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VINNIE

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VINNIE

O dia corre bem, a avó dela realmente falou algumas coisas meio invasivas mas eu não liguei muito, afinal foi engraçado. Jaden está olhando muito para mim, o que me incomoda um pouco mas eu me distraio com as conversas.

O jantar também corre bem também e nós provamos os vinhos deles, inclusive são tão bons que eu gostaria de investir mais neles, exportar para os Estados Unidos. Uma pena eu não estar aqui a negócios, gostaria de fazer negócios com os Venere, Maya tem uma família completamente talentosa.

- Por que o seu sobrenome é Vitale? - pergunto enquanto eu visto minha roupa após o banho. - Tipo, o sobrenome Venere é do seu avô, certo? Mas o do seu pai era Vitale. - e então eu me deito na cama.

- Eu não sei. - ela responde - Talvez eu pergunte a minha avó amanhã o porquê meu pai não tinha o sobrenome do pai dele. - e então a garota se senta ao meu lado vestida em uma camisola branca que cobre até a metade de suas coxas - Fiquei até impressionada que ela não tenha te corrigido ao chamá-la de Venere. Ela sempre foi Vitale.

- Sua avó é americana, não é? - coloco minha mão em sua cintura e ela olha para mim.

- Sim, os pais são italianos mas ela é totalmente americana. - ela me responde. Então ela puxa o elástico de seu cabelo, soltando e os deixando cair pelo seus ombros e costas. - Acho que já falei demais sobre a minha família.

- Eu não me importo de ouvir. - digo ao me deitar na cama enquanto ela me olha. Maya revira os olhos - Eu estou falando sério. Essa semana não era pra fingir que tudo isso é verdadeiro? Estou fazendo isso.

Eu sorrio de lado e ela se deita. Coloco minha cabeça em cima de sua barriga e a sinto fazer carícias em meu cabelo.

- Jaden ficou me olhando. - comento, deslizo minha mão pela parte externa de sua coxa até o seu quadril e desço até o seu joelho, faço isso várias vezes.

- Como assim?

- Eu não sei. Durante o dia, talvez depois que você disse a ele que estamos juntos - por causa de uma aposta - eu percebi que durante o tempo que estávamos no mesmo ambiente, ele não parava de me encarar.

Será que eles tiveram algo? No passado, assim como ela teve com Noah. Ela disse que da última vez que soube Jaden estava com uma namorada. Talvez ele seja apaixonado por ela. Talvez ele tenha se apaixonado por ela durante a infância deles mas nunca contou para ela.

- Talvez ele tenha sentimentos por você, Maya. - olho para cima mas ela semicerra os olhos e faz com que não com a cabeça.

- Jaden é tipo um primo. Seria estranho ao quadrado - minha mão sobe até sua barriga, sem malícia alguma, e eu a acaricio por cima do tecido de seda. - Ele tem uma vida totalmente separada da minha, então acho que isso é fora de cogitação. Quem sabe ele não esteja querendo me proteger de você, hm?

- Proteger do quê? Será que ele tem ideia do quão perigosa você pode ser quando quer? - brinco mas ela sabe que é verdade. Essa garota é tipo uma granada, se arranca o pino ela explode. Mas o tanto que ela adora provocar é tão, tão... Não tenho nem a palavra certa para isso.

Ficamos em silêncio e eu abaixo minha cabeça. Com os minutos se passando, meus olhos se fecham com ela fazendo carícias em meu cabelo.

- Eu vou fazer uma nova tatuagem. - ela comenta e eu abro os meus olhos - Vou fazer um Ying e Yang atrás da minha orelha - continua.

- Por que um Ying e Yang? - pergunto a ela em um tom sonolento, eu estava mesmo pegando no sono.

- Representa o equilíbrio. Tem vários significados mas pra mim é o óbvio. Tem o mal e o bem, tem o mal dentro do bem e o bem dentro do mal. Sem o mal, não existe bem e sem o bem, não existe o mal. Ninguém é 100% bom e ninguém é 100% mau. - explica - Eles juntos representam o equilíbrio do mundo. Eu costumava desenhar ele no meu pulso mas quero fazer atrás da orelha.

- Vai fazer em Nova York? - pergunto em um tom de voz baixo.

- Sim. Irei fazer em Nova York logo quando voltarmos. - ela me responde. - Descanse, Vinnie. Amanhã nós iremos à Veneza.

E talvez seja o momento certo de lhe dar o presente que comprei em Roma.

No dia seguinte, a amanhã se passa rápido, nenhum problema é causado e nós resolvemos partir depois do almoço para pegarmos um trem até Veneza. Nos despedimos da família de Maya. Se Jaden gostar dela como eu acho que ele deva, ele não causou problema para nos separarmos.

Veneza é linda mas o dia não está muito agradável. O tempo está fechado e as nuvens pesadas. Acho que vai chover e não vai demorar pois enquanto andamos pelas ruas de Veneza, ouvimos um estrondo de um trovão.

- Acho melhor procurarmos um hotel para ficar antes que a chuva comece. - diz Joe e nós começamos a andar. Zendaya achou um hotel em que possamos ficar até amanhã, para assim voltarmos a Roma.

Espero que seja uma chuva passageira, odiaria ficar em casa em Roma até o dia da viagem de volta por causa da chuva. Começa a garoar enquanto estávamos andando e quando a chuva começou a aumentar, nós fomos para um estabelecimento. Um restaurante familiar.

- É só uma chuva boba, vai. - Maya diz e então vai para o lado de fora enquanto as pessoas entravam para escapar da chuva. - Não temos essa chuva em Nova York há meses. - ela fala alto com a chuva molhando todo o seu corpo.

Ela rodopia e parece realmente gostar da chuva. A chuva não estava agressiva, ela era calma apesar de ser muita. Maya fecha os seus olhos e coloca o cabelo para trás.

- Essa menina vai pegar um resfriado. - ouço um cara dizer em italiano e ele tem razão. Ela vai pegar um resfriado se não sair da chuva. Suas roupas estão completamente ensopadas e seus tênis pior ainda mas a forma como ela está brilhante e sorridente por algum motivo me faz ir até lá.

- Vamos para o lado de dentro, estão todos olhando você. - seguro em sua mão. Meu minhas roupas estão molhando e meus cabelos estão se colando ao meu pescoço. Gotas de chuva estão em meu rosto.

- Que olhem, eles não aproveitam a vida enquanto podem, Vincent. - e então ela me puxa pela gola da camisa e me beija.

E me beija. E eu retribuo. E continuamos a nos beijar na chuva. No meio da Itália. Ouvimos gritos das pessoas, comemorações e nós sorrimos entre o beijo. Eu quero falar que amo mas não falo, em vez disso eu tiro o colar do bolso e coloco em sua mão.

- Quando estávamos em Roma eu comprei o colar porquê me lembrou a cor dos seus olhos na luz do Sol e você sabe que eu não perco a chance de te dar um presente. - eu digo - Estranho te dar no meio da chuva.

Ela sorri e coloca o cordão no pescoço.

- É lindo, Vinnie. Obrigada. Acho que agora devemos mesmo voltar para dentro. - ela diz.

- Espera. - e então eu a beijo novamente,  a inclinando como se estivessemos em um filme.

𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒  ღ  𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora