° VIOLET
Phillip estava rocando a uma certa distância do meu corpo.
Eu gostaria de tomar banho com ele, mas a porta na cara me parou. Não pensei que um dia seria impedida de tomar banho com ele, Phillip sempre me chama.
Dessa vez eu coloco a culpa na bebida, sei que ele não quis. Culpo a bebida também por ele ter deitado de costas.
Suspiro e puxo a coberta para tentar me aquecer mais um pouco.
Eu preciso contar, não posso guardar isso por mais meses, seria impossível. Ele pode gostar.
Ou não.
Faço carinho na sua nuca... Não quero que ele pense que estou o traindo, isso é impossível.
- Amor? - chamo quando seu corpo se mexe.
- Hum?! - é o única resposta que recebo.
- Está com frio?! - pergunto me aproximando.
- Não, estou ótimo. - desisti do carinho que seria feito quando percebi seu tom de voz.
Conseguia sentir o cheiro do álcool de longe.
- Eu realmente estava perdida. - assumi.
- Eu sei, não se preocupe.
- Phillip. - toquei suas costas. - Preciso conversar sério com você amanhã.
- Há algo de errado. - ele confirmou quando seu corpo virou e nos encaramos brevemente até seus olhos se fecharem.
- Não é errado, - disse segurando minha barriga pela primeira vez. - é novo.
- Não gosto do novo. - ouvi sua respiração do novo. - Na verdade só gosto do novo com você.
Sorri e vi o momento em que ele pegou no sono de verdade.
(...)
O café da manhã estava na mesa esperando meu pai e Phillip (os dois estavam mortos dormindo), assim que terminei de cobrir tudo fui para meu quarto com o meu sorvete de amendoim me juntar a Phillip.
Me deitei na cama com cuidado para não acordá-lo e cobri meu corpo. Lambi a tampa do sorvete e comecei a saborear devagar.
Eu amo tudo que tenha amendoim!
Enchi a colher e levei para minha boca, fechando os olhos em seguida.
- Está comendo com tanto gosto que parece estar tendo um orgasmo. - abri o olho e encarei a cara amassada do moreno.
- Perto disso. - sorri e esperei a piadinha.
Que não veio.
- Está bem? - perguntei.
- Estou com dor de cabeça. - Phillip volta a fechar os olhos e escuto Agnaldo fazer um barulhinho do outro lado. - Bom dia, encapetadinho.
Estico o corpo e observo Phillip fazendo carinho em sua cabeça.
- Essa é a primeira vez que vejo ele aceitando seu carinho. - sorrio.
- Agora somos amigos inseparáveis.
Balanço a cabeça rindo.
- Vou tomar banho para ir para casa. - ele diz levantando, esperei por algum beijo ou carinho, mas não chegou.
Engoli seco quando a porta do banheiro fechou. Pela segunda vez em menos de 24 horas.
Os minutos pareceram horas, eu consegui acabar com meu pote de sorvete quando ele saiu vestido do banheiro e falando ao telefone.
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Até Que Sejamos Um - Livro 1.
RomanceEm andamento. "Na minha cabeça, nós nos pertencemos, e eu não posso ficar sem você. Por que não consigo encontrar ninguém igual a você? Eu não consigo dormir mais..." Violet Corsant uma mulher dona de si, determinada e forte. Aos 13 anos, depois da...