013.

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MAYA

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MAYA

Me estresso com umas contas sobre a reforma de um cassino no hotel de Chelsea, máquinas novas e nosso novo design. Também quero expandir nossos cassinos, eu sonho alto, muito alto. Planejo até o verão ir até Las Vegas para conhecer os concorrentes, em Nova York nós não temos concorrentes gigantes. Nós somos os maiores, sempre fomos mas eu sou ambiciosa e quero mais, um dia quero abrir um cassino em Mônaco.

Meu telefone toca e eu atendo, a voz de Jake soa: - Senhorita, senhor Hacker está aqui a sua espera, eu lhe disse que você está ocupada mas ele insiste em falar com você agora.

- Patrick Hacker? - pergunto. Achei que Patrick havia deixado as propostas para o filho.

- Vincent Hacker, senhorita. - responde Jake e agora faz sentido.

- Deixe-o entrar. - digo e coloco o telefone no lugar novamente.

Vincent Hacker entra em meu escritório vestido de preto, camisa social preta, paletó preto, calça preta, sapatos pretos. O que quebra são seus brincos de cruz prata e os anéis na mão, mas até mesmo a pasta que carrega é preta.

- Deixa eu adivinhar... Tem um colar da Swarovski cheio de pedrinhas de diamante cravejadas nele. - fecho meu notebook e deixo toda a minha atenção virada para o mais velho.

Ocupei minha mente com as coisas do trabalho em vez de ficar pensando sobre essa madrugada, mais fácil mas muito bom saber que tenho ele em minha mão e que vai ser apenas uma questão de tempo em saber que eu vou ter aquele hotel sob meu comando.

- Eu tenho uma proposta a fazer, garota Vitale. - ele fica de pé entre as duas cadeiras feitas para visitantes - Vamos fazer uma aposta, quem se apaixonar primeiro perde.

Quem se apaixonar primeiro perde? Sério? Ele acha que estamos no ensino médio e que eu ainda sou virgem pra ele tirar minha virgindade e sair falando disso por aí?

- Idiota? Eu sei - ele continua, eu provavelmente fiz uma careta quando ele disse - Porém, eu sei que sua família está interessada em comprar um prédio na Wall Street e por um acaso nós temos lá - filho da puta. Como ele sabe que nós queremos isso? - Se você ganhar nós vendemos o prédio para vocês e eu ainda te dou 10 milhões de dólares.

Arriscado. Muito, muito arriscado. Ele está colocando tudo em jogo, praticamente 20% do dinheiro deles deve vir do Deep Hotellum. E 10 milhões de dólares? Isso é coisa pra caralho... Não é possível que ele queira fazer um acordo desse tipo. Será que o pai dele sabe disso?

- E o que você ganha com isso, Hacker? - me ajeito na minha cadeira e cruzo os braços em frente ao peito. Sem noção.

- Minha família tem estado há anos fazer negócios com a sua mas seu querido pai não facilita e como o meu não aceita um não, nós estamos nessa até hoje. - todos sabemos disso, Hacker, não é uma novidade. Às vezes nem eu mesmo sei o porquê dessa rinha entre eles.

- Não enrole, vá direto ao ponto. - simplesmente digo. Ele sorri de lado e eu sinto meus pensamentos se embolarem pois hoje eu não estou com paciência.

- Caso você perca - o que não vai acontecer, penso -, quando você assumir os Cassinos Vitale nós vamos ser sócios, afinal, meu pai está prestes a se aposentar e se mudar para os Hamptons, e eu fico com 30% do dinheiro que os cassinos, hotéis e baladas fazerem. - só sócios? Ele realmente pensou direito nisso? Sou eu quem ganha praticamente, esse garoto é maluco e definitivamente não sabe fazer um acordo, Rumpelstiltskin deve estar o odiando nesse momento mas 30% é muita coisa, principalmente quando Maxim fica com 40%...

- 10% - tenho que abaixar isso ou é capaz de meu pai me matar.

- 35 - ele cantarola.

- 15% - que inferno de moleque.

- 40 - aumenta enquanto observa meu escritório. Nem sei se ele já havia vindo antes no escritório que era do meu pai.

- 20% ou nada de aposta e se não aceitar, não vamos ser nós quem vamos perder mais dinheiro - dinheiro. Tudo isso gira em volta do dinheiro, sobre como ter mais dinheiro para ter mais coisas de luxo e poder... Algumas vezes eu penso se ter tanto dinheiro e só fazer o que é bom para si próprio vale a pena. - E, se vamos ser sócios, caso eu perca, o que te garante que eu vá cumprir com o acordo?

- Não seja por isso, Vitale. - ele retira um envelope da sua pasta e empurra na mesa em minha direção. Que deja vu. O olho meio desconfiada mas retiro de dentro do envelope o que parece ser um contrato, e então começo a ler ele.

Tem coisas do tipo: ninguém (mídia, família, amigos, conhecidos, etc.) podem saber que o namoro é falso. E mais um monte de coisa nada a ver...

- Você decidiu que nós vamos viajar para Aspen no ano novo e ir pra uma viagem a Itália na primavera com os nossos amigos? - levanto meu olhar para ele, que estava analisando meu globo com o mapa mundi nele.

- Poxa, amor, nós temos que fingir para o público, não acha? - ele me olha e faz biquinho.

- Me chama de amor de novo e eu corto sua língua fora - arqueio minha sobrancelha e ele faz uma careta.

- Pra quê a agressividade? Se eu não tiver língua como que eu vou te beijar em público? - ele responde. Eu vou ter que beijar ele em público, todos vão falar que somos um casal e meus pais vão me matar por "namorar" um Hacker. - E falando nisso, nós não podemos ficar fechados um para o outro, nós temos que virar, hm, amigos.

- Eu não vou transar com você, Vincent - o aviso mas eu minto.

- Não era isso que me indicava quando você estava gemendo com meus dedos dentro de você há 12 horas atrás. - se gaba e eu sorrio sarcasticamente, imagens sobre a madrugada vem a minha mente, foi bem aproveitado - Mas eu nunca te forçaria, garota Vitale. - ele coloca o globo no lugar e volta a sua atenção completamente para mim - Bom eu vou deixar você pensar no assunto, amanhã às 18h estarei aqui de novo para saber se você vai assinar o contrato ou não.

Ele pega sua pasta e simplesmente sai do meu escritório. Eu pego o contrato e percebo o quão idiota isso é mas que mesmo assim eu vou passar horas lendo e analisando o contrato. Esse contrato vale milhões... milhões de dólares.

𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒  ღ  𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora