CHAPITRE TRENTE-HUIT

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PHILLIP MAXWELL

• GENEBRA, SUIÇA

Nosso último dia nesse paraíso, e eu não podia estar mais feliz.

Ficar com ela me deixa assim.

Eu poderia fazer a porra de uma declaração de mil linhas para ela, mas eu sou péssimo com palavras. Mas mesmo assim, abriria meu coração para ela nesse jantar.

Olhei a hora no grande relógio dourado no meu pulso que marcava oito horas em ponto, logo depois ouvi o barulho do seus saltos atrás de mim.

Olhei para Viol que parecia nervosa e sorria um tanto forçado. Franzi o cenho.

- Aconteceu algo?! - ofereci meu braço para ela, que logo encaixou o seu. Seguimos para o estacionamento.

- O que?! Não! Por que acha que aconteceu algo?! - Viol disse apertando os dedos. Porra, algo está errado.

- Não quer ir ao restaurante?! Podemos ir em outro lugar, se desejar.

- Não! Por favor, não! Vamos ao restaurante. - ela riu - Eu e você. Só nós dois. - e passou as mãos no cabelo.

Certo...

Abri a porta do meu Bugatti La Voiture Noire e Viol entrou atenta no carro.

- Seu carro parece um carrinho de controle remoto.

- Você acha? - Perguntei sorrindo para ela e ligando o carro.

- Sim, acho que Peter teve um desse quando era criança.

- Um carro?! - Olhei impressionado para a garota que me olhava como se eu fosse um idiota.

- Eu acabei de falar sobre o brinquedo, Phillip. Você acha mesmo que meu pai ia dar um carro de verdade para uma criança?

- Meu primeiro carro foi aos doze. - dei de ombros dando partida e saindo do hotel.

O trânsito estava calmo, as gotinhas de água desciam lentamente pelo retrovisor. Liguei o som e conectei meu celular assim que o primeiro sinal vermelho apareceu.

Yellow tocava e eu acompanhava a música.

Olhei para minha garota que prestava atenção em tudo que acontecia lá fora, sem prestar atenção na música que tocava aqui dentro.

Nem no que se passa dentro de mim.

Eu gostaria que Violet pudesse se ver pelos meus olhos. Principalmente quando sorri, o momento que faz meu peito doer de tanta alegria.

Eu queria que ela soubesse o quanto eu amo vê-la dormir e como eu sinto falta de observar sua serenidade dormindo.

Eu vim aqui
Eu escrevi uma canção para você
E para todas as coisas que você faz
E foi chamada de Amarelo

Então eu esperei minha vez
Oh, que coisa para se ter feito
E era tudo amarelo

Sua pele
Oh, sim, sua pele e ossos
Transformaram-se em algo bonito

Você sabe
Você sabe que eu te amo tanto?
Você sabe que eu te amo tanto?

E nesse momento eu percebi, foi como se um peso saisse de minhas costas e eu só sentisse alegria.

Eu a amo.

Porra!

Eu amo essa garota desde o momento que esbarrou em mim naquele mar de gente.

Eu amo Violet desde o dia que entrou na minha sala. Quando a beijei pela primeira vez naquele banheiro horroroso - e que por acaso virou o meu lugar preferido.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora