CHAPITRE VINGT-ET-UN

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ºPHILLIP MAXWELL

NOVA YORK

...Me aproximei dela, ficando frente a frente.

É fácil ficar perdido no olhar de Violet. Havia ternura nele, algo que faz você olhar por horas...

Seu rosto estava encostado no travesseiro e seu cabelo cobria uma parte dele, sua boca estava em linha reta. O peito subia e descia, às vezes demoradamente, o que indicava que estava suspirando.

- Está melhor? - Ela perguntou baixinho.

- Sim, obrigado. - Passei a mão embaixo do me rosto para olhar melhor - Desculpe estar invadindo sua privacidade assim...

- Tudo bem, se você convivesse com Sarah ia saber o que é invasão.

- Bom, eu convivo com Anthony, então acho que estamos empatados.

Vi um sorrisinho aparecer no seu rosto.

- Isso é muito estranho.

- O que? - Respondi chegando mais perto.

- Nós dois aqui. - Ela aponta para ela e depois para mim - Você é meu chefe, não seria muito legal dormir na mesma cama que você.

- Acha mesmo? Estou surpreso por realmente só dormir.

A resposta de Violet demorou de vir e por instantes eu achei que o assunto tinha acabado ali.

- Eu não quero que as pessoas achem que entrei lá para me aproveitar. É isso que parece, sabia?!

- Não é. Ninguém sabe do que aconteceu, e nem precisam. Foram apenas beijos.

Ela assentiu e virou o corpo, ficando de barriga para cima. Sua blusa tinha descido um pouco e minha visão tinha acesso para o decote dos seus seios.

- Por que me beijou? - Ela perguntou depois de minutos em silêncio.

- Não sei - Fui sincero - Sei que não penso muito bem quando se trata de você. - Nossos olhares se encontraram mais uma vez. - Em um mês, Violet, você conseguiu me enlouquecer de todas as maneiras possíveis. Todas as minhas ações foram por impulso.

Eu precisava falar. Precisava mesmo, eu sempre fui sincero e transparente com tudo, por que agora seria diferente? Não há muita importância para mim.

- O mesmo acontece comigo. - Ouvi seu suspiro - É tudo muito novo... E muito rápido - Ela começou a balançar as mãos freneticamente.

- Rápido? - Franzi o cenho.

- A gente nem se conhece direito, a gente nunca saiu. Isso é estranho.

- Você sabe meu nome e minha idade, acho que isso basta, certo?

- Acho que sim... - Ela riu pelo nariz.

- Então... O homem lá embaixo é namorado de Sarah? - Perguntei de uma vez, estava curioso.

- Ryan? - Balancei a cabeça e ela riu - Ele é gay, Phillip.

- Sério?! Achei que tinha algo com sua amiga.

Ouvi o barulho do vento, achei que levaria o prédio e todos que estavam dentro.

- Acho que vamos para à Suíça.

- Como?! - Ela levantou apoiando o corpo nos cotovelos.

- Sim - Balancei a cabeça - Eu ia mandar Anthony, mas ele não pode. Eu preciso da minha secretária.

- Quando? - Agora ela estava sentada na cama com as pernas cruzadas.

- Depois do aniversário de Mariana, acho que de lá partiremos. Apenas quatro dias, talvez menos, depende do nosso nível de trabalho.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora