° VIOLET
- Obrigada. - digo ao receber a conta e pegar a bolsa para puxar o cartão.
- Não se preocupe. - Ryan diz puxando o cartão e aproximando da maquininha. - Vamos, você já fez muito mais por mim.
Sorrio e agradeço a gentileza.
- Posso te levar em casa? - ele pergunta.
- Obrigada mais uma vez, Ryan. Mas Phillip está no caminho. - digo tirando a bolsa da cadeira, olhando o celular.
Phillip já estava aqui, na verdade.
- Não! - ele diz e eu junto as sobrancelhas. - Venha comigo, vamos dar uma volta por aí como os velhos tempo. - ele diz sorrindo. - É só uma voltinha na cidade, faz tempo que não saímos assim. Sem contar que você vive grudada com Phillip, só mais algumas horas não faz mal.
Sorri.
No momento que abri a boca para responder meu celular tocou, mostrando a foto que beijo a bochecha de Phillip na piscina em sua casa.
Ele estava me ligando.
- Meu amor?! - ouço sua voz do outro lado, fazendo meu coração dar um pulinho de alegria pelo apelido.
- Oi, já estou acabando aqui. - digo olhando para Ryan que revira os olhos.
- Certo, estou no mesmo lugar que te deixei.
- Ok, já estou de saída.
- Beijo, estou com saudades. - sorrio e me despeço.
- Phillip já está aqui, Ryan. - digo entrelaçando nossos braços e o guiando para a saída.
- Concordo com Sarah, parece um carrapato.
Saímos rindo e agradeço pela noite maravilhosa que tivemos.
- Quero dirigir seu carro. - digo quando encontro o moreno encostado no carro mexendo no celular.
- Oi? - ele pergunta quando passo as mãos no seu pescoço. - Desculpe, mas ele não funciona com quem diminui ele.
Dou risada e reviro os olhos. Passo a mão nos seus braços e aperto.
- Vamos, amor. - choramingo, tenho certeza que ele não vai negar. - Eu nunca te peço nada, sempre faço o que você pede...
- Como?! - ele diz indignado e eu solto uma risada. - Você nunca faz o que eu quero, muito menos o que peço, esse papel quem faz sou eu.
- Então deixe, estou te pedindo. - sorrio estendendo a mão.
Seu suspiro saí e sinto o peso quase inexistente da chave do carro na minha mão.
Bato palma e beijo seu rosto, e logo depois vou dando pulinhos para o lado do motorista.
- Você poderia abrir a porta do carro para mim. - ouço Phillip dizer enquanto passo o cinto de segurança pelo corpo.
- Como ajeito o banco do carro? - pergunto, ignorando sua alfinetada.
- Há um botão do lado esquerdo, pode apertar.
Passei a mão até achar e senti o banco subir lentamente.
- Gostei desse carro. - digo passando as mãos no volante.
- Gostou?! - percebo a ironia em sua voz.
Ligo o carro e piso no acelerador bem devagar, mas o carro acelera e eu aperto rapidamente do freio, fazendo com que o carro desse alguns pulinhos para a frente.
- Saia do volante, você vai nos matar. - Phillip diz retirando o cinto pronto para vir para meu lugar.
- Ei! - brigo com ele. - Não comprei minha carteira, foi apenas... um erro de adaptação.
Limpo a garganta e faço tudo novamente. Agora, sem erro.
- Viu só?! - digo quando paro no sinal vermelho. - Sou uma ótima motorista.
- Sim... Claro. Você só quase matou o gato.
- Mentiroso! - bati em sua perna e prestei atenção no pequeno sorriso que apareceu em seu rosto.
Estiquei a mão e fiz carinho no seu cabelo sedoso.
- Como foi com seus pais?! - pergunto depois de passar no sinal verde, entrando numa rua.
- Foi... Estranho.
- Por que? - digo juntando as sobrancelhas.
- Nunca fui de brigar ou me estressar com eles.
- E o que aconteceu?
Ouço seu suspiro e espero ele falar, estamos quase na sua casa.
- Entre naquela rua. - ele aponta, desviando o caminho para sua casa
Acenei e segui por aquele caminho.
- É bom ter alguém dirigindo para mim. - ouço o tom leve na sua voz.
- Mas você sempre tem alguém dirigindo para você. - balanço a cabeça.
- Não desse jeito, me sinto uma princesinha. Vamos coloque a mão na minha coxa. - dei risada novamente - Vire a esquerda.
Dei a seta e entrei na rua, sabia que estávamos andando em circulo.
- Acho que briguei com meus pais...
- Acha?! - perguntei olhando para ele.
- É... Eu nunca briguei assim com eles, é estranho, Violet... Por exemplo, eu entendo eles por um lado. Mas, parece que eles não me entendem. Entende?
- Acho que sim... - digo balançando a cabeça. - Quer me falar mais sobre isso?
Ouvi seu suspiro e sua mão passando no cabelo.
- Acho que não. Obrigado mesmo assim. - senti a mão na minha perna e entrelacei nossos dedos.
Eu o amo.
- Uma pergunta, Violet. - Phillip disse enquanto a garagem de sua casa abria.
- Faça. - acelerei novamente, procurando uma vaga no meio de seus carros.
- Você prefere branco ou preto?
Franzi o cenho.
- Acho que prefiro branco, por que?! - parei o carro e tirei o cinto.
- Alto ou baixo?
- Alto, por que?! - olhei para ele séria.
Phillip abriu o porta luvas tirando duas chaves de dentro.
- Escolhe um. - ele balançou.
- O que é isso, Phillip?!
- Violet, da para você escolher um sem questionar?
- Você comprou um carro para mim? - perguntei sem acreditar.
- Um não, quatro, fiquei em dúvida da cor e altura. - o moreno disse na maior naturalidade.
- Enlouqueceu?! Você sabe o que dava para fazer com o preço de um Chevrolet?
- Chevrolet?! - ele franziu o cenho.
- Phillip! - bati no seu braço quando reparei no formato da chave. Um mini carro.
- São Cayenne!
- Jesus Cristo. - balancei a cabeça.
- Você é muito mal-agradecida. - arqueei a sobrancelha quando ele me puxou e deu um leve beijo nos lábios. - Foram à vista, meu amor, reconheça isso pelo menos.
Revirei os olhos e sorri ao sentir os beijos descendo para o pescoço.
- Qual você quer inaugurar primeiro, o branco ou o preto?!
- O seu também não foi inaugurado. - dei risada e subi no seu colo, começando uma série de beijos.
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MARATONA
3/3
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Até Que Sejamos Um - Livro 1.
RomanceEm andamento. "Na minha cabeça, nós nos pertencemos, e eu não posso ficar sem você. Por que não consigo encontrar ninguém igual a você? Eu não consigo dormir mais..." Violet Corsant uma mulher dona de si, determinada e forte. Aos 13 anos, depois da...