Capítulo 1

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    O azul do céu é refletido no mar, o que torna-o, igualmente azul, levando muitas crianças — e quem sabe pessoas mais velhas — a acreditarem que o mar é, realmente, azul

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    O azul do céu é refletido no mar, o que torna-o, igualmente azul, levando muitas crianças — e quem sabe pessoas mais velhas — a acreditarem que o mar é, realmente, azul. E creio que são poucas as pessoas que tiveram a oportunidade de ver o mar, num dia nublado, como estava de manhã.
    Acordei um pouco desanimada por conta daquele clima. Não se via o sol e a temperatura era perfeita para ficar na cama o dia inteiro.

— Não acho necessário levantar. — Voltei o meu olhar para a janela do quarto, onde pude perceber que as folhas das muitas árvores que ali estavam, balançavam freneticamente, denunciando o vento que se fazia.

    Queria ficar na cama? Queria. No entanto, não podia, e o incentivo entrou no meu espaço preferido, com um avental florido e um coque despojado.

Mamãe.

— Olívia! Hora de levantar, menina. — Afirmou, porém, eu não movi o meu corpo. — Vamos, vamos. Não quer chegar atrasada.

    A mamãe falava enquanto arrumava qualquer bagunça que encontrava, mesmo não sendo muitas. E eu permanecia ali, observando-a e a voz dela foi se abafando, até não a ouvir mais.
    Não que eu não me importasse. Muito pelo contrário! Eu era grata por cada repreensão, cada falatório, cada conselho e por ela. A mamãe era tudo que eu tinha. Não poderia lhe dar o que ela deu-me a mim, no entanto, eu orava por ela sempre. Era a melhor coisa que eu podia fazer por ela.
    Deixei um sorriso escapar, e percebi que ela ficou indignada por isso.

— Você está me ignorando, filha?

— Claro que não! — Tomei coragem e afastei o cobertor do meu corpo. Arrependi-me depois, por causa do frio que estava, fazendo meu corpo todo se arrepiar.

    Aproximei-me da senhora Isabella, e deixei um beijo no rosto dela, antes de sair do quarto, caminhando ao banheiro.
    Poucos minutos depois, já estava pronta. Devido ao clima frio, escolhi roupas quentes e confortáveis. Também coloquei o guarda-chuva na mochila, caso chovesse.
    Estava um pouco atrasada, então, levei uma maçã para comer no caminho, o que gerou, na minha mãe, tamanha frustração por abdicar de um café da manhã digno.
    Mesmo com o avanço da hora, meus passos eram lentos e eu não estava preocupada. A escola não era muito longe e eu não iria demorar. E foi o que aconteceu. Cheguei no espaço, e lá estavam as únicas pessoas com as quais eu andava por todo o lado. Allison foi a primeira a notar a minha aproximação, e acenou em minha direção, balançando os lindos cachos que tinha.

— Bom dia! — Ela sorriu.

— Bom dia, meninas. Maya?

    A Maya demorou um pouco para perceber que eu estava ali. Atentei-me ao fato de ela estar observando alguma coisa, que por algum motivo, elevava sua mente até às nuvens. Procurei descobrir o que tinha, tanto a Maya como algumas outras meninas, quase babando.

Só podia ser.

    Felipe Anderson, o arrasa corações da escola. Não podia negar que a beleza dele era muita, no entanto, não o suficiente para deixar-me daquele jeito.

— Será que eu devia ir conversar com ele, Ally? — Maya ainda não se tinha apercebido da minha presença.

    Eu não aguentei e desatei a rir ao ver todo aquele comportamento por causa do crush da maioria das meninas da escola, levando Maya a notar a minha presença.

— Oh, Olívia. A quanto tempo estás aí?

— Não muito. — Empurrei as meninas em direção ao corredor, rindo ainda da cena anterior.

    Adentramos o grande corredor, e um frio na barriga envolveu-me quando vi o rapaz mais melancólico que eu já vi. E o único. E para completar, tínhamos a primeira aula juntos.
    Gabriel. Um menino bonitinho, no entanto, aquele jeito tão negativo e frio, escondia toda a beleza dele. Não me lembro de o ter visto sorrir desde chegou a Manhattan. Eu gostava muito das nossas poucas conversas e sempre quis saber o que estava escondido debaixo daquela cara sem cor. Aproximei-me dele, com o objetivo de ter uma conversa simples e calma com ele.

Mas não foi uma conversa como minha mente tinha planejado.

— Bom dia, Gabriel. Como você está?

    Um grande suspirou soou ali. Eu sabia que podia ser chata algumas vezes, mas não estava sendo naquele momento. Ou estava? Pelo sim, ou pelo não, eu só queria conversar.

— Bom dia. — Ele respondeu, ainda de costas para mim, colocando algumas coisas no cacifo.

— Hoje o dia está tão triste, não é mesmo? — Recordei-me de como muitas pessoas, eu incluída, queria ver um céu azul naquela manhã.

    Gabriel riu. Meio debochando, mas riu. Isso foi uma surpresa e levou à formação de uma sorriso nos meus lábios. Sorriso este que desapareceu depois.

— Os dias são sempre tristes, Olívia.

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Beijos fofos e abraços quentinhos!

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