015.

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MAYA

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MAYA

Acabou que no decorrer da semana Vincent e eu marcamos de ir nos ver, chamei ele para o meu apartamento onde nós poderíamos conversar sem ter que sermos fotografados por paparazzis. Ele sai do elevador e aparece no corredor, ele olha em volta até me encontrar sentada na sala de estar. Aos fins de semana Lilian é a folga dela e por isso vou ficar com o apartamento para mim.

- Boa tarde, nova namorada. - o loiro sorri. Ele está vestido como na primeira vez que eu entrei em seu escritório, com uma calça moletom que agora é cinza e uma blusa branca junto a um tênis da Nike. Nos braços está um casaco acolchoado branco.

- Ha. Ha. - visivelmente eu faço uma careta para ele enquanto ele se acomoda no sofá com o espaço em que uma pessoa poderia caber facilmente mas fica de frente para mim, ok ele não está invadindo o meu espaço - Você sabe que eu gosto e jogo futebol, já te contei histórias sobre isso. Você me contou um pouco sobre sua infância em Los Angeles, porquê você se mudou para Nova York?

O loiro solta um suspiro, é importante o recolhimento de informações, assim eu falo coisas minhas para ele que não irão me arruinar de forma alguma e eu vou saber coisas dele.

- Meu pai na verdade nasceu em Nova York - começa o loiro - mas foi pra Los Angeles fazer faculdade, assim conheceu minha mãe e foi lá que começou o negócio da família. Depois que minha avó morreu, nós viemos para Nova York para o enterro dela e nesse mesmo dia meu pai disse que nós não iríamos voltar a morar em Los Angeles. 

Eu não sei se isso é triste ou não. Anoto em minha mente que o pai dele nasceu em Nova York, é uma informação importante, será que minha mãe sabe de alguma coisa? Não sei, a diferença de idade é o bastante para eles não terem estudado juntos durante o ensino médio.

- Sua vez de me contar algo sobre você. - diz ele e eu solto um suspiro, procurando em minha mente alguma coisa.

- Hm, ok. - me ajeito no sofá - Prometa que você não vai me zoar por isso. - eu estendo o meu mindinho para ele e ele faz uma careta. - Eu levo promessas de dedinho mais a sério do que você pensa, Hacker. 

- Você é estranha, cara. - ele se estica para cruzar seu dedo com o meu e então volta para o seu lugar. 

- Então - eu solto um suspiro -, eu odeio o mar. - confesso e ele pressiona os lábios - Não se atreva a rir, você nem sabe o porquê de eu odiar o mar, idiota. - ele faz um gesto com a mão para eu continuar e eu passo a mão pelo meu cabelo - Quando eu tinha uns 8 anos minha família e a de Zendaya viajamos para as Bahamas como viagem de verão. Um dia nós fomos para um iate passar o dia nele, nisso Z e eu nos distanciamos de nossos pais e fomos para a parte mais baixa do barco para ver o mar. - só de lembrar disso eu sinto minha pele arrepiar - Nós fomos correndo para a parte de baixo e eu tropecei numa caixa, e, bom, caí no mar.

- Deixa eu adivinhar, você não sabia nadar? - ele cruza os braços e eu balanço a cabeça positivamente.

- Zendaya também não sabia e ela foi correndo chamar alguém e eu fiquei lá, me afogando na água. Foi o meu pai quem me salvou, ele disse que foi por pouco que eu não morri. - termino. Eu acho que não poderia pedir um pai melhor que o meu.

- Então era por isso que você estava com aquela cara quando nós chegamos no aniversário da minha mãe. - conclui e eu assinto. - Ok, anotado.

Eu me levanto e vou até um mini bar no canto da sala. Meu pai e minha mãe me criaram bebendo dentro de casa para eu me controlar e saber qual o meu limite apesar de odiar ficar bêbada por conta das consequências, então eu apenas bebo socialmente. 

- Aceita um drink, Hacker? -  pergunto enquanto pego um Bacardi e alguns outros ingredientes para fazer um drink que eu aprendi há um tempo atrás.

- Espero que você não me drogue mas será que você pode parar de me chamar pelo nome? Agora somos namorados, princesa. - ele fala do outro lado da sala - Meu nome é Vincent Cole Hacker mas pode de me chamar de Vinnie, ou vida se preferir.

- Minha vida não está tão na merda assim, Vincent. - o olho novamente e ele abre um sorriso, não foi nem na intenção de provocá-lo, eu só disse o que veio na mente mas aparentemente ele gostou. 

- Nós vamos nos divertir com esse namoro, garota Vitale. - diz. Acho que sim.

Levo a bebida pronta para ele e continuamos a conversar. Datas de aniversário, filmes e séries. Ele disse prefere o Jacob que o Edward e pediu minha opinião, eu disse que eu sempre fui time Alice. Depois de alguns copos a mais, ele já estava bêbado e eu tentei usar isso a meu favor, obviamente não iria me aproveitar do garoto, eu só fiz algumas perguntas.

Eu sei, eu sou horrível. Eu embebedei ele apenas para lhe tirar informações mas não foi muito útil, descobri que Vincent Hacker, ou como agora prefere ser chamado por mim: Vinnie, adora rir quando está bêbado. Ele bebeu porquê quis, eu só fiz as bebidas, em momento nenhum coloquei alguma droga. Ele bebeu três dessas e já ficou desse jeito. Ele não tem mais condições de voltar para casa, são 21h da noite. Decido me levantar e tirar o copo da mão do loiro, seu rosto já tem uma cor rosada e eu vou surtar caso ele vomite no tapete da sala ou no sofá.

- Vamos, Vincent, tenta se equilibrar. - passo seu braço tatuado pelo meu ombro e o levanto, não acho que isso vá funcionar muito bem. 

O garoto não me segura e acaba caindo no sofá de novo, inferno, o corpo dele está mole mas eu preciso levá-lo para o quarto no outro lado do apartamento. Tento levantar ele novamente e consigo equilibrar o loiro por ele mesmo, com um pouco mais de dificuldade que eu imaginava, nós conseguimos ir até o quarto.

- Maya. Sabia que seu nome é bonito? Ma. Ya. - ele pronuncia as sílabas do meu nome e eu acabo por achar graça, nota mental: não deixar o Vinnie beber demais pois ele não sabe o limite próprio. - Qual seu nome do meio, Maya? 

- Maya Alessandra Charlotte Vitale. - o respondo, enfim a indecisão dos meus pais de me dar um nome e acabar me dando todos. Nós adentramos o quarto de visitas e eu o sento na cama.

- Que nome longo. Maya Ale... Maya o quê mesmo? - ele franze o cenho mas parece esquecer. Ele passa as mãos pelos cachos loiros e então retira sua blusa branca e revela sua tatuagem escrito "break my heart" e sua aranha no topo da barriga, ele tem uma caveira em um naipe de espadas, como eu não havia visto isso na festa de Halloween?

- Jesus... - murmuro e enquanto ele retira sua calça moletom e revela uma tatuagem em sua coxa, é uma adaga furando a cabeça de uma cobra. Ele se embola para tirar os seus tênis e eu me agacho para ajudá-lo.

Após seus sapatos estarem fora de seus pés, eu o deito de lado. Talvez eu seja um monstro... 

Pego uma lata que serve para lixo e coloco do lado da cama para ele caso ele precise vomitar e não saiba onde fica o banheiro. Eu cubro o garoto com o edredom e analiso toda a situação por um instante. Eu definitivamente sou um monstro e talvez amanhã de manhã ele perceba que assinou um contrato com a pessoa errada. 

𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒  ღ  𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora