CHAPITRE VINGT - NEUF

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ºVIOLET CORSANT

Nunca mais eu bebo!

Cristo...

Apertei meus olhos forte e abri um pouquinho, reconheci aquele cheiro de menta e tentei me lembrar das coisas que aconteceram ontem.

Gemi e me cobri dos pés a cabeça, aqui estava frio. Ouvi o barulho de algo caindo e forcei o meu corpo a levantar um pouquinho. Percebi que aquele cheiro vinha da blusa que eu estava usando. Levei até meu nariz e sorri.

Nesses quatro dias de viagem, percebi que parte deles foi dormindo com esse moreno desgraçado. E que te deu um pé na bunda, meu subconsciente joga e eu mando ele ir se lascar.

Sentei na cama e me espreguicei, estou com dor nas pernas, que droga! Olhei fixamente para um ponto qualquer esperando minha alma voltar para meu corpo, puxada desse momento especial por um gost... Digo, uma detestável pessoa saindo do banheiro com a toalha na cintura e com o cabelo molhado.

Caralho, Phillip é lindo demais!

Limpei a garganta e Phillip olhou para mim com aquela cara sonsa, com um sorriso debochado nos lábios.

- Bom dia, Violzinha... - franzi a testa. - Como dormiu? Sonhou com os pôneis da música que passou a noite cantando?

- Eu não sonhei com nada. - disse com a voz rouca, que merda!

- Hum... Voz do vilão do desenho. - ele sorri e puxa algumas peças de roupa de dentro da mala.

Comecei a fazer uma trança no meu cabelo para desviar o olhar do corpo de Phillip, o que era difícil, já que o mesmo estava se vestindo ali, na minha frente, sem pressa alguma.

- Pode olhar, Violet. Não há nada aqui que você não tenha visto antes. - ele sorriu e eu me joguei na cama cobrindo o rosto. Que vergonha! - Ei, não sinta vergonha disso, sinta de quando você jogou o sabonete no chão de propósito e fez birra lá dentro... Não brigue comigo, só eu posso brigar com você! - ele fez uma voz fina me imitando e eu mostrei meu dedo do meio.

- Sarah bateu aqui às 7:30, me ameaçando de morte sendo carregada por Victória. - ele disse passando perfume apenas de cueca. Que bunda! - Eu, educado que sou - ele sorriu sem mostrar os dentes - perguntei se elas não queriam se juntar a você no desmaio, visto que vocês fizeram muitas coisas ontem... - ele passou a língua nos lábios. - Você sabe... Conversaram, beberam, beijaram... Oh, isso eu lembro muito bem...

Forcei o travesseiro no meu rosto de novo, Deus... O que eu fiz?!

- Foi uma cena surpreendente, lápis de cor. E eu achei que você não tinha como ficar mais sexy dançando, de verdade. Eu estava quase arrastando você de lá e trazê-la para cá, para... você sabe... Conversarmos.

Sentei na cama novamente olhando para seus olhos.

- Gostou do que viu, Phillip? - perguntei provocando, desci meus olhos para a cueca preta que estava no seu corpo e depois o encarei novamente. - Eu podia fazer aquilo tudo com você... - sorri sem mostrar os dentes, vendo ele dar poucos passos até a cama e puxar a coberta que me cobria.

- Veja como está vestida, querida. - ele sussurrou. - Não é uma boa ideia me provocar vestida assim. No meu quarto. - ele passou a língua nos lábios.

- Por que não? - me atrevi mais um pouco.

- Porque, Violet... No meu espaço eu faço o que eu quero, do jeito que eu quero. - ele sentou na cama e eu respirei fundo.

Hum... Ok. Pode ficar aí. Não está mais aqui quem provocou.

Porém... A Violet bêbada me rondava e eu sorri.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora