❝ Onde Vinnie propõe uma aposta para Maya que custa milhões de dólares. ❞
⿻ Maya Vitale, herdeira dos Cassinos Vitale, nasceu e cresceu em Nova York no meio de milionários. Maya é uma das maiores influências da juventude nova iorquina juntamente com...
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MAYA
Após conversarmos ainda mais um pouco, deixamos com que nossos amigos se dividissem entre si nos quartos e Vinnie e eu subimos para o terceiro andar. O quarto de minha avó sempre ficou no fim do corredor. Os pais de Jaden nunca moraram aqui e Jaden passou a morar quando completou seus 16 anos pois ele queria se aprofundar sobre os assuntos da vinícola. Ele tem 22 atualmente, fez aniversário em fevereiro.
O quarto tem tons de azul escuro como o oceano e branco, não tem roupas dele aqui ou os charutos em cima de sua cômoda onde costumavam ficar mas ainda tem o potinho de vidro em que meu pai costumava guardar doces.
- Eu vinha sempre que conseguia no quarto e assaltava os doces que ficavam aqui. - eu comento e abro o pote, pegando uma bala de caramelo com recheio de caramelo - Vai querer um? - ofereço para ele mas ele nega com a cabeça.
- Vou dormir antes de conhecer sua avó. Eu não dormi durante a viagem de trem pra cá e estou completamente cansado. - ele se senta na cama e retira os seus sapatos - Você vem? - me olha.
- Ah, não. Vou dar uma volta por aí, estou um pouco nostálgica. - eu deixo minha mochila numa poltrona perto da porta. Eu estou sem jeito. Eu não fico sem jeito. Que caralhos está acontecendo comigo? - Hm, bom descanso. Venho te acordar assim que eu souber que minha avó chegou.
Ele faz que sim com a cabeça e eu posso ver pelos seus olhos que ele está realmente cansado. Vinnie se deita na cama e puxa um travesseiro para debaixo da cabeça. Penso em ir até lá e fazer cafuné para o ajudá-lo a dormir mas acho melhor não, é melhor não fazer esse tipo de coisa. Eu sou um risco quando estou perto dele. Ele é muito perigoso e eu estou muito fraca no momento.
Saio do quarto e fecho a porta, assim descendo em direção ao primeiro andar da casa. Paro no meio das escadas, no sétimo degrau de baixo para cima e eu me agacho. num canto do degrau praticamente invisível quando subimos as escadas tem iniciais. As minhas e a de Jaden que eu deixei marcadas com canivete. Jaden falava que era uma má ideia e que achava que iríamos ser pegos mas nunca fomos. JH e MV. Eu abro um sorriso. Tínhamos uns 12 anos.
Volto a descer as escadas e caminho em direção ao escritório. Bato duas vezes na porta até ouvir um "entra" vindo de Jaden.
- Oi, Lottie. - ele diz quando me vê e eu sorrio. - Não deveria estar descansando?
- Eu estou bem, dormi no trem até aqui. E eu já disse pra me chamar de Maya. - caminho até a cadeira em frente a mesa e me sento - Ninguém me chama de Lottie.
‐ É por isso que tem graça. - ele sorri. Tem alguns vinhos na sua mesa com taças - Eu estou tentando decidir entre esses três vinhos, vovó disse que vai fazer espaguete a carbonara para a janta e quero tentar outra combinação ao invés de chardonnay. - ele segura uma taça de vinho tinto e a roda de leve - O merlot é uma boa mas também tem o carbenet sauvignon. Quer provar?
- Ah, claro. Por que não? - ele me dá uma taça e coloca uma quantidade para degustação do chardonnay e então giro a taça de leve para sentir o aroma antes de tomar. Aprendi a apreciar vinhos dentro de casa após os meus 18 junto aos meus pais. Faço o mesmo com os outros dois. - Posso dar a minha opinião?
- Claro. Sabe que eu sempre gosto da sua opinião. - ele bebe mais um pouco do carbenet.
- Sirva o chardonnay junto com com o carbenet, quem gostar de vinho tinto toma o carbenet e quem gostar de vinho branco toma chardonnay. - indico e ele faz que sim com a cabeça - Mas e aí, continua com a Nessa? - ele solta uma risada.
- Finalmente interessada, Vitale? - ele se ajeita em sua cadeia e eu reviro os olhos com um sorriso no rosto. - Demorou tanto tempo.
- Haha, engraçado. Eu estou falando sério, J. - passo a mão pelos meus cabelos e os prendo em um rabo de cavalo com o elástico que estava no meu pulso.
- Não, não estou com a Nessa. Terminamos há mais de um ano mas talvez ela ainda more em Milão, acabamos perdendo contato com o tempo. - ele dá de ombros - Por quê?
- Ah, nada não. Curiosidade. - inclino a cabeça - Não pra mim, claro. - desvio o meu olhar do dele, virando o vinho tinto na minha taça. - Eu meio que estou compromissada. - e então eu volto a olhar pra ele, que está com um olhar curioso.
- Quem diria que eu veria você com seu primeiro namorado, uau. - e então ele se inclina sobre a mesa - E com qual daqueles eu vou ter que competir, uh? - ele inclina a cabeça e eu solto uma risada.
- É o Vincent, o loiro com as tatuagens nos braços. - eu mexo na pulseira no meu braço - Eu gosto dele, J. Eu não tenho certeza se o amo mas eu estou apaixonada e isso me mata. Sei lá, é tão estranho se sentir dessa forma, sabe? - olho para ele.
- Eu sei. Você sente aquele quentinho, aquela vontade de tocar o tempo inteiro e de querer olhar aquela pessoa. - ele começa - E tem aquela magia do primeiro ano de querer transar o tempo inteiro. - ele diz e eu solto uma risada, lembrando do que aconteceu ontem. - Vocês estão a quanto tempo juntos?
- Oficialmente? 5 meses no dia 2 de abril. - tudo isso? Nossa, que rápido...
- Então vocês estão nessa fase mesmo. Fico feliz que você esteja feliz, Lottie. - ele abre um sorriso terno. Não sei se vou continuar feliz por muito tempo, é o que quero confessar a ele. Eu estou a um passo de admitir a ele e eu não posso, meu orgulho precisa se estabelecer e ficar por cima - Você sempre foi uma boa amiga pra mim.
