Capítulo 13

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    Era muito difícil discernir os sentimentos que o coração pode sentir

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    Era muito difícil discernir os sentimentos que o coração pode sentir. Na maioria das vezes era apenas uma paixoneta e acabamos por ser tomados pela desilusão por termos ouvido e acolhido aquela frase clichê: siga o seu coração. Nunca cheguei a seguir esse conselho, antes, entregava a Deus todos os meus sentimentos. Foi isso que eu aprendi uma vez com a mamãe.
    Nesses últimos dias, o meu coração e a minha mente não estavam funcionando da maneira correta. Por um lado, eu fugia do Felipe como se ele fosse alguma espécie de predador e eu a presa. Não que ele quisesse me atacar, mas porque estava envergonhada do que acontecera da ultima vez que estávamos juntos. Não, eu não estava apaixonada por ele! E preferia acreditar que nem ele por mim e que eu apenas me equivoquei. Foi muito idiota da minha parte ter feito o que fizera. Pelo outro, ver o Gabriel andando de um lado para o outro com uma menina muito linda, me deixava frustrada. E de novo, não! Eu não estava apaixonada por ele, mas percebi que o problema não era o Gabriel ser um melancólico que vive sob uma nuvem negra, mas era sobre eu ser uma insuportável.

— Ele deve pensar que sou muito estranha, uma doida varrida! — Afirmei para a cacheada que me ouvia do outro lado da linha, referindo-me ao Felipe.

Bem… — Ela fez uma pausa. — Existe uma grande possibilidade de isso ser verdade. — Olhei para o teto, esperando que ela dissesse algo um pouco consolador, mas não foi o caso. — Você fechou a porta na cara dele e sempre que ele se aproxima da gente, você some. — Depois que ambas suspiramos, ela continuou. — Já falou com Deus?

    Olhei para o teto e deixei escapar um riso quando ouvi aquilo. A Allison não era cristã, mas frequentemente mencionava Deus nas nossas conversas e sempre era questionado se eu já tinha orado sobre o problema que me planava sobre a minha cabeça e, naqueles últimos dias, orar era o que eu mais fazia.
    Terminei de conversar com a Allison, que foi surpreendida com uma vista, que de acordo com ela, era um sócio muito importante dos pais dela. Eles tinham uma empresa de cosméticos muito conhecido no estrangeiro e, por isso, sempre que era possível, ensinavam aa filha tudo que podiam para, no futuro, ser a cabeça da renomada empresa.
    Continuei deitada e, com os olhos fechados, permite que a minha mente se esvaziasse e que o Espirito preenchesse o meu ser. No domingo, o dia depois de ter feito a maior burrice de toda a minha vida, mamãe quis ir visitar minha avó. Aquela mulher era muito eufórica, e nem parecia ter a idade que tinha. Nem irei mencionar o quão sábia a sogra da mamãe era.

— “Nunca se esqueça, querida — A voz suave e doce da avó veio à minha mente. — guarde o seu coração, pois dele procedem as fontes da vida. Quem confia no seu coração é insensato, pois o coração é enganoso.” — Ela mencionou o versículo vinte e três de Provérbios quatro, onze do Salmo 81 e o nove de Jeremias dezassete.

    Acolhi aquelas palavras no meu coração e, desde aquele dia, tenho pedido a Deus que guardasse o meu coração.
    A avó vivia sozinha. O avô morrera há alguns anos e o único filho deles — o meu pai — estava sabe-se lá onde. Ele e a mamãe não chegaram a casar. Isabela veio a se converter um ano depois do meu nascimento e meu pai estava por aí. Pelo que a Rachel — a avó — disse, o papai abandonara a mamãe quando soube que ela estava grávida. Foi doloroso ouvir aquilo e, claramente para minha mãe fora ainda mais. Não cheguei a conhecê-lo e a mamãe nunca falava sobre ele ou mencionava qualquer coisa relacionada com o passado. Acreditava que ainda existia uma ferida por sarrar naquela mulher que me criou com tanto amor. A relação de sogra e nora passou para mãe e filha, depois que o papai foi embora. Elas eram muito amigas, mas, com o trabalho da mamãe, era um pouco difícil ir visitar a linda mulher de cabelos brancos.
     Levantei-me da cama e recordei-me que o resumo que havia prometido, ainda estava por fazer. Como eu iria entregá-lo? Bem, não fazia a mínima ideia, mas, por ora, o melhor era preparar o resumo. Passei o resto da tarde fazendo aquilo e estudando. Por volta das oito da noite, o cansaço tomou conta de mim. Resolvi ir para cama mais cedo, mas a mamãe não permitiu até que eu comesse qualquer coisa. Só então, terminado o jantar e depois de orar, o meu corpo obteve descanso.
    A semana tinha começado da forma mais corrida e frustrada possível. As provas estavam chegando, muitos trabalhos para fazer, a Maya, que depois da nossa conversa no sábado não houve nem mesmo troca de olhares, o Felipe, de quem eu fugia e o Gabriel, quem fugia de mim. Estava esperançosa que, naquela noite iria me libertar da canseira, mas não foi bem assim.
     O relógio marcava três e quarenta quando despertei. O meu coração estava agitado e eu não percebia porque. Ajoelhei-me e, mesmo não sabendo o que dizer, chamei por Ele. Fiquei ali por muito tempo, até o Espirito quebrantar o meu ser. Voltei para a cama e quando o sono estava prestes a me dominar um rosto apareceu na minha mente.

Gabriel.

    No caminho para a escola, no dia seguinte, minha mente até aquele momento ponderava sobre o ocorrido nas primeiras horas do meu dia. Sem falar que o Gabriel esteve na minha mente desde então. Cheguei no colégio, onde fui recebida pela Allison com um enorme abraço. Não deixei de notar que a amiga do Gabriel já estava na escola. Ela parecia aborrecida com algo então, aproximei-me dela, no intuito de começar uma conversa, ação da qual me arrependi mais tarde.

— Oi. — Ela voltou-se e me encantei com a beleza da menina. — Está tudo bem? Desculpa, é que eu sou meio invasiva, mas eu percebi que você estava zangada com algo e eu quis conversar, mas se não quiser responder tudo bem. A maioria das pessoas não responde, se bem que, eu não falo com muitas pessoas… nossa, me desculpe. — Causei uma péssima impressão logo à primeira e me senti horrível. Ela devia estar pensando o quão tagarela eu sou. Mas, ela riu e iniciou a fala.

— Quanto folgo você tem. Está tudo bem, apenas estou esperando uma pessoa. — Afirmou, dando atenção, em seguida, para o celular. — Assenti e afastei-me dela, ainda com vergonha.

    O meu pensamento, por enquanto, estava em torno do Gabriel e do seu bem-estar. Não consegui discernir o motivo de ter despertado na madrugada e de ele ter findo aa minha mente. Foi então que, perdida em meus desvaneios, vi o Gabriel se aproximando do local. Mas, vê-lo não foi motivo de alegria. Ele parecia atordoado, como se estivesse embriagado. Sem pensar duas vezes, corri em direção do rapaz, que ainda deixava o meu sistema cognitivo frustrado e confuso e concluí o óbvio: ele não estava bem, mas mesmo assim tive de perguntar.

— Gabriel? Você está bem? — É claro que ele não está, Olívia!

    Ele caiu em meus braços e ficou inconsciente. Senti uma lágrima escorregando pelo meu rosto e meu intimo agitou-se.

Era isso?

Como prometido, aqui estou eu! Eba?O capítulo tá pequeno né

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Como prometido, aqui estou eu! Eba?
O capítulo tá pequeno né. Vejo vocês no domingo ou na terça. Não sei, mas na próxima semana tem capítulo! A escola está me matando.

Abraços quentinhos e fiquem com Deus.


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