o andar de baixo e ter conversas falsas e sorrisos falsos, nisso todos nesse barco são especialistas.
Palavras profundas. Será que ela já tentou ser poeta? Aquelas do tipo anônimas que deixam as pessoas pensarem no sentido da vida. Seria legal. Me levanto e coloco a minha máscara para acompanhar a garota. Maya Vitale está divina em seu vestido preto mas eu realmente não faço a menor ideia de como ela está aguentando esse frio, ela deveria ter trazido pelo menos uma echarpe preta, minha mão permanece em sua cintura a todo tempo e percebo que ela permanece perto de mim por causa do calor.
Nós conversamos com muita gente, mas como ela disse, foram conversas falsas com sorrisos falsos. Depois de um tempo você pega experiência e sente quando alguém é ou não sincero com você, por isso é normal certos famosos terem seu círculo íntimo de amigos extremamente pequeno mesmo estando cercado de pessoas em festas ou coisas do tipo. Ouvimos a todo tempo que formamos um par bonito e eu sei que toda vez que isso sai da boca de alguém Maya tem vontade de bufar e revirar os olhos, mas em vez disso sorri.
Não sei se o plano de meu pai dará certo a menos que... A menos que ela se apaixone por mim. E se ela se apaixonar por mim, ela irá pedir ao pai dela que faça isso por mim, que assine o contrato porquê eu seria seu namorado. Esse é um ótimo plano mas eu não posso quebrar o coração dela de jeito nenhum, vou ter que pedir conselhos para Melinda, ugh...
Não ficamos por muito tempo mais na festa, uma hora depois eu vi Maya tremer seu queixo de frio por um instante, eu posso ser um idiota mas eu não vou deixar a princesa de um império morrer de frio. Nós nos despedimos de minha mãe, meu pai e Melinda, que chegaram na festa um pouco depois de nós, e assim que saímos do barco a morena solta algum tipo de suspiro de alívio.
- Eu deveria ter feito você voltar lá em cima e ter pego algo para cobrir os braços. - eu retiro meu paletó e coloco por cima dos ombros da garota, sinto um frio passar através do tecido branco da minha blusa social mas eu não me importo, fiquei aquecido o tempo todo na festa enquanto ela não.
- Eu não iria voltar lá em cima para isso. Eu estava ciente das consequências ao sair sem um casaco. - ela puxa a lapela para ajustar e fechar um pouco o paletó. Eu observo a palma de suas mãos brancas enquanto a ponta de seus dedos estão vermelhas, indicando que elas estão frias. Nem sei se ela está sentindo mais a ponta de seus dedos.
O manobrista finalmente volta com o meu carro e ambos entramos na Lamborghini, ligo o aquecedor assim que ligo o carro e olho para ela, que relaxa no banco do carro. Percebo que ela deixou a bolsa dentro do carro.
- Quer ir pra casa? - pergunto ao ligar o carro e ela vira seu olhar para mim, ainda com meu paletó sobre ela.
- Pra onde você deseja me sequestrar, Hacker? - ela se ajeita no banco e eu sorrio, precisamos nos aproximar e acho que conversar seria melhor num local que não seja cheio dessa gente.
- Vai ser meio estranho você aparecer com esse tipo de roupa mas duvido que alguém vá realmente ligar. - dou um ronco no carro, apertando o acelerador com o freio e ela franze o cenho, ainda não entendendo - Acho melhor apertar o cinto.
Ela coloca o cinto e eu dou partida no carro. É um dos meus carros favoritos, não só pelo design mas pela potência do carro, ele é um carro de 3 segundos, ou seja: vai de 0 a 100km/h em apenas 3 segundos, são 750 cavalos. Ultrapasso alguns carros e ouço a risada da morena ao meu lado. Passamos pela Ponte do Brooklyn a quase 200km/h e ela estava se divertindo com isso. Informação anotada: ela gosta da velocidade.
- Por que estamos indo ao Brooklyn? Quer exibir mesmo, uau. - ela passa a língua pelos dentes enquanto eu diminuo a velocidade ao chegar no Brooklyn.
- Não indo para casa. - mordo meu lábio inferior e volto a focar na estrada.
Ao chegar na rua certa eu estaciono para assim sairmos do carro, ela sai sem meu paletó mas tudo bem já que vamos para um restaurante e lá deve estar quente o suficiente para ela não precisar cobrir os braços.
- Seja bem-vinda à vida fora de Manhattan. - digo para ela em frente ao restaurante - LaRina é um dos melhores restaurantes italianos que eu já comi e como eu estou de saco cheio de Manhattan, resolvi te trazer para o outro lado da ponte.
- Gostei. - apenas fala com seus braços para trás do corpo.
Assim nós caminhamos para dentro do restaurante, pessoas estavam com os olhos em nós, mais especificamente em Maya e em seu vestido nada normal de se vestir em um dia comum. Nos sentamos numa mesa no fundo do restaurante.
Com o decorrer da noite nós conversamos bastante coisas sobre nossas infâncias, eu contei para ela sobre coisas que eu lembrava de Los Angeles e que a última vez que eu estive lá foi a dois anos atrás para a premiere de um filme que minha mãe participou. Ela me disse que durante toda a sua infância foi facinada por esportes e que fez parte de todos os times das suas escolas, ela nunca perdeu em um jogo que estava. Nunca.
Não bebemos mais mesmo que vinho combinaria com o prato que ela insistiu para que eu escolhesse, eu porquê preciso dirigir, ela porquê disse que não queria ter algum tipo de ressaca na manhã seguinte. Era quase 10 horas da noite quando voltamos para Manhattan, estaciono em frente ao seu prédio e ambos saímos do carro, a temperatura caiu alguns graus e ela estava vestida novamente em meu paletó.
- Por que você está me acompanhando até aqui? - ela para quando já estávamos em frente a porta giratória de seu prédio.
- Eu sou um cavalheiro, ora pois. - zombo. Também não sei o motivo que estou a acompanhando até a porta mas estou. Acho que deve ser mais um passo do meu inconciente para fazer ela gostar mais de mim. - Então, vai ter uma festa de Halloween esse mês - eu pego sua bolsa e a abro, pegando seu celular e assim colocando meu número nele -, se você quiser ir é só me mandar mensagem. Pode chamar seus amigos se quiser.
Vai ser nessa festa que eu vou beijar a garota Vitale, não posso parecer apressado. Tenho que ir aos poucos para fazer ela se apaixonar por mim, tenho que dar presentes, falar coisas legais, beijar... Vai ser difícil mas nunca deixei de cumprir um trabalho.
- Passar mais tempo com você? Não me parece ser muito agradável. - ela faz uma cara de nojo mas logo ajeita sua postura - Boa noite, Hacker. - se vira e caminha até a porta, onde ela passa pela porta e some conforme passa pela recepção.
Boa noite, garota Vitale.
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𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒 ღ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳
Fanfiction❝ Onde Vinnie propõe uma aposta para Maya que custa milhões de dólares. ❞ ⿻ Maya Vitale, herdeira dos Cassinos Vitale, nasceu e cresceu em Nova York no meio de milionários. Maya é uma das maiores influências da juventude nova iorquina juntamente com...