Capítulo 7

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    Rolei na cama pela enésima vez, procurando uma posição ideal para dormir, porém não conseguia

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    Rolei na cama pela enésima vez, procurando uma posição ideal para dormir, porém não conseguia. Apesar de estar cansada, o sono não vinha e eu culpava minha dor de cabeça e as lembranças do dia anterior por impedirem o desejado sono de consumir-me. Parei a tarefa de rolar de um lado para o outro, e atentei-me ao teto do meu quarto, onde estavam penduradas algumas borboletas. Recordei-me que, no dia anterior, havia visto uma, mas não consegui admirá-la como devia, isso porque, estava um pouco triste. Ou muito triste. O motivo não era o fato de eu ter sido o centro das atenções dos alunos, mas o que Gabriel dissera.

Não perca o seu tempo comigo.

    Pressionei o travesseiro na cara, na tentativa de dispersar aquelas palavras que ecoavam na minha mente. E é claro que falhei. Eu não entendia porque ele agia assim. Para mim, não era uma perda de tempo, conversar ou ajudar. Na verdade, não tinha conhecimento dos motivos que me levam a tomar essas atitudes.

— Preciso me afastar então? — Questionei a mim mesma e, em seguida, peguei o celular e digitei uma mensagem para a Allison.

Você:
Querida, estás aí?
[Sábado, 00:57]

    Pousei o aparelho sobre o lençol macio e aguardei por alguma resposta. Assim como já tinha previsto, Allison não demorou a manifestar, porque dormia tarde nas sextas e sábados. O celular vibrou, denunciando que recebia uma chamada.

— Alô? — Iniciei a conversa, depois de um longo bocejo.

Lívia, porque estás acordada ainda? Está tudo bem? — Pude ouvir alguns ruídos, concluindo que ela fazia algo enquanto falava comigo.

— O que estás a fazer?

Assistindo um vídeo. — Fez uma pausa. — Agora é a tua vez de responder a pergunta.

— Doí-me a cabeça. Conversei com o Gabriel ontem. Bem, nem sei se isso foi conversa. — Murmurei e notei que, assim que o Gabriel fez parte da nossa conversa, o ruído, que era um vídeo, parou.

E o que disse ele?

— “Não perca o seu tempo comigo.” — Após um suspiro, prossegui: — Eu só queria…

Olívia, eu sei que você quer ajudar, mas que tal recorrer a uma outra forma de ajuda?

— Estou a ouvir.

Ah, você não sabe mesmo?

    Pisquei várias vezes, achando que aquele ato iria fazer-me entender o que a Allison queria dizer.

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