ºVIOLET CORSANT
NOVA YORK
Hum... Talvez, mas só talvez, Phillip esteja dormindo na minha cama - de novo - de bruços, e eu só conseguia reparar nas suas costas bem definidas, certamente faz alguns exercícios.
Eu já estava com a roupa de antes daquilo, sabe?!
E estava também sentada no chão, com o vestido de Sarah no colo, cortando, apertando... Enfim, deixando do jeito que eu queria, estava ficando perfeito, eu precisava apenas colar algumas pedrinhas nele.
Deixe-me contar os ajustes que eu fiz: primeiro, tirei as alças e aproveitei a costura no meio dele; fiz alguns cortes irregulares na barra, deixando sempre um maior que o outro, eu encontrei alguns retalhos com texturas e colei nele também. As pedrinhas variavam nas cores, algumas eram pratas, outras pérolas... Mas ainda faltava alguma coisa.
Olhei para aquela bagunça no chão e meus olhos focaram na grande bolsa rosa cheia de material para customização que estava ali. Abri o zíper e passei a mão procurando algo que encaixasse ali. Franzi a testa quando vi algumas "folhas" em um verde escuro puxei duas grandes e peguei as outras pequenas, quando os puxei, uma flor que eu tinha feito à mão caiu ao meu lado, sorri animada e procurei todas as outras lá dentro.
Ninguém nunca vai entender o processo de criação de uma pessoa que ama moda, tento aproveitar ao máximo quando consigo produzir de maneira rápida.
Haviam flores rosas, brancas e algumas amarelas. Comecei colocando todos em cima do vestido para ver como encaixaria melhor. Mudei as posições umas dez vezes, até encontrar a que mais me agradava.
- Isso mesmo, garota. Você é demais. - disse a mim mesma quando vi o que tinha produzido. Sentei novamente no chão e passei a cola com cuidado no meu matéria.
Assim que terminei, peguei o vestido com cuidado na minha cadeira branca, não sabia como levaria ainda, mas existe jeito para tudo, menos para morte.
Sim, essa frase é de Sarah.
Entrei no banheiro para lavar as mãos e pegar todos os meus itens de pele que estava lá e colocar na nécessaire. Ajeitei tudo com cuidado e sem barulho.
Eu precisei trocar a mala por uma maior, estou levando muita coisa.
Peguei meu celular para conferir a lista de coisas que precisavam estar na mala e estava tudo ok.
Me espreguicei e olhei para a cama, precisava deitar, minhas costas estavam doendo pela má postura que eu estava.
Deitei com cuidado na cama, havia pouco espaço, já que Phillip estava sem se preocupar com o local que sobrava para mim. Observei seu corpo mais uma vez, os braços musculosos, mas sem exagero, a mão embaixo do travesseiro fazia seu rosto amassar e formar um biquinho na sua boca...
Aquela boca tão linda e que me fazia imaginar as maiores perversidades.
- Pare de me olhar!
Pulei na cama e coloquei a mão no peito, eu realmente tinha me assustado, podia ser uma voz do além.
Ryan sempre diz que sente uma presença estranha aqui.
- Filho da puta. - disse baixo ainda sem olhar para ele.
- Eu sei que sou bonito e que você ama me olhar, mas ainda estou assustado pensando no que disse sobre a faca, Viol. - ele falou ainda com os olhos fechados.
- Estava pensando em como eu cortaria esse lindo rosto. - passei a unha fina no seu rosto e ele abriu o olho rápido. Não contive a risada depois.
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Até Que Sejamos Um - Livro 1.
RomanceEm andamento. "Na minha cabeça, nós nos pertencemos, e eu não posso ficar sem você. Por que não consigo encontrar ninguém igual a você? Eu não consigo dormir mais..." Violet Corsant uma mulher dona de si, determinada e forte. Aos 13 anos, depois da...