CHAPITRE HUIT

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ºVIOLET CORSANT

NOVA YORK

dois dias depois...

Bom. Meu dia pode ser resumido em bom.

Nada de tão terrível aconteceu. Apenas ter uma "confraternização" em menos de uma semana, onde meu chefe tentará fechar negócios e eu sou responsável por isso, mas assim, normal, tá tudo bem.

Para minha sorte Math conseguiu a tal banda. Música clássica é boa, com certeza muito boa, mas algo mais animado poderia tocar.

Já estava em casa deitada no meu sofá com o Macbook no colo e o celular do lado ligando para algum buffet que estivesse disposto a fechar conosco e pelo visto, a sorte não estava do meu lado.

Peguei o número do último para essa noite e disquei, não aguentava mais, todos estavam cheios para o sábado.

- Boa noite, como podemos aj...

- Boa noite, me escute pelo amor de qual deus você acreditar. - Suspirei - O meu chefe é um cretino, um idiota de primeira. E só vocês podem me ajudar. Preciso de uma entrada de jantar completa, com uma grande variedade de comida, mesa de frios, frutos do mar... Qualquer coisa, só não me faça ligar para nenhum outro lugar, por favor.

- Hum... Ok, pedindo assim não há quem resista. Seu chefe parece ser um amor de pessoa, deseja uma boa quantidade de veneno em um prato especial para ele? - Ouvi a voz do homem e dei risada daquilo.

- Se não for pedir muito... Eu preciso disso, muito. Todos os outros estão cheios para o final de semana.

- Bom, nós não estamos. Seu último pedido da noite foi concedido, princesa, a fada madrinha vai te ajudar. Preciso de detalhes, nome de empresa, quantos convidados...

- Sim... Claro! Agora mesmo. Um minuto - Levantei quase derrubando o computador e corri para meu quarto procurando minha agenda. Assim que a encontro dou um beijo estalado. - Vamos lá... Preciso de tudo isso para o sábado, dia 18. Preciso que você leve isso para a Maxwell Company... - Parei de falar assim que o homem que estava do outro lado xinga.

- Puta merda, é para lá? MÃE, MÃE VENHA AQUI. - Afastei o celular do ouvido pela altura da voz do outro lado.

- Nem pense em desistir. Por favor.

- Nunca pense, nós ganhamos na loteria. Servir naquele palácio será muito bom para nós.

- Graças ao meu santo patinho. - Coloquei a mão no peito - Então vou continuar, nós vamos ter cerca de 120 pessoas, mas você vai preparar como se tivessem 180 pessoas, nada de faltar comida para aquelas traças. Eu li que vocês também servem bebidas, podem no dia, certo? Quero uma variedade, para que todos se agradem. O valor, é... Ótimo, posso dar um ótimo acréscimo por aceitarem.

- Puta merda, garota. Você foi a nossa salvação, estávamos cogitando fechar o buffet. Ok, certo. O que quiser, deseja fazer a prova de alimentos?

- Oh, não, não precisa. Minha vida está em suas mãos. Não me decepcione.

- Precisamos do seu nome, amiga.

- Violet. Meu nome é Violet, e o seu?

- Ryan. Obrigada mais uma vez, Violet, terá a melhor comida de Nova York no seu trabalho sábado.

- Muuuuuuuuuuuuuito obrigada, de verdade. Até mais. - E desliguei. Me joguei na cama que estava perto e coloquei o celular no peito. Isso garota, meio caminho andado.

Me levantei e fiz uma dancinha na frente do espelho.

Parei segundos depois me olhando no espelho. Suspirei e vi uma pessoa que não gostava de ver. Uma pessoa tão sozinha. Quando você se afasta de todos seu amigos, o primeiro pensamento é que eles não te merecem e você sempre vai achar alguém melhor. Mas a verdade é que você não acha. A gente acostuma com isso, mas ter a sensação de ser rejeitada o tempo todo é insuportável.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora