Steal my blondie

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Quando eu tinha 16 anos, eu fui passar uns dias na praia com uma prima, a ideia era ir para as festas e paquerar um pouco, mas não foi assim.
No primeiro dia choveu então ficamos em casa, mas alguns amigos dela apareceram e acabamos todos vendo algum filme na televisão. Havia um garoto lá, junto conosco, seu nome era Leonardo e ele acabou se aproximando de mim, aproximando demais. Começamos a nos falar por mensagem, e passamos bons momentos juntos e eu achava que estava realmente gostando dele, porém um dia ele me convidou para ir a praia e eu fui.
Mesmo estando nervosa porque ele nunca havia me visto de biquini, mas uma voz dentro de mim me dizia que estava tudo bem e que eu deveria ir.
Chegando lá, meus olhos se encontraram com os dele, e então seu olhar baixou para meu corpo e eu extremeci.

Naquele dia ficamos pouco tempo na praia até ele dizer que tinha de ir embora e depois daquele dia ele nunca mais falou comigo e eu nunca mais dei ouvidos para aquela voz que ecoava em minha mente, dizendo que estava tudo bem.
[...]

Estacionei meu carro em frente ao prédio em que Perrie morava exatamente ás 5:28 p.m. e esperei.

Quando eram 5:31 p.m. eu estava suando frio. Será que ela iria mesmo aparecer? Zayn você parece um garoto de 16 anos no primeiro encontro! E eu teria continuado a minha tortura mental se uma garota de cabelos loiros não tivesse aparecido na porta do prédio. Minha garota de cabelos loiros.

Perrie estava -para variar- deslumbrante. Usava um vestido longo preto e seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo, ela quase não usava maquiagem, como se Perrie Edwards precisasse de maquiagem.

Rapidamente desci do carro e fui até a calçada,abrindo a porta para Perrie, ela riu.

-Boa tarde Perrie.-Eu disse assim que ela se aproximou o suficiente, logo pegando sua mão e beijando as costas da mesma.

-Olá Zayn. -Ela disse simplesmente, e entrou no carro. -Então, aonde é esse evento? -Ela perguntou assim que entrei no carro.

-Bem, é uma propriedade da monarquia, mas que é emprestada ao hospital todos os anos para fins beneficientes.

-Huum, e esse lugar tem nome?

-Não.

-Por que não?

-Porque não.

-Puft, você é muito submisso. -Perrie bufou, me surpreendendo por seu tom de voz.

-Como assim?

-Submisso. Pessoas que aceitam respostas como "porque não".

-Eu não aceito essas respostas.

-Tanto você aceita, como acabou de me dar uma, mas saiba que eu não sou assim e não vou aceitar essa resposta.

-Boa sorte em encontrar outra então, sta. Edwards. -Eu finalizei, me sentindo de certa forma o "vencedor" da discussão -Sim, sou competitivo - Mas aí...

-Talvez Max saiba me responder. -Perrie disse em tom de deboche e minhas mãos de fecharam ao redor da direção. Ela vai me matar, ou pior, fazer eu matar alguém.

O resto do percurso até a propriedade foi silencioso, Perrie presa em seus próprios pensamentos e eu preso nela. Como sempre.

Quando chegamos ao evento haviam muito fotográfos na entrada, muitos mesmo e eu pude ouvir Perrie bufar ao ver a cena.

-O que foi? -Perguntei.

-Eu só acho um absurdo o fato de que a vida dos pacientes dependa indiretamente da imprensa e do quanto ela consegue divulgar o hospital. -Ela respondeu, dessa vez me olhando, a paixão e preocupação pela profissão presente no tom de voz.

Fix MeOnde histórias criam vida. Descubra agora