𝐌𝐈𝐋𝐋𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐎𝐋𝐋𝐀𝐑𝐒 ღ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳

012.

VINNIE

Eu não paro de pensar no olhar dela para mim. Eu não paro de pensar nela rebolando para mim naquela lingerie e nem no olhar dela para mim enquanto gemia, no beijo, muito menos do gosto dela.

- Merda! - taco a bola de tênis na parede na porta, assim causando um barulho alto.

- Que porra, Vinnie! Dá pra você parar com isso?! - grita Melinda do seu quarto e eu reviro os olhos.

Após sair daquele quarto ontem, eu fui para o andar de baixo enquanto a garota voltou para a rodinha, eu não sei se ela ficou com mais alguém, não sei se alguém fez bodyshot nela ou se ela falou verdades sobre a vida dela ou sei lá mais o quê. Eu apenas fiquei no meu celular até Maya e seus amigos descerem rindo e dizerem que queriam ir embora, deixei todos no prédio da garota e vim para cá, sem dizer uma sequer palavra.

Deixei meu desejo falar mais alto que a razão e agora eu vou ter que enfrentar as consequências de reproduzir essas imagens na minha mente. Eu preciso pensar racionalmente e focar na porra dos negócios, focar no meu trabalho e separar totalmente as coisas. Uma coisa é transar com ela para conseguir algo, outra é transar com ela porquê minha mente não para de reproduzir tudo, eu preciso de um caminho novo...

Saio do meu escritório e bato na porta ao lado, o quarto de Melinda. Consigo ouvir ela pisando com raiva até a porta para assim abrí-la.

- Você precisa me ajudar. - digo e ela semicerra os olhos em seguida cruza os braços.

- Você ficou por 1 hora batendo com aquela bola infernal na parede sendo que sabe que eu estudo durante a tarde, por que eu te ajudaria? - ela se vira e se senta em sua cadeira em frente a escrivaninha repleta de livros, cadernos e seu notebook aberto em alguma vídeo-aula, eu apenas me encosto no batente da porta.

- Porque é sobre Maya Vitale. - engulo a seco e a garota se vira com um sorriso malicioso - Você não estava ficando com a Nailea?

- Namorando é a palavra certa mas nosso namoro é aberto, temos algumas regras e quem não podemos pegar mas funciona. Até Nailea quer pegar a Maya, você já viu o quanto aquela mulher é bonita? - eu cruzo meus braços e arqueio uma sobrancelha para minha irmã mais nova - Claro que já, a mídia adora vocês agora. Ah imagina como a mídia ficaria louca em saber que Maya Vitale fez um strip tease para Vincent Cole Hacker e em seguida beijou Melinda Claire Hacker para mais tarde ela contae que a última vez que alguém fez ela gozar foi há 1 semana.

1 semana. Ah se eles soubessem q não tinha nem 2 horas...

- Interessante. - falo simplesmente e Melinda franze o cenho. - Mas se você namora Nailea, você não deveria ter beijado ela?

- Ciúmes, irmão? - ela arqueia suas sobrancelhas - Espero que não tenha ficado bravo com meu beijo em Maya. Eu, obviamente, tenho maior atração pela Nai mas aquela era a chance perfeita para pegar Maya. - eu mordo minha língua.

- Enfim, não estou com ciúmes. Maya é o meu trabalho agora mas eu não sei como fazer com que ela se apaixone por mim sem perceber que é tudo manipulação. - caminho até sua cama e me deito de barriga para cima, pensando em soluções.

- Só um ator da Broadway poderia fazer esse tipo de coisa, Vinnie. Maya é uma cria de cassino, ela reconhece as expressões e olhares quando alguém não mente bem e, sinto te dizer, mas você é um mentiroso horrível. - pior que é verdade. Eu sou terrível mentindo, já me meti em enrascadas na escola por não saber mentir direito - Ou você se envolve com ela, casa e envenena ela, fingindo uma morte trágica, ou você arruma um jeito de conquistar com ela sem sentir nada.

Nossa como nesse momento eu odeio que meu pai tenha me dado essa tarefa, que ódio, que inferno, que tudo de ruim.

- Se eu envenenar ela, você nunca mais vai poder beijar ela. - a respondo e ela murmura um "merda" de brincadeira. - De qualquer forma, valeu pela tentativa. Vou voltar para o meu escritório e tentar achar outra solução para o meu problema. - me levanto e caminho para a porta do quarto.

- E se você voltar a jogar aquela bola na parede, eu vou furar ela e fazer você engolir a força. - ameaça e eu faço uma careta. Credo, onde que ela aprende esse tipo de coisa? Por um momento ela me lembra Maya e eu quero me dar um tiro agora.

Fecho a porta do meu escritório e me sento na minha cadeira, pego uns papéis sobre contratos de empresas de seguranças novas que minha mãe me mandou para eu analisar. Contratos... Porra, um contrato.

- Parabéns, Vincent Cole Hacker. Você é um gênio.