CHAPITRE TRENTE-QUATRE

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ºPHILLIP MAXWELL

GENEBRA, SUÍÇA

Olhei para o teto contando as madeiras novamente, 423 ao total.

Suspirei e olhei para a pequena janela no quarto que estava aberta, eu gosto de frio, calor me deixa nojento.

Passei as mãos pelo cabelo e rosto novamente. Eu não conseguia dormir bem, pelo fuso horário e por ela... Eu estou enlouquecendo com isso.

Eu já esclareci a todos em minha volta que eu preciso tê-la, e eu juro que nada vai me impedir de fazer aquela criaturinha linda imensamente feliz. Mas ela não me dava chance, o que eu não posso reclamar, de forma alguma.

O que me deixa ainda mais inconformado é que ela parece não se importar, eu prefiro ouvir ela gritar e ficar irritada do que vê-la distante. Eu estou quase colocando seu corpo fora da janela de cabeça para baixo só para acontecer alguma coisa.

Isso nunca aconteceu comigo, nunca corri atrás de alguém assim, mas com ela é diferente. Tudo com Violet é diferente na verdade, com ela sou sempre surpreendido.

E já na beira da loucura, liguei para a pessoa que poderia me ajudar nisso.

- Espero que seja importante e que você não tenha feito nada novamente.

Revirei os olhos já arrependido.

- Olhe, preciso falar sério com você e se você colaborar vamos terminar rapidinho.

- Prossiga, então. - eu sabia que aquela ruiva desgraçada deveria estar com o sorriso mais cínico no rosto.

Sentei na cama já arrependido, mas pensando que seria por uma boa causa.

- Violet, Sarah. - ouvi seu riso e revirei os olhos - Se vai rir no lugar de me ajudar, então vou desligar. - disse irritado.

- Você que me ligou quando eu já ia dormir, eu que deveria fazer essas ameaças. - ouvi o "quack" do outro lado e me benzi pensando naquele pato miserável.

- Certo... - suspirei e levantei da cama ainda com o celular no ouvido. Fui até a janela e me apoiei ali, vendo o jardim. - Eu não sei o que fazer, Sarah... E estou tão desesperado que recorri a você para me ajudar.

- Ajudar com o que exatamente?! - ela perguntou e ouvi alguns barulhos estranhos. Deus... O que estou fazendo?!

- Não sei o que fazer para ela falar comigo, ter uma conversa de verdade. Ela não quer me ouvir.

- E você queria que ela escutasse você, Phillip?! Isso só pode ser piada. No lugar dela eu nem teria ido para essa viagem.

- Por minha sorte você não é ela! Tive o mínimo de bom senso nessa questão. - revirei os olhos.

- Você acha mesmo que eu gostaria de ter algo com você?!

- Olhe aqui, Charlotte. - chamei pelo seu segundo nome e segurei o riso quando ela me ameaçou. - Isso é sobre ela, preciso de uma saída.

- Ok... O que você já tentou?

- Bom, tentei almoçar com ela, falei algumas coisas quando tive uma desculpa para ir até o quarto... Ah, já ia esquecendo, tentei ficar no mesmo quarto que ela, mas acabei passando parte da noite em um sofá. - Ouvi a gargalhada de Sarah e saí de perto da janela passando a mão no cabelo.

- Phillip, você não sabe nada sobre Violet mesmo, né?

- Claro que sei!

- Sabe mesmo?! Violet é extremamente tímida, não ia falar com você a respeito disso em público por medo da sua reação. Ela achou você violento e grosseiro no dia do quarto, minha vontade foi de ir lá e enfiar aquele cobertor na sua garganta. - franzi o cenho. O que? - E não falei a ela que você quebrou aquele jarro enorme com aquela planta estranha quando você fez aquela cena na festa. Você deveria se envergonhar, Phillip. - ela falou como se eu tivesse cinco anos.

Até Que Sejamos Um - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora