CHAPITRE QUARANTE ET UN

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• VIOLET CORSANT

GENEBRA, SUIÇA

Esfreguei meu rosto no travesseiro e suspirei. O quarto estava escuro e eu apertei o cobertor no meu peito para me aquecer.

Virei para o outro lado em busca de aconchego mas estava sozinha na cama.

Abri o olho lentamente e pisquei meio perdida.

Phillip me deixou sozinha?!

Minha pergunta foi respondida segundos depois quando ele saiu da nossa "cozinha" com uma bandeja.

Certo, eu não estava preparada para isso.

- Bom dia, Viol. - ele disse sorrindo e sentando do outro lado da cama, dessa forma a bandeja ficaria no meio.

- Bom dia. - respondi rouca e retribui seu sorriso.

Levantei e me espreguicei, precisava ir ao banheiro.

Eu estava ciente que não tinha nenhuma roupa no meu corpo, e sabia que Phillip me secava. Andei lentamente até o outro cômodo e fechei a porta atrás de mim.

Fiz minha higiene pessoal e voltei para a cama. A comida parecia intocada.

- Fiz para nós dois. - Phillip diz me entregando uma xícara com... chocolate? E marshmallow?

- Obrigada. - disse experimentando a bebida.

Porra! Estava maravilhosa!

- Pode elogiar, sei que faço o melhor chocolate quente do mundo.

Arqueei a sobrancelha e ele riu falando: "Sou o melhor em tudo que faço!"

- Eu tenho certeza que você não fez... - dei de ombros.

- Fiz os cozinheiros acertarem, Violet, já é alguma coisa. - ri e balancei a cabeça.

A bandeja estava muito bonita, com frutas, pãezinhos, sucos, torradas e flores.

- A bandeja eu sei que foi você. - sorri passando a mão na sua nuca.

- Fui eu sim... Pedi apenas que trouxessem as coisas para o quarto.

Conversamos mais um pouco e eu me sentia completamente feliz.

- Que horas será o nosso voo? - perguntei enquanto estava estava entre suas pernas, com as costas encostada em seu peito.

- Bom, estava marcado para às dez, mas você não acordou. E olha que eu te chamei muitas vezes.

- E são que horas agora? - perguntei confusa.

- Quase três da tarde.

- Isso é sério?! - peguei meu celular da cabeceira para confirmar. Duas e cinquenta e oito. Suspirei deixando o celular na cama. - Que horas voltaremos?

- Às seis. Em Nova York serão doze horas, se não me engano. Chegaremos lá por volta das sete horas, pelo horário de NY, claro.

- Hummmm... Acabaram as férias? - falei preguiçosamente.

- Acabaram, preguiçosa. - Phillip tocou meu nariz e eu sorri.

O restante do nosso dia se resumiu a arrumar malas, parar para beijos, voltar a arrumar as coisas, beijos novamente... Eu estava me sentindo esquisita, queria Phillip a todo momento.

Às cinco e meia estávamos entrando no jatinho e nos acomodando. Aproveitei para ligar o celular.

Sarah tinha mandando algumas mensagens sobre o quanto estava com saudades. Disse que estava em minha casa com Ryan, tentando manter tudo organizado.

Agradeci pelo gesto, com certeza eu não teria forças para organizar nada quando chegasse.

Eu achava estranho Ryan não me responder com a frequência de antes, e só sabia o que fazia quando Sarah comentava, não que isso me incomode, eu sei que temos um vínculo maior com outros amigos, assim como tenho com Sarah, mas tenho a sensação de que ele está me evitando.

- Com o que está preocupada, lápis de cor? Está juntando as sobrancelhas.

- Como percebe isso? Eu nunca reparei.

- Eu vivo dizendo que olho demais para você. E se tem uma coisa que eu não parei de olhar foi para sua bunda... - tapei sua boca com a mão quando percebi a presença do comissário de bordo.

Ele explicou que tudo estava pronto e que podíamos partir agora se desejássemos, e assim fizemos.

Vamos chegar quase uma hora mais cedo...

(...)

- Phillip, assim você vai amassar minha mala! - disse quando ele colocou a sua em cima da minha no porta-malas.

- Violet, você trouxe uma mala maior que você e quer que a minha mala do tamanho de um dedo fique embaixo?!

- Sim! - disse cruzando os braços e Phillip passou a mão no rosto.

- Meu amor, coisas pequenas às vezes precisam ficar em cima de coisas grandes... - vi aquele sorriso perverso surgir nos seus lábios e apontei para ele em forma de ameaça.

- Tanto faz, só quero chegar em casa logo. - disse sentindo muita dó da minha malinha rosa.

Entramos no carro e colocamos o cinto de segurança.

Nova York estava do mesmo jeito de sempre, agitada, essa cidade nunca dorme.

- Senti falta daqui... - Phillip falou. Olhei para seu nariz reto e sua boca tão gostosa.

- Eu também. - dei um meio sorriso.

Suspirei pensando na minha mudança, tudo na minha vida estava mudando.

E para melhor.

- Estou tão cansada... - estiquei as costas no banco.

- Posso fazer uma massagem. - ele sorriu passando as mãos no volante.

- Sério?! - sorri travessa virando meu corpo para o dele.

- Tudo por você, baby.

- Mais o que você faria? - disse encostando minha boca na sua nuca.

- Bom, eu encostaria esse carro bem ali - ele apontou para uma rua escura e meu as borboletas no meu estômago deram sinal de vida imaginando o que ele ia fazer - E com certeza tiraria sua roupa, Violet. Mas, você está cansada eu eu respeito isso.

- É... eu ainda aceito a massagem. - disse limpando a garganta e me ajeitando novamente no banco.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora