Capítulo 40

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— Hm

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Hm... Pooh?

Sim?

— Gostas de flores? — Assenti. Ela sorriu, entusiasmada. — Pra ti! Girassóis. É um pouco chato cultivá-las nesta época do ano, mas com um pouco de paciência e cuidado, elas florescem lindamente!

— Obrigado! Vou cuidar bem delas. — Ela aproximou-se e abraçou-me.

— Feliz aniversário, Pooh!

🌊

    Fui acordado pela brisa fria que percorria o meu quarto naquela madrugada de novembro. 15 de novembro. O meu aniversário. Quando era mais novo costumava pensar que alcançar a maioridade era mais entusiasmante.

    Adormeci sobre o livro que resolvi ler antes de dormir, mesmo estando muito cansado. Claro que o cansaço falara mais alto, e não consegui ler mais que duas páginas.

    Levantei-me e fechei a janela, ainda pensando na memória que tinha daquele dia, onze anos atrás. Mal sabia eu que, a partir daquele dia, eu tinha apenas mais dois dias para estar com ela. Por essa razão, meu aniversário passou a ser apenas mais um dia em que a culpa pesava em minhas costas.

Aqueles girassóis e aqueles olhos azuis se tornaram apenas fragmentos da minha memória.

    Eu já não suportava aquela dor. Quando tudo iria acabar? Quando eu poderia ficar livre daquilo? Meu coração doía muito. Sem perceber, eu já estava chorando, mas como eu poderia evitar? Sentia tanta falta dela, mas ela não voltaria.

— Desculpa... — Disse baixinho, ainda chorando como uma criança. — Eu nunca te odiei, Sky. Nunca mesmo.

    Atormentado. Era assim que me sentia quando aquelas lembranças me vinham à mente.

Pooh, espera!

    A chuva não parava.

Eu não fiquei triste com você.

    Então, por que havia lágrimas em teus olhos?

Você realmente... não gosta de mim?

    Eu olhava para ela, com o rosto molhado pela chuva misturado com lagrimas. Estava tão irritado com o Storm que não conseguia falar. Queria tanto culpá-lo por tudo, mas quem disse aquelas palavras não tinha sido ele.

    Meus olhos doíam muito, mas já passam das seis da manhã, e eu precisava preparar-me para a prova.

— Parabéns, filho! Ah, já és um homenzinho.

— Mãe, por favor... — Disse, afastando meu rosto das mãos dela que apertavam minhas bochechas incessantemente.

— Mas é verdade! Dezoito anos... o que queres fazer? Podemos comer fora hoje e teu pai também está por aqui. Seria um momento em família muito bom.

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