I want you to stay I

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  *Esse capítulo vai para todos que alguma vez acreditaram que estava tudo bem apenas pela presença de um sorriso nos lábios do outro*

Eu caminhava com Louis quando recebi a mensagem de Perrie.

-Mas que merda... ?!-Eu disse após ler seu conteúdo.

-O que? -Louis perguntou com certo alarde.

-É a Perrie, ela acabou de me mandar uma mensagem, olha. -Respondi lhe passando o celular.

Seu rosto foi tomado por uma expressão de medo e preocupação, e eu não estava muito diferente.

-É melhor voltarmos para o meu apartamento. -Eu sugeri, mas Louis estava sem reação. -LOUIS?! -Chamei tocando em seu ombro.

-Ahn? -Ele me encarou desnorteado, logo parecei se situar e sua expressão se tornou rija novamente.

-Não, eu vou para o seu apartamento ver se Jade está bem e você vai para o de Perrie. -Ele disse seco.

-Como assim bem? O que pode ter acontecido a Jade? E por que Perrie teria ido para o  apartamento dela sem me avisar?! -Um emaranhado se formava em minha cabeça, havia algo acontecendo, algo que todos sabiam, menos eu. -LOUIS RESPONDA! -Eu falei quando não obtive resposta.

- Ahh não. Longa história, pouco tempo. Agora pegue a merda do carro e vá atras da Perrie, antes que seja tarde.

- Mas que porra você está dizendo Lousi?! Escute eu não vou mover um muscúlo até que você me-

-PERRIE EDWARDS SOFRE DE UM DISTÚRBIO ALIMENTAR E ELA PODE, NESSE MOMENTO, ESTAR TENTANDO ACABAR COM A PRÓPRIA VIDA, ENTÃO ME FAÇA O FAVOR E VÁ.ATRÁS.DELA. -Tomlinson simplesmente vomitou as informações para mim.

Não houve tempo para questionar ou tirar dúvidas, pois Louis já caminhava a passos largos na direção de meu apartamento enquanto eu subia em um táxi de forma inconsciente, tentando ao máximo não pensar pois se eu pensasse nunca mais teria coragem de me encarar no espelho novamente.

Eu nunca havia reparado direito nisso, houve algumas situações em que eu via o quão pouco ela comia e como se sentia desconfortável com meu toque, mas nunca, nem em um milhão de anos eu adivinharia que isso fazia parte de um distúrbio alimentar. Perrie parecia sempre tão feliz, cheia de compaixão e nunca demonstrava sinais de tristeza ou depressão, a sua máscara lhe caía muito bem.

Eu estava tão preocupado em conquistá-la, em ter sua atenção, que não importava mais nada. Por debaixo daquele sorriso encantador havia dor e sofrimento, a dor e o sofrimento de uma busca inalcançável pela perfeição.

Deus eu podia tê-la ajudado, conversado com ela, eu podia ter notado.

E agora cá estava eu, subindo as escadas para o apartamento de minha namorada, que podia estar viva ou não. E nada nunca me deixou tão apavorado.

Abri a porta- que não estava chaveada- e adentrei o lugar. Tudo estava escuro exceto por uma luz fraca que emanava de um quarto, provavelmente o quarto dela.

-Perrie? -Chamei, rezando para que ela respondesse. -PERRIE?! - Sem obter resposta.

Me dirigi então ao quarto e ao chegar lá não havia nada de estranho. O quarto parecia arrumado e abolsa preta de Perrie estava em cima da cama. Fui então para o banheiro.

Ao entrar no cômodo percebi que estava bem diferente do resto da casa, haviam várias coisas jogadas sobre a pia, como algodões e gazes, todos limpos. Logo meus olhos desceram para o chão, em frente a privada, aonde se encontrava uma Perrie encolhida.

Ela vestia apenas uma regata preta e a  calcinha, seu cabelo estava uma bagunça e tapava uma parte de seu rosto que estava úmido e com manchas pretas abaixo dos olhos. Havia uma poça significativa de sangue a sua volta, sangue que saía dos cortes profundos que haviam em suas coxas e braços.

Nada na vida me preparou para ver a cena que eu estava vendo, e eu estava em pânico e sem reação, mas eu não podia entrar em choque, pelo menos não agora, eu precisava ajudar Perrie. Eu precisava salva-la.

Me ajoelhei ao seu lado e a trouxe para meu colo, tirando o cabelo de seu rosto. Seu lindo rosto.

Coloquei meus dedoa indicar e médio em seu pescoço e graças a deus pude sentir seu pulso, fraco, mas ainda sim ele estava lá.

Peguei meu celular e liguei para a emergência do hospital, pedindo uma ambulância. Ela chegaria em cerca de cinco minutos.

Então peguei alguns algodões que estavam em cima da pia e comecei a limpar os cortes de Perrie. Depois estanquei os mais profundos com gazes e coloquei água gelada em sua nuca para tentar anima-la.

Mas depois de feito isso, não havia mais nada para ser feito, apenas esperar. Esperar que ela não desistisse.

-Aguente firme babe, eu vou tirar você dessa. -Eu sussurrei em seu ouvido. -Apenas fique comigo okay? Não desista ainda.

E assim se foram minutos que pareceram eternos enquanto eu sussurrava no ouvido de Perrie, dizendo que a amava e implorando para que ela ficasse viva, até que a ambulância chegou e por sorte eu conhecia um dos médicos.

-Zayn Malik? - Niall disse confuso enquanto os paramédico colocavam minha Perrie em uma maca.

-Niall, escute cara, você precisa salvar ela, precisa salvar a Perrie eu-

-Zayn! Zayn! -Louis entrou alarmado pelo quarto. - Você está bem cara?

E nisso Niall já estava descenso as escadas junto com os outros médicos que levavam Perrie junto a eles. A Perrie sempre sorrindente e amorosa, mas que agora não tinha expressão nenhuma em seus olhos e cortes em seu corpo.

-Não, eu estou com medo Louis. Estou com medo de perder alguém que amo. -Eu respondi já com os olhos vagos.
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[ Continua]

Heyy fixers!! Eu dividi esse capítulo em dois para que você tivessem uma leitura mais completa dessa parte da história que é fundamental. Espero que estejam gostando do desdobrar de acontecimentos da fic e se não estiverem por favor me deixem saber o por quê.
Vou reforçar novamente o convite para o grupo do whatsapp, que sempre estará de portas abertas para novas(os) fixers que queiram entrar.
Votem, comentem e divulguem.
Até a próxima att.
Xx



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