CHAPITRE VINGT-TROIS

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ºVIOLET CORSANT

NOVA YORK

Hum... Talvez, mas só talvez, Phillip esteja dormindo na minha cama - de novo - de bruços, e eu só conseguia reparar nas suas costas bem definidas, certamente faz alguns exercícios.

Eu já estava com a roupa de antes daquilo, sabe?!

E estava também sentada no chão, com o vestido de Sarah no colo, cortando, apertando... Enfim, deixando do jeito que eu queria, estava ficando perfeito, eu precisava apenas colar algumas pedrinhas nele.

Deixe-me contar os ajustes que eu fiz: primeiro, tirei as alças e aproveitei a costura no meio dele; fiz alguns cortes irregulares na barra, deixando sempre um maior que o outro, eu encontrei alguns retalhos com texturas e colei nele também. As pedrinhas variavam nas cores, algumas eram pratas, outras pérolas... Mas ainda faltava alguma coisa.

Olhei para aquela bagunça no chão e meus olhos focaram na grande bolsa rosa cheia de material para customização que estava ali. Abri o zíper e passei a mão procurando algo que encaixasse ali. Franzi a testa quando vi algumas "folhas" em um verde escuro puxei duas grandes e peguei as outras pequenas, quando os puxei, uma flor que eu tinha feito à mão caiu ao meu lado, sorri animada e procurei todas as outras lá dentro.

Ninguém nunca vai entender o processo de criação de uma pessoa que ama moda, tento aproveitar ao máximo quando consigo produzir de maneira rápida.

Haviam flores rosas, brancas e algumas amarelas. Comecei colocando todos em cima do vestido para ver como encaixaria melhor. Mudei as posições umas dez vezes, até encontrar a que mais me agradava.

- Isso mesmo, garota. Você é demais. - disse a mim mesma quando vi o que tinha produzido. Sentei novamente no chão e passei a cola com cuidado no meu matéria.

Assim que terminei, peguei o vestido com cuidado na minha cadeira branca, não sabia como levaria ainda, mas existe jeito para tudo, menos para morte.

Sim, essa frase é de Sarah.

Entrei no banheiro para lavar as mãos e pegar todos os meus itens de pele que estava lá e colocar na nécessaire. Ajeitei tudo com cuidado e sem barulho.

Eu precisei trocar a mala por uma maior, estou levando muita coisa.

Peguei meu celular para conferir a lista de coisas que precisavam estar na mala e estava tudo ok.

Me espreguicei e olhei para a cama, precisava deitar, minhas costas estavam doendo pela má postura que eu estava.

Deitei com cuidado na cama, havia pouco espaço, já que Phillip estava sem se preocupar com o local que sobrava para mim. Observei seu corpo mais uma vez, os braços musculosos, mas sem exagero, a mão embaixo do travesseiro fazia seu rosto amassar e formar um biquinho na sua boca...

Aquela boca tão linda e que me fazia imaginar as maiores perversidades.

- Pare de me olhar!

Pulei na cama e coloquei a mão no peito, eu realmente tinha me assustado, podia ser uma voz do além.

Ryan sempre diz que sente uma presença estranha aqui.

- Filho da puta. - disse baixo ainda sem olhar para ele.

- Eu sei que sou bonito e que você ama me olhar, mas ainda estou assustado pensando no que disse sobre a faca, Viol. - ele falou ainda com os olhos fechados.

- Estava pensando em como eu cortaria esse lindo rosto. - passei a unha fina no seu rosto e ele abriu o olho rápido. Não contive a risada depois.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora