025.

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VINNIE

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VINNIE

Acho meio impossível a Maya não estar gostando de mim. Esse ciúmes que ela está sentindo por causa da Amelie é engraçado de se ver e eu nunca pensei que logo Maya Vitale se portaria desse jeito. Maya continua confiante, talvez seja por isso que ela falou aquilo para mim de madrugada.

Depois que eu subi e voltei a me deitar na cama para desansar, não demorou muito para que eu sentisse outro peso na cama mas ela evitou qualquer tipo de toque, sei disso pois eu tenho um sono leve e qualquer coisa, por mais minúscula que seja, eu acordo. Maya gosta de mim. Ela realmente gosta e por um lado isso me beneficia na aposta, por outro eu sei que ela está negando a si mesma qualquer tipo de sentimento por mim além de atração e ódio. Bom, ela realmente não me odeia mas acha que sim. Eu posso ser ruim em manipular mas eu sei sobre sentimentos e sei reconhecê-los. Não vai demorar muito até que eu reconheça que ela estará apaixonada por mim e bum, aposta ganha.

São 10 da manhã em Aspen quando eu acordo de vez e 11 quando Maya desce as escadas. Não falamos nada além de bom dia o dia inteiro e o dia inteiro eu não consegui tirar um sorriso divertido, ela levaria como um sorriso arrogante. Como se eu ligasse.

Quando dá 8 da noite, ela resolve reagir.

- Quer parar com esse sorrisinho? Ele está me irritando. - a morena se vira para mim quando termina de se vestir.

Hoje faz mínima de -6°C mas mesmo assim Maya resolve se vestir com um cropedd manga longa e uma saia justa ao seu quadril e suas coxas. A chapinha está ligada no banheiro e ela está com uma maquiagem leve em seu rosto.

- Desculpe, não consigo. - falo enquanto eu visto uma blusa preta justa junto à uma calça social - Você foi hilariante.

- Quando que eu fui hilariante, Hacker? - ela cruza os braços abaixo de seus seios e se encosta no batente de madeira clara da porta do banheiro.

- De madrugada quando eu disse que era uma pena eu não poder pegar Amelie e você disse que eu poderia. Sabia que não é assim que um namoro funciona, não é? - caminho até a garota, ficando apenas a um passo de distância.

- Não. Não é assim que esse namoro funciona - dá ênfase na palavra "esse" - Você pode ter o exemplo da sua irmã e da Nailea. Além disso, foi você quem decidiu as regras disso tudo aqui. Você quer beijar outra pessoa e eu simplesmente te dei a porra do passe livre porquê eu não ligo. - ela faz gestos com o rosto - Não ligo se você pegar Amelie, não ligo se você pegar Avani, não ligo se você pegar Zendaya, não ligo se você pegar o Papa Francisco. Eu não me importo, não sou sua mãe pra controlar o que você faz ou deixa de fazer.

Isso faz meu sorriso aumentar mais ainda. Seguro os seus quadris com as pontas de meus dedos e eu abaixo minha cabeça, roço nossos lábios mas não nos beijamos.

- Falar esse tipo de coisa só me prova mais ainda que você se importa. - murmuro encarando sua boca - Achei que fosse uma garota segura, Vitale. Nunca pensei que você teria ciúmes de uma ex-namorada, uau.

- Eu não estou com ciúmes, até porquê sou eu quem você fode. É o meu nome que você geme quando goza e é de mim que você gosta. - murmura de volta, dando um selinho em mim. Eu não gosto dela. De onde que ela tirou que eu gosto dela?

- Eu não gosto de você - me afasto dela ao dar um passo para trás e dessa vez é ela quem sorri.

- Então por que toda essa provocação? Você falar que quer pegar outra garota não é uma boa forma de me fazer me apaixonar por você. - ela me dá uma piscadela e se vira para o espelho quadrado do banheiro.

Eu não tenho resposta. Só é algo comum entre nós. Provocar, sabe? Eu não acho que eu gosto dela e eu sou sincero comigo mesmo.

Após ela terminar de fazer o cabelo e ambos colocarmos os sobretudo, vamos de carro até o local que Amelie falou. Eu já tinha passado por fora dessa balada mas nunca havia entrado aqui. Maya e eu saímos do carro e entramos na balada sem precisar ficar na fila. Acredito que não são muitos que aceitam vir num frio do caralho pra uma balada em vez de ficar em volta de uma fogueira.

Encontramos Amelie sentada junto à Avani e um cara, que provavelmente deve ser Anthony que ela havia falando ontem. Ela nos encontra com o olhar e nos chana com a mão. Não estou encostando em Maya hoje, o que eu tive que me segurar pois sei que ela está tecnicamente não no clima para isso. Não tenho nem ao menos intenções de ficar com Amelie, quis só provocar ela e apenas mas acho que ela levou um pouco a sério demais.

- Que bom que vieram! - Amelie diz em um tom animado e cumprimenta tanto eu quanto Maya com um abraço - Vão pedir alguma coisa?

- Não, obrigada. - diz Maya ao mesmo tempo que eu falo o mesmo e nós nos entreolhamos antes de sentarmos na poltrona em forma de meia-lua que todos estavam sentados também.

- Então vamos dançar! - Avani fala animada - Ah, hm. Anthony, Maya e Vincent. Vincent e Maya, Anthony. Agora vamos dançar.

Maya me olha e sorri, como se estivesse tramando algo, e retira seu sobre tudo para mostrar as curvas de seu corpo. As três se levantaram da mesa, me deixando com Anthony apenas e foram para o meio da pista dançar. Ver Maya rebolando ao som de Work da Rihanna junto as outras duas é maravilhoso e ela não sai do ritmo.

- Maya é sua namorada, certo? - Anthony pergunta em meu ouvido por causa da altura da música. Eu faço que sim com a cabeça - Ela é bonita mas Amelie não tira os olhos de você.

Eu coloco o meu olhar na garota que, realmente não para de olhar para mim enquanto dança. Achei que ela já tivesse superado toda essa situação entre ela e eu, afinal foi ela quem terminou. Agora eu estou com Maya de qualquer forma por causa de um contrato e eu não vou perder tudo por causa da minha ex, não mesmo. Volto meu olhar para Maya e percebo que tem um cara falando com ela, ele deve ser alguns anos mais velho que eu. Maya faz que não com a cabeça mas ele pega no braço dela e a puxa para fora da pista.

- Mas que porra...? - me levanto da mesa e vou atrás dos dois, me esgueirando pelas pessoas na pista dançando, 90% delas com álcool em seus corpos.

Perco eles de vista ao atravessar a pista e olho em volta, de um canto para o outro e vejo Maya contra a parede, o cara com as mãos segurando seus braços e as pernas dele impedindo as dela de se mexerem. Seu rosto está no pescoço dela

- Solta ela. - digo com autoridade. A música não está muito alta nessa parte da balada e eles conseguem me ouvir, já que o cara se vira para mim e a morena me olha.

- Como é? - ele pergunta e está visivelmente sóbrio, seus olhos estão sem nenhuma vermelhidão e não parece estar alterado.

- Você é surdo, caralho? Solta ela agora! - mando. Dou um passo a frente e ele levanta sua cabeça.

- E quem você acha que é moleque? Vai arrumar sua puta, essa aqui já é minha. - ele se afasta um pouco dela. Ele chamou ela de puta? Eu vou acabar com esse merda.

- Solta ela ou eu corto isso que você chama de pau. - o aviso e acho que nunca falei tão sério em toda a minha vida.

- Eu cuido disso. - fala Maya e ela consegue desvencilhar sua perna para dar uma joelhada no meio das pernas do cara, que se encolhe com as mãos no saco.

- Sua... - ele começa mas não consegue terminar devido ao soco que Maya lhe dá no rosto, fazendo ele cair no chão.

Meus olhos se arregalam. Eu sabia que ela sabia socar mas não ao ponto de derrubar um cara que é praticamente dois dela.

𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒  ღ  𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora