O dia havia corrido muito bem que nem parecia real. Eu não esperava que o Gabriel aderisse à atividade ou até que aceitaria ficar no mesmo grupo que eu. Talvez ele não tivesse mais opções senão permanecer. Ou, com uma pequena possibilidade, ele quisesse ficar. Uma possibilidade bem pequena.
Os irmãos trocavam ideias do que podíamos fazer na atividade, enquanto eu aguardava, esperançosa que o Gabriel aparecesse.
A possibilidade talvez fosse nula.
— Que tal um musical? — Sugeriu Nathalie. com o olhar brilhando. — Afinal, eu toco violão-
— E eu o piano. — Nate, interrompendo a irmã, completou a frase dela.
Apreciei o entusiasmo deles. Começaram até a compor uma música, mas não deu muito certo por causa da pequenas discussões entre eles. Eles eram muito simpáticos e energéticos. No final decidimos que seria melhor usar uma música já existente e ofereci-me para cantar.
Os dois começaram a falar sobre suas vidas e como são apegados à música desde pequenos. A amizade entre os dois era lindo e podia-se notar que existia companheirismo e cumplicidade entre eles. Daí o trabalho de escolher a música foi substituída por histórias contadas pelos irmãos gémeos. Era como se nos conhecêssemos há anos, porque era fácil conversar com eles. Aquele momento incrível e acolhedor perdorou a tarde inteira e, depois de comermos, os dois partiram. Fiquei muito feliz em conhecê-los e de passar aquela tarde com eles, porém, estava preocupada com o Gabriel que não apareceu nem deixou alguma mensagem. Não pudemos escolher a música sem ele, afinal, é um trabalho de grupo.
Entrei em meu quarto e quis enviar uma mensagem para ele, mas hesitava. E se ele não respondesse? E se fosse rude comigo? E se algo péssimo acontecera? Minha mente andava às voltas e não conseguia digitar uma mensagem para ele.
— Calma. Olívia. Certamente ele esqueceu-se. Sim, é isso! — Comecei a falar comigo mesma e não parava de andar de um lado para o outro com o aparelho na minha mão.
A mamãe apareceu no quarto e observou o meu comportamento sem que eu desse por isso. Quando notei a sua presença, assustei-me, enquanto ela se segurava para não rir das minhas loucuras.
— Filha, o que tens? — Ela soltou uma pequena risada e continuou. — Ah, adolescência.
— Ah, mãe. Preciso de um conselho. — Afirmei indignada e sentei-me na cama, observando o ecrã do celular.
— Está bem. O que foi? — Ela sentou-se ao meu lado.
Eu nunca tinha falado sobre o Gabriel para ela e não que abordar sobre o rapaz melancólico que teria de frequentar a minha casa e eu a dele dali algumas semanas seria um incómodo, mas eu não sabia muito bem como colocar toda a confusão da mente em palavras que seriam compreensíveis para a mulher que aguardava a minha intervenção.
— Então, existe um ser humano chamado Gabriel. — Ela elevou as sobrancelhas, mostrando-se surpresa e intervim antes que a ideia que já tinha sido plantada, florescesse. — Não que eu esteja apaixonada por ele. Mesmo ele sendo lindo. Mas, não é sobre isso que quero conversar.
— É sobre o que, então?
— Bem, eu me preocupo com ele. Ele está sempre com uma cara desanimada, cansada… — Suspirei. — E eu me sinto tão impotente, porque parece que aquela amiga dele é capaz de fazê-lo sorrir e eu apenas o irrito. Ele tentou mudar de grupo quando soube que eu fazia parte do mesmo do dele.
Era até fácil jogar tudo para fora, mesmo estando uma confusão. Não queria soar como uma menina reclamona, mas eu precisava falar tudo o que tanto me incomodava. Talvez eu estivesse a ser bastante dramática. Mas a mamãe não parecia pensar a mesma coisa. Ela escutava tudo atentamente.
— Bem, ore por ele, filha. — Se você soubesse o quanto já orei. — Tente enviar uma mensagem para ele, procurando saber porque ele não veio hoje. Talvez ele se aperceberá que você se preocupa com ele e quer ajudar. Porém, se ele recusar ou não responder, melhor não insistir e deixar Deus cuidar dele.
Ela segurou a minha mão e orou pela vida do Gabriel juntamente comigo. Quando terminou, deixou o cómodo e eu continuei orando.
Ele é quem molda o nosso agir de acordo com a sua vontade, então eu iria deixar que Ele me levasse aonde bem entendesse, pois eu sabia que Ele tinha planos melhores. Tive, então a certeza que deveria enviar uma mensagem para ele. E assim fiz.
Não tinha mais dúvidas, tudo que eu sentia era paz e calmaria. Soube que era aquilo que Deus queria.Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem!
A mente da Olívia: 🌪🌩🌪
Aí Jesus vem: ☀️🤍☀️É assim com a gente, não é? Jesus é lindoo!
Até a próxima! Beijos e abraços quentinhos! (⊃。•́‿•̀。)⊃♡
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Meu Oceano
Spiritual: 𓏲🐋 ๋࣭ ࣪ ˖✩࿐࿔ 🌊 "Os dias são sempre tristes" - Gabriel Wall Gabriel acreditava que com o seu jeito melancólico e frio, as pessoas afastariam dele facilmente, sem que ele precise se esforçar muito. Porém, isso foi diferente com Olívia, uma me...