CHAPITRE VINGT-QUATRE

227 22 72
                                    

ºPHILLIP MAXWELL

NOVA YORK

três dias antes...

Olhei para a cama vendo o grande cabelo loiro, eu tinha acabado de sair da empresa quando Monalisa - a qual agora eu lembro o nome - pediu para levá-la.

Eu odeio qualquer tipo de relação com meus funcionários, os comentários desnecessários que são feitos sem cabimento depois, e o constrangimento. Para ambos.

Vesti a minha calça e blusa, abotoando apressadamente.

- Já vai? - ouvi sua voz. Não está óbvio que sim?

- Sim, tenho coisas para fazer. - sentei na ponta da cama calçando meu sapato.

- Mas está cedo ainda. - ela cobriu o corpo com um lençol e se aproximou. - Não pode ficar nem um pouco mais? - senti seus braços ao meu redor e suspirei.

- Não, não posso. - levantei olhando em volta para ver se estava esquecendo alguma coisa.

- Nos falamos depois então? - Mônica levantou da cama e tentou me abraçar. Peguei seus punhos delicadamente e empurrei de leve. Não gosto que me toquem.

- Vamos ver, certo? - ela assentiu triste.

A soltei e balancei a cabeça me despedindo. Saí do quarto rapidamente e fui em direção do elevador.

Eu queria falar com Violet, vi o jeito que olhou para a loira que eu estava a poucos minutos.

Não toleramos conflitos no trabalho.

Franzi o cenho quando lembrei do banquinho raivoso.

Violet está sem carro. Sei disso porque pedi para meu segurança verificar se aquela coisa não seria um risco para minha empresa.

Peguei meu celular e abri seu nome no aplicativo.

Com quem foi para casa se está sem carro? - digitei curioso.

Assim que o elevador abriu ajeitei a camisa e guardei o celular no bolso.

Meu carro estava no fim da rua, não queria ser visto saindo da casa de ninguém, achei melhor deixá-lo afastados.

Andei rapidamente, sentindo aquele vento gelado de Nova York alcançar meu rosto.

Preciso de um banho!

Entrei no meu carro e peguei o celular no meu bolso. Não tinha resposta ainda.

Suspirei e o coloquei no banco do passageiro, o bairro de minha funcionária era muito bom, as casas eram bonitas e bem arquitetadas. Balancei a cabeça lembrando da de Violet, o bairro é perigoso, e as pessoas do prédio também.

O rádio do meu carro tocava Hymn for the Weekend de Coldplay, eu batia o dedo no volante ouvindo a música, era uma das minhas preferidas deles.

- Quando eu estava tão pesado -

Estamos em uma sinfonia

Quando estou mais baixo, baixo, baixo

Ah-oh-ah-oh-ah

Estou bêbado e chapado com você

Tão louco, tão louco

Oh-ah-oh-ah-oh-ah

Agora estou me sentindo bêbado e chapado

Tão louco, tão louco

Cantei a música me animando.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora