CHAPITRE QUATRE

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°Violet Corsant

Nova York

Maxuel Company Interprise

Agradecemos a todos que se disponibilizaram para nossa seleção, sabemos e sentimos que todos vocês se comprometeram e se esforçaram. Aos que ficam, parabéns, aos que não passaram, lamentamos. Pedimos para que os que passaram cumpram seu horário de trabalho. Entram a partir das 7:30 a.m, com direito a horário de almoço e descanso, o expediente termina às 19:00 p.m.

Senhores (as):

°Dylan Malex

°Carla Martin

°Violet Corsant

Aguardamos ansiosamente a presença de vocês no dia 13-09 em nossa empresa. Sejam bem-vindos.

Meu coração estava acelerado, dois dias que não tinha resposta alguma sobre a entrevista de emprego e agora que recebo, meu nome está ali. Eu estou sem acreditar!

Queria muito dar a notícia para meus pais, mas sei que mamãe vai achar defeito e vamos discutir novamente, e papai deve estar trabalhando. Sinto tanta falta da minha vó, ela sim ficaria feliz e me apoiaria como ninguém...

Depois da bela confusão com minha saia, saí atrás de algumas peças de roupas, mesmo sem saber se ficaria na empresa, precisava caso fosse contratada em outro local.

Dia 13 era amanhã e eu estava ansiosa, Anthony e Matthew, são adoráveis, diferentemente de Phillip, cretino arrogante, estou pedindo a Cristo para me deixar longe dele.

Resolvi sair e tomar meu café da manhã na rua. Eu sei que tem uma ótima cafeteria próxima a empresa e seria ótimo conhecer os lugares perto de lá, afinal precisaria conhecer restaurantes para meu almoço também.

Tomei um banho demorado e relaxante, eu merecia isso. Saí com uma toalha no corpo e outra no cabelo, suspirei ou lembrar do sacrifício para arrumar esse cabelo. Passei hidratante e perfume de bebê, eu odiava sair sem perfume, mas não encontraria ninguém que merecesse alguns de meus perfumes, o cheirinho me acalmava e me sentia mil vezes mais cheirosa com eles. Coloquei minha lingerie branca e logo fui para meu cabelo, passando um pouquinho de creme e desembaraçando depois, meu cabelo foi uma das coisas que aprendi a amar e respeitar em mim, é uma luta para ficar bom, mas no final vale a pena.

Vesti uma calça jeans preta, uma blusa creme mais larguinha e por fim sapatilhas pretas. Fui até a sala procurando Agnaldo, meu pato de estimação. Algumas pessoas acham estranho ver um pato dormindo com um ursinho e numa caminha no canto da sala de estar, mas eu acho adorável.

- Oi, meu amor... - Me abaixei e passei a mão na cabecinha dele que nem se mexeu - Mamãe já volta para cuidar de você. 

Sai do apartamento ajeitando o relógio no pulso que peguei na mesinha de centro quando levantei e vi a hora. 8:19, se Judite funcionar, chegarei em breve. Judite de Sousa era meu carro, me da tanto trabalho!

Peguei o elevador cheio de gente e uma criança chorando muito alto para ir para o terraço, logo depois fui para a garagem. Entrei no carro jogando minhas coisas no banco do passageiro.

Suspirei alto e passei as mãos no volante.

- Hoje não podemos falhar, querida, por favor, me ajude. - Girei a chave e ele ligou. Dei um sorriso tão grande que poderia cegar alguém.

Eu amo Nova York, aprendi a amar na verdade, amo a agitação, isso me faz querer ver tudo aqui, prestar atenção nos mínimos detalhes. Tudo aqui é chamativo, autêntico do seu modo, como diria minha avó "Tudo grita Violet". Morei no Brasil com ela por muito tempo, ela e meu avô acabaram falecendo e eu me mudei para voltar a morar com meus pais aqui.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora