CHAPITRE VINGT

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ºPHILLIP MAXWELL

NOVA YORK

dias depois...

- Sério, Phillip, se eu fosse um personagem, qual eu seria? - Anthony perguntou deitado no sofá da casa da minha mãe pela terceira vez.

- Já sei, já sei! - Mariana falou animada enquanto tentava acertar uma uva na boca de Vic, mas errou e a uva foi em cheio no olho de Math. - Desculpa, priminho... - Ela sorriu sem graça. - Mas, falando sério, Thony seria o burrinho do Shrek.

- Sim! - Victoria bateu palmas e colocou os pés na poltrona - Quando ele vira o cavalo é idêntico a Anthony.

- Não concordo na parte da aparência - Math entra na conversa - Mas sim na insistência. Meu Deus, os dois são enxeridos.

- Tem a tagarelice também, Anthony parece que tem algum problema quando começa a falar. - Victoria continua.

- Vocês esqueceram o mais importante. - Mariana bate palmas - Anthony vive cantando, sempre que ele está sozinho, ou bêbado, ele está cantando alguma coisa. E ele canta bem! - Minha irmã aponta para ele.

- Mas eu já me decidi uh uh, vou ficar com meu baby - Anthony canta balançando os ombros.

- Estão vendo?! Ele até sabe uma das musiquinhas que o burro canta! - Vic concorda.

- E você, Phillip, qual característica maravilhosa vai atribuir ao nosso primo querido? - Mari me pergunta.

- Eu nunca assisti esse filme...

- O quê?! - Os quatro me perguntam de uma vez, eu apenas balanço minha cabeça negando.

- Mas, - continuo - Uma vez eu levei Mari ao cinema para assistir um filme de uma princesinha que queria nadar... Acho que o nome era Joana, não me lembro bem.

- Moana, Phillip, Moana. - Minha irmã me corrige.

- Isso, princesa. Voltando para o assunto, não me lembro quase nada daquele filme, só do galo. - Apertei os olhos lembrando daquele galo idiota. - Quando eu vi as coisas que aquele animal fazia, era a mesma coisa de ver Anthony ali, sem brincadeira. - Apontei para ele - Até o jeito de olhar quando não entende alguma coisa. Juro para vocês que eu ouvia voz de Anthony no meu ouvido falando "Phillip, onde está o mar?" , estando dentro do barco na água.

- Eles se parecem também, Anthony andava igualzinho a ele quando tinha 15 anos. - Victoria comenta.

- 15 anos... 15 anos... - Anthony coloca a mão no queixo como se estivesse lembrando de algo. Eu sabia bem o que. - Ah! 15 anos foi quando minha primeira namoradinha, que eu realmente gostava, que estava me apaixonando, que fazia tudo por ela, trocou minha virgindade por um carro. Isso te lembra algo, querida?

- Oh, sim. Lembra o preço que a tia Mel pagou no conserto do carro. - Ri dos dois.

Até um tempo atrás eu acreditava na volta dos dois, Victoria gostava ainda dele, e creio que ainda exista uma pontinha de esperança da parte dela, Mas não da de Anthony, isso deixou ele muito puto, ele não queria ver a cara da morena até uns seis anos atrás. Ele começou a aceitar isso depois que começamos a nos envolver, eu contei a ele, que me desejou boa sorte.

Depois de minutos discutindo sobre personagens que nunca ouvi falar na vida, Melissa entrou com algumas sacolas nas mãos. Minha mãe falou com a gente e foi para a cozinha, a seguimos.

Viemos para cá hoje porque ela pediu, como sempre.

Melissa gosta da casa cheia, mas é muito difícil, já que sempre estamos viajando ou trabalhando. A cada quinze dias ela tenta reunir Math, Thony, Vic e eu. Às vezes da certo, outras não.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora