Capítulo 68

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April

Entro no escritório do John e inalo o cheiro dele. Ando até sua mesa e por causa de um leve enjôo sento-me na "cadeira do rei" como ele costumava dizer. Tomei um remédio indicado pela minha médica antes do James ir embora. A médica disse que pode me deixar meio sonolenta, cansada e confusa.

Fecho os olhos e respiro fundo. Eu vou parecer louca, mas se muitas pessoas conversam com seus diferentes deuses eu posso conversar com o John,  mesmo não sendo um. Ou é né? Bonitão do jeito que era. Abro os olhos com uma visão meio desfocada e embaçada. Aqui está silencioso e isso me acalma.

Quando olho para frente o vejo parado com um de seus ternos e mãos no bolso.

– Se sente bem meu amor? – Ouço sua voz.

Ponho a mão na barriga e esfrego os olhos. A visão fica a mesma coisa, ele ainda está ali e... Não tem mais a bala na testa. Ele anda até mim dando a volta na mesa e ajoelha do meu lado. Gira a cadeira de leve e beija minha barriga. Não é possível que eu esteja sentindo ele, é?  Tento toca-lo,  mas minha mãos o atravessa.

– Só me sinta e me ouça – Fala. – Como está nosso John?

– Está... ótimo.

– Obrigada por dar meu nome a ele.

– Não teria nome melhor do que o seu. Fiquei feliz quando soube que era menino.

– Eu também. – Ele sorri e me beija mais uma vez

– Você sabe de tudo, não sabe?

– Sei. – Ele arqueia as sobrancelhas

– Desculpa.

– Não peça. Você ficou tempo demais sofrendo por mim. Já derramou muitas lágrimas e eu quero que siga em frente. Mesmo que seja com o meu gêmeo. Pelo menos ele se parece comigo e sei que gosta disso.

– Ele insiste em dizer que você não gosta dele e que quando acontecem coisas sobrenaturais ou inexplicáveis é você quem faz.

– E quem mais faria? No começo ele só queria sexo com você para se vingar de mim, mas... Agora eu aprovo. Ele está apaixonado April. Por você. Não o culpo, você é a melhor mulher do mundo. Qualquer um se apaixona. Jurei para mim mesmo que não me casaria e não teria mais filhos. Ainda bem que te conheci – Fecho os olhos e sinto meus lábios serem tocados.

– Você observa tudo? – digo de olhos fechados. Ainda sinto seus lábios. E tento avançar.

– Deixa que eu te toco. Assim você me sente. – Respiro fundo – Não vejo.  Mas incrivelmente sinto as coisas acontecerem e elas veem na minha cabeça.

Abro os olhos e tudo fica nítido. Cadê ele? Estava tão boa a conversa. Eu dormi? Não! Não dormi. levanto da cadeira com dificuldade e ando devagar até o sofá. Droga.

– Não dormiu não. Estou aqui, você só está com dificuldades para aceitar. – Sento no sofá – Agora deita meu amor. – Deito olhando para ele – Seja feliz April. Faça nosso filho feliz.

– OK. Vai sumir para sempre?

– Não. Não vou a lugar algum. Sempre aqui. – sorrio fechando os olhos por causa do sono – Você ainda continua gostosa. – Bem baixinho ouço sua gargalhada e solto uma risadinha.

Com a visão bem embaçada eu pego no sono sorrindo.

Chole

Solto um gemido alto quando Jared me proporciona o terceiro orgasmo seguido. Ele continua estimulando meu clitóris enquanto pulso em seu dedão,  que desliza facil e lentamente sobre meu centro melado.

Entre Quatro Paredes Vol. 4Onde histórias criam vida. Descubra agora